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Оbra “Arquitetura da felicidade”, de Alain de Botton

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Por:   •  17/9/2014  •  Resenha  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  633 Visualizações

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Arquitetura da Felicidade Prof° Mônica

Na obra “Arquitetura da felicidade”, de Alain de Botton, a arquitetura é trabalhada sob o ponto de vista da filosofia e da subjetividade, dando importância aos sentimentos trazidos da relação do homem com o objeto construído.

A partir de diversos exemplos, com construções, esculturas e quadros, o autor tenta demonstrar que algumas características simples desses, às vezes, podem nos trazer doces lembranças da infância ou o aconchego que só uma casa de avó pode ter. Por outro lado, algumas formas são capazes de nos causar repulsa, sentimentos tristes e até angústia e depressão.

Na arquitetura, Alain de Botton afirma que queremos buscar o melhor de nós. Queremos ter a ideia, com base em fachadas, de como seria morar no passado ou de como vai ser o futuro, e podemos observar como as construções podem ser humildes, esnobes, aristocráticas ou religiosas. Ou seja, o que buscamos na arquitetura não é diferente daquilo que procuramos quando fazemos amigos.

Segundo Karl Friederich, em seu texto “Construir, habitar, pensar” o construir-habitar faz diretamente parte do Ser-homem, a arquitetura modifica o modo como o homem vive e como ele se vê. A função da arquitetura é transformar algo útil e prático em algo belo, uma vez que apenas o detalhamento construtivo dos engenheiros não são suficientes para causar o impacto e as impressões que o decorativo pode trazer. Pensava-se, pois, que “a essência da grande arquitetura estava no que era funcionalmente desnecessário”. Alain passa a uma análise da arquitetura, partindo da teoria de que as construções “falam”, sejam pelas suas formas ou por referências, que elas “têm” personalidades e emoções humanas e que elas fazem parte do Ser-homem que os habita.

Alain critica a arquitetura que não é “pura”, no sentido em que no exterior representa um estilo antigo, por exemplo, e seu interior está cheio de modernidades. A maneira de resolver esses problemas da arquitetura é que devemos projetar a nossa personalidade no local, fazendo da arquitetura o elemento ordenado e agradável sem precisar simplesmente plagiar um movimento ou estilo que já faz parte do passado da humanidade.

O autor não acredita que a arquitetura apenas possa resolver todos nossos problemas íntimos. A arquitetura está presente para contribuir, para nos lembrar quem somos e nos dar conforto ou para nos entristecer ou irritar. Assim, a arquitetura será um reflexo muito pessoal do que nós queremos e de como nos sentimos melhor.

É afirmado que para projetar um bom ambiente, o arquiteto deve saber o que lhe agrada e o que desagrada. Caso contrário, sempre encontrará certa insatisfação com o ambiente. O livro de Alain mostra-se uma obra de linguagem simples, que dialoga com diversas obras da teoria da arquitetura e da filosofia, transformando-as de modo a facilitar o entendimento do leitor, usando simplificações para tornar essa leitura fácil para os leigos em arquitetura e iniciantes na teoria da estética para a arquitetura.

Enfim, nota-se que essa é uma obra importante a ser trabalhada com estudantes em teoria da arquitetura e urbanismo, os diálogos com teóricos e filósofos são essencialmente importantes para o entendimento da situação atual da arquitetura e do urbanismo. Percebe-se que só a arquitetura não pode

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