A Proporção Áurea
Por: Fernando Castanho • 16/7/2019 • Tese • 1.721 Palavras (7 Páginas) • 265 Visualizações
Proporção Áurea:
Entenda os conceitos e a criação da Proporção Áurea: A medida proporcional descoberta pelos gregos, estudada por Leonardo da Vinci e aplicada na
composição artística das mais belas imagens clássicas e contemporâneas.
O que é a Proporção Áurea? Essa é
uma pergunta que sempre escuto de
meus alunos de Desenho e Pintura
Digital. E ela tem sido cada vez mais
freqüente dentro do Design Digital já
que softwares como o Corel Painter
disponibilizam o famoso espiral Áureo como uma ferramenta extra para
auxiliar a criação de uma imagem.
E a resposta é muito simples: A Proporção Áurea é uma forma de se
organizar um espaço. Usar das possibilidades dessa Proporção é tão
simples quanto usar uma régua
para demarcar os centímetros e escolher o melhor lugar da cena para
se colocar um objeto. Mas tudo o
que é ligado à arte clássica gera um
certo receio, pois ninguém quer usar
uma ferramenta indiscriminadamente sem conhecer o seu conceito.
A beleza está na Natureza.
O que é beleza? Podemos mensurar
e ditar o que é belo? Muitos vão dizer
que isso é impossível, pois o que é
belo para uma pessoa pode não ser
para outra. Mas os primeiros artistas
gregos, os responsáveis pela produção do que há de mais belo no mundo antigo, não pensavam assim...
Eles acreditavam na existência de
uma beleza universal, e essa beleza
era a Natureza.
A Mimetização (ou seja, observação
e cópia das formas da Natureza) era
a grande regra para a criação da beleza na arte. Se a criação artística
não tivesse um paralelo na natureza,
não seria uma arte considerada bela.
Ou seja, se o artista grego simplesmente criasse algo do nada, ele não
seria considerado artista, e sim, alguma criança brincando.
Exercício simples: Pegue uma folha de papel e faça uma linha dividindo esse espaço em duas partes
desiguais.
Fácil? Para o artista grego isso era
uma tarefa extremamente difícil!
Isso porque ele só poderia dividir a
folha em duas partes desiguais se
ele achasse na natura alguma forma
idêntica a proporção que ele estabeleceu em seu corte. Você não seria
considerado um artista se você dissesse assim: “Ah, eu cortei aqui porque achei legal”. Os gregos olhariam
pra você e diriam “Legal?? Prove
que isso é belo e harmonioso!”
por Raul Tabajara: raultabajara@gmail.com
www.ilustradicas.blogspot.com
o que é e como usá-la
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Hoje em dia esse é apenas um ponto
de vista dentre os muitos que temos
sobre os princípios da beleza visual.
Mas veja como os gregos de certa
forma estavam certos: é muito fácil
ouvirmos por aí que a beleza física
de uma pessoa está ligada à Simetria perfeita.
A Simetria é o recurso mimético mais
conhecido e usado para organizar
espaços visuais e arquitetônicos. O
Homem é simétrico, os animais são
simétricos e as paisagens apontam
para uma simetria rítmica, então,
porque não usar essa regra como
caminho para a criação de beleza?
Simples: porque uma hora você vai
querer experimentar coisas novas!
A simetria muitas vezes é um caminho inconsciente. Organizamos uma
mesa de trabalho equilibrando todos
os pesos e quando nos damos conta, temos um ponto central e distribuições uniformes aos lados...
Bom, mas essa não é a única forma
de organização conhecida pelo nosso sub-consciente!!
Há uma forma singular de dividir o
espaço em dois, sendo esses espaços desiguais, mas tão harmoniosos
e belos como a Simetria.
Os gregos observaram que uma
certa forma em espiral aparecia repetidamente em muitos lugares da
natureza:
Na organização dos gomos das flores, nas conchas; em como a onda
do mar quebra; na maneira que o
fogo se espalha; na forma do redemoinho do vento; no movimento dos
nossos dedos quando os fechamos
e em outros incontáveis locais.
Ótimo! Isso quer dizer que a natureza
não ser organiza somente usando a
simetria!
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