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A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Por que, Para Que e Como usar a Arte Para o Desenvolvimento Infantil

Por:   •  7/2/2020  •  Artigo  •  3.488 Palavras (14 Páginas)  •  320 Visualizações

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FAEP – FACULDADE DE EDUCAÇÃO PAULISTANA

CURSO DE PEDAGOGIA

A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL:

Por que, Para que e Como usar a Arte para o desenvolvimento infantil

SÃO PAULO

2019

A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL:

Por que, Para que e Como usar a Arte para o desenvolvimento infantil

Artigo apresentado à Faculdade de Educação Paulistana,

como requisito parcial para a obtenção do título de

Graduado em Pedagogia

.

São Paulo

2019

RESUMO

Considerando a arte elemento de uma sociedade, presente desde os primórdios até hoje, e suas linguagens: artes visuais, dança, música, teatro, manifestação de expressão e que a escola deve apropriar-se dessas linguagens como meio de aprendizagem e desenvolvimento infantil, esta pesquisa apresenta seguinte questão: porque, para que e como ensinar arte na educação infantil? O por que ressalta o objetivo principal da Arte como agente transformador; o para que trata do uso da arte no desenvolvimento global da criança em todos seus aspectos: cognitivo, afetivo, social e físico. O como mostra as linguagens artísticas utilizadas na educação infantil a fim de contribuir para o processo ensino aprendizagem.

Palavras-chave: Arte. Educação. Infantil. Ensino de Arte. Desenvolvimento


INTRODUÇÃO

Arte está presente em nosso meio desde a era primitiva. Os homens das cavernas já se utilizavam da arte para se comunicar, para caçar, para registrar, e a arte está presente até os dias de hoje em nossas vidas. Mas vemos, enquanto professor, um descaso com essa disciplina, principalmente na educação infantil.

É com o objetivo de entender a importância do ensino de arte na educação infantil que esse artigo foi produzido.

A Educação infantil é a fase em que a criança está mais alerta para aprender e assimilar conteúdos, e a arte para contribuir com desenvolvimento global da criança em todos seus aspectos: cognitivo, afetivo, emocional e físico.

Ao serem inseridas nas escolas, as linguagens artísticas como as artes visuais, dança, a música e o teatro, auxiliam no desenvolvimento da criança e na construção de sua própria identidade artística.

O presente estudo aborda um breve histórico sobre ensino das artes no Brasil, da regulamentação do ensino da arte e quando passou a integrar a grade curricular. O capítulo seguinte aborda as questões: Porque, para que e como ensinar artes, dando um panorama sobre a importância da arte na educação infantil e como utiliza-la segundo a documentação oficial, por fim as considerações finais.


BREVE HISTÓRICO SOBRE O ENSINO DE ARTES NO BRASIL

 A história do ensino de arte no Brasil tem início com os jesuítas, que vieram ao Brasil com intuito de evangelizar os índios, por volta de 1549, e usavam técnicas artísticas como instrumento pedagógico para catequização dos índios por meio de oficinas informais. O ensino formal de artes teve início com a família Imperial Portuguesa que implantou Academia Imperial de Belas-artes, em 1816, que visava mais a técnica artística, através de desenho da figura humana, produção de retratos com modelos vivos e era acessível somente um pequeno grupo de elite, voltando-se apenas para formação de desenhista.

Para Barbosa (2002) a Proclamação da República é o cenário ideal para transformações sociais, políticas, econômicas e o ensino da arte passa a ser a maneira da classe mais baixa ter contato com ela, como meio de transformação social.

Só a partir de 1920 foi o ensino de artes foi incluída no currículo escolar, como apoio a outras atividades e visando a reprodução de desenhos apenas.

O marco da arte no Brasil foi em 1922, com a semana de Arte Moderna que trazia liberdade de expressão por artistas como Anita Malfatti e Mario de Andrade. Arte deixa de ser algo encontrado somente em museus e feito por artistas e passa a ser a expressão dos sentimentos traduzidos diversas linguagens, não só mais o desenho.

Em 1948 surgem as primeiras escolas com a proposta de educar através da arte. O MAE - Movimento de Escolinhas de Arte, que é um conjunto de mais de 100 escolas espalhadas pelo Brasil que ensinavam arte.

A partir da década de 1950, outras linguagens foram introduzidas na grade curricular, como a música e os trabalhos manuais, mas ainda tinham como objetivo transmitir conteúdos a serem reproduzidos, nada era criado.

A Lei de Diretrizes e Bases de 1971, institui a obrigatoriedade do ensino da arte na escola, passando a chamar Educação Artística e eram ministradas por professores polivalentes ou de outras áreas. Ainda não havia curso de formação para professores de arte, portanto eram totalmente desprovidos de fundamentação teórica e técnica sobre a arte. O que levou a arte ao lugar de inferioridade diante das outras disciplinas escolares.

A obrigatoriedade de arte como disciplina só foi conquistada em 1996 com a nova LDB em seu art. 22 diz: “§ 2º O ensino de arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”

O MEC por sua vez elaborou os PCN’s de Arte para orientar as bases curriculares da disciplina e colocar a arte com um papel importante no desenvolvimento do aluno e no processo ensino aprendizagem quando diz: “Arte tem uma função tão importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de ensino aprendizagem. A área de Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades.”

Ao fazer Arte o aluno percorre trajetos de aprendizagem que lhe propicia conhecimentos específicos sobre a sua relação com mundo e desenvolve habilidades como a percepção, observação, imaginação e sensibilidade. O que contribui para o aprendizado dos conteúdos de outras disciplinas do currículo (PCN p. 44).

Atualmente, após muitos debates e reflexões por parte da arte-educadores, a atual legislação brasileira reconhece a importância da arte na formação e desenvolvimento de crianças e jovens, incluindo-a como componente curricular obrigatório na educação básica.

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