A Obra A Última Ceia, Leonardo da Vince.

Obra A Última Ceia, Leonardo da Vince.

A obra figurativa é não é um quadro e sim uma pintura de 4,6 m de altura x  8,8 m de largura  feita por Leonardo em uma parede do antigo refeitório do convento Santa Maria delle Grasie, patrocinada pelo Duque de Milão Ludovico Sforza. A obra não é um afresco, técnica comum naquela época, onde os artistas pintavam as suas obras nas paredes ou tetos ainda úmidos, o que ajudava na absorção da tinta pela estrutura, e Leonardo Da Vinci, então, resolveu inovar e fazer a sua pintura na parede seca, o que resultou em uma obra que, muito rapidamente, apresentou problemas e rachaduras. A cena da pintura representa a última refeição de Cristo com seus 12 apóstolos. Nesta ceia, aparentemente são instituídos os sacramentos da Eucaristia e do Sacerdócio, onde Jesus dá vários conselhos e instruções aos apóstolos, além de resplandecer sobre sua Paixão e Ressurreição, os eventos seguintes à Ceia. O artista retrata a passagem bíblica o momento em que Cristo fala sobre o apóstolo que irá traí-lo.

Com grande realismo, simetria, perfeição e retratando um cenário equilibrado, Da Vinci situou Jesus no centro de tudo, a perspectiva da sala traça as linhas de fuga convergindo sobre sua figura, assim como o meio das linhas da largura e da altura do painel convergem sobre o seu rosto centro da cruz resultante. Aqui começa a interpretação da mensagem e do seu significado. Assim, qualquer indivíduo que tenha tido uma educação da cultura ocidental poderá, à partida, identificar a cena como a da Última Ceia de Jesus com os seus Apóstolos, outro ponto, a “ceia” encontra-se representado na sala de refeitório do Convento, como um tema recorrente para este tipo de divisão, pelo seu carácter doutrinal e referência ao momento da refeição. Eis aqui somente alguns pontos que mostram a genialidade de Leonardo da Vinci na abordagem de um assunto muito conhecido. Ele explora as nuances da psicologia de cada personagem, com equilíbrio, simetria e ordem de uma composição do Renascimento, mas com variedade e dinamismo, renovando uma cena sagrada, eterna, agora por mais um motivo.

Situação 1- Aspectos abstratos: Amarelo- Vermelho- Azul é uma pintura a óleo sobre tela de 127cm x 200cm feita por Wassily datada em 1925. A obra é uma mescla as cores primárias de amarelo, vermelho e azul em complexas nuvens de cor, que se sobrepõem e se cruzam sem um padrão, juntamente com riscos, triângulos, quadrados, círculos e outras formas geométricas, além de elementos abstratos, não formam objetos claramente identificáveis. O Lado esquerdo encontra-se cores vivas e figuras geométricas, enquanto o lado direito cores escuras e figuras abstratas.

Situação 2- Aspectos simbólicos: A nível de significado, a pintura revela dois grupos de elementos compõem a tela. O grupo da esquerda é composto por linhas verticais e horizontais, posições em que nosso cérebro associa com estabilidade, enquanto o grupo da direita é composto em sua maioria de elementos circulares, curvas e linhas diagonais, elementos que nosso cérebro lê como instáveis. Os dois grupos têm sua divisão sinalizada pelo “sol” localizado no meio do quadro, no topo. Quando olhamos os outros dois círculos, nosso cérebro forma um triângulo. Considerando todos aspectos simbológicos, o objetivo do artista é chamar atenção para os efeitos psicológicos que as cores e formas exercem nas pessoas.

CUBISMO

O Cubismo foi um movimento artístico de vanguarda que surgiu na França no início do século XX entre 1907 e 1914, marcando o circuito europeu, fundando uma nova estética, e teve como membros grandes nomes como Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris, Fernand Léger, e o escritor Guillaume Apollinaire.

Englobando, principalmente, as artes plásticas, mas também influenciando a literatura e a poesia da época, esse estilo revolucionou a história ao propor uma estética única. Além disso, rompeu com o ideal de perfeição das formas, caracterizado por correntes anteriores, como a renascentista. O Cubismo se caracterizou por almejar um objetivismo, passando a geometrizar a realidade, abandonando a tradicional representação de apenas um ângulo, propôs um novo olhar e uma maneira diferente de fazer a arte, isso porque, até então, os outros estilos valorizavam a beleza, o retrato fiel da natureza e a perfeição das formas. Assim, utilizando elementos geométricos, os artistas do cubismo buscavam retratar as imagens de modo tridimensional, dando destaque às linhas retas.

Dividido em três fases distintas, o cubismo cézanniano (1907 - 1909), cubismo analítico (1910 – 1912) e o cubismo sintético (1913 – 1914), revolucionou a arte que estava sendo produzida até então.

Pablo Picasso

Pablo Ruiz y Picasso nasceu em Málaga, Espanha, no dia 25 de outubro de 1881, sua mãe era Maria Picasso y Lopez e seu pai era José Ruiz Blasco, pintor e professor de artes. Ainda menino, Picasso mostrou seu talento para as artes e recebeu o incentivo do pai, determinado desde cedo, iniciou criando desenhos para representar touradas. Quando Picasso tinha 14 anos, sua família se mudou para Barcelona, ​​na Espanha, e ele rapidamente se inscreveu na Escola de Belas Artes da cidade. Embora a escola normalmente só aceitasse alunos vários anos mais velhos, o exame de admissão de Picasso foi tão extraordinário que ele recebeu uma exceção e foi admitido. No ano seguinte, em 1896 seu pai alugou um estúdio, mesmo ano em que sua pintura “Primeira comunhão” foi incluída na Exposição Municipal de Barcelona. Aos 16 anos teve êxito para entrar na Real Academia de Belas-Artes de San Fernando, porém seus métodos o fizeram desistir. Sua primeira exposição própria ocorreu em 1901 na França, onde o dono de seu estúdio alugado acabou por fazer contatos importantes com empresários da região.

Considerado um dos principais artistas do século XX, Pablo Picasso coleciona números impressionantes: em 78 anos de carreira, pintou mais de 13 mil quadros, realizou mais de 100 mil desenhos e mais de 300 esculturas." "Picasso é um dos fundadores do movimento cubista, que inovou a arte na época, por usar elementos geométricos e colagens. Ainda, no fim de sua vida aos 87 anos, produziu 347 gravuras, encerrando sua produção alguns anos mais tarde depois de problemas de saúde. Aos 90 anos foi o primeiro artista vivo a receber uma exposição na Grande Galeria do Museu do Louvre. Morre em 08 de Abril de 1973 na França deixando uma vasta herança cultural e artística.