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A CARTA DO RESTAURO DE ATENAS (GRECIA) 1931

Por:   •  6/6/2019  •  Ensaio  •  1.754 Palavras (8 Páginas)  •  324 Visualizações

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ASSER – Associação de Escolas Reunidas[pic 1]

Escola Superior de Tecnologia e Educação de Rio Claro

Curso de Arquitetura e Urbanismo

André Emanuel da Costa – RA 8700741

Michael Souza – RA 8700745

CARTAS DO RESTAURO

CARTA DO RESTAURO DE ATENAS (GRECIA) 1931

         A carta de Atenas foi um marco no inicio das relações intergovenamentais, de diretrizes para a conservação e proteção dos patrimônios históricos e culturais.

Foi resultado de um encontro científica organizado pelo Escritório Internacional de Museus da Sociedade das Nações, o encontro foi chefiado por Jules Destree, presidente do Escritório e as diversas sessões foram dirigidas por delegados da França, Itália, Grécia, Espanha, Noruega e Inglaterra com apresentações de especialistas e representantes de mais de 20 países.

Neste encontro foram definidas recomendações para a conservação e proteção, São elas:

  1. DOUTRINA E PRINCÍPIOS GERAIS

  • Toda a obra histórica e artística de ser respeitada, sem prejudicar o estilo de nenhuma época.
  • Manter a utilização dos monumentos, para que sua vida possa se prologar, sempre com a finalidade do seu caráter histórico e artístico.

  1. ADMINISTRAÇÃO E LEGISLAÇÃO
  • Direito da coletividade em relação a propriedade privada.
  • Legislação adaptada as opiniões públicas.
  1. VALORIZAÇÃO DOS MONUMENTOS
  • As Construções de edifícios devem respeitar o caráter e a fisionomia das cidades, principalmente na vizinhança dos monumentos.
  • A Vegetação deve ser preservada sempre que a mesma fizer parte da obra histórica.
  • Perspectivas pitorescas devem ser preservadas.
  • Retirada de publicidades, postes e fiações e objetos altos no entorno do monumento.
  • Emprego de novos materiais de modo que não altere o aspecto e o caráter do monumento.
  1. DETERIORAÇÃO DOS MONUMENTOS
  • Colaboração mundial para a obtenção e divulgação de métodos aplicáveis no restauro.
  • Recomenda-se preservar modelos originais e na falta deles a criação de moldes.
  1. TÉCNICA DA CONSERVAÇÃO
  • Quando for impossível a conservação de ruinas, deve-se estudá-las e posteriormente enterra-las novamente, para isso é necessário a cooperação de arquitetos e arqueólogos, este processo se chama anastilose.
  • Antes de qualquer restauro é necessário a analise das patologias presentes no monumento.
  1. A CONSERVAÇÃO DOS MONUMENTOS E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
  • Destaque para a importância de ações educativas de sensibilização e divulgação para despertar o interesse em preservação do patrimônio histórico e cultural.
  • Cooperação mundial para o favorecimento da conservação dos patrimônios artísticos e arqueológicos a humanidade.
  • Cada Estado deve produzir e publicar informações e fotos dos monumentos nacionais.

CARTA DE VENEZA (ITALIA) – 1964

A carta de Veneza escrita durante o II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos Monumentos Históricos teve como principal objetivo reexaminar o principio da carta e aprofunda-los de tal forma que tenham um alcance maior em um novo documento.

  1. DEFINIÇÃO

  • Definição de Monumento Histórico, e toda criação arquitetônica isolada como
    o ambiente urbano ou paisagístico que colabore com o testemunho de uma civilização em particular. Que pode ser aplicada não somente em grandes obras, mas também em criações modestas.
  • A conservação e restauração constitui uma disciplina que engloba toda a ciência e técnicas disponível para a salvaguarda do patrimônio.

  1. FINALIDADE
  • A conservação e restauro visa a salvaguarda não só dos monumentos, mas também do testemunho histórico.
  1. CONSERVAÇÃO
  • A conservação dos monumentos exige manutenção permanente.
  • O favorecimento da conservação e dada através da utilidade dada ao monumento desde que a mesma não altere a disposição e decoração do edifício.
  • A conservação dos monumentos implica na conservação da sua escala e volume, qualquer alteração em seu volume ou escala será proibida
  • O monumento, a história e o ambiente são inseparáveis, a não ser que sua salvaguarda exija tal intervenção.
  • Os elementos de decoração tais como esculturas, que é parte integrante do monumento, não podem ser separados. A não ser que seja a única forma de conserva-los.
  • O restauro é um processo excepcional que tem com objetivo a preservação e o destaque dos valores formais e históricos do monumento. O restauro deve terminar a partir do momento que comecem as hipóteses. Qualquer trabalho de reconstrução e complementação deve possuir uma assinatura da época atual, de tal modo que seja possível distinguir o antigo do atual.
  • Quando as técnicas tradicionais se mostrarem inadequadas, a consolidação poderá se dar através de meios mais modernos de estrutura e consolidação desde que estes meios tenham sua eficácia comprovada com dados científicos.
  • No restauro do monumento deve respeitar todos os estilos sobrepostos ao longo de sua vida. A não ser que o elemento a ser removido não tenha tanto interesse histórico ou que a composição artística que vira à tona seja de grande valor histórico. Para tal intervenção o juízo de valor e decisão, não deve depender apenas do autor do projeto.
  • Os elementos faltantes do monumento devem ser substituídos por elementos que integrem de forma harmoniosa o conjunto, distinguindo-se das partes originais.
  • Não é admitido adições que não respeitem as partes integrantes do edifício.
  1. SITIOS MONUMENTAIS
  • Os ambientes monumentais requerem cuidados especiais, com o objetivo de salvaguardar a sua integridade e assegurar o seu saneamento a sua utilização e sua valorização.
  1. ESCAVAÇÕES
  • As escavações devem ser executadas de acordo com normas cientificas e com as recomendações que regem os princípios internacionais em matéria de escavações arqueológicas adotados pela UNESCO em 1956.

Deve assegurar a utilização das ruinas e medidas de conservação e proteção estável das obras arquitetônicas e objeto descobertos.

Também deve se tomar iniciativas para facilitar a compreensão do monumento descoberto. Jamais alterar o seu significado histórico e descartar qualquer trabalho de reconstrução, somente sendo aceito o trabalho de anastilose que nada mais é que a recomposição de parte existentes porem desmembradas.

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