A REFORMULAÇÃO TRABALHO FINAL
Por: ritapiedade • 13/11/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 4.362 Palavras (18 Páginas) • 137 Visualizações
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ECOMUSEUS
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Índice Página (s)
Introdução ……………………………………………………………………... | 2 |
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Conclusão ………………………………………………………………………. | 12 |
Bibliografia ……………………………………………………………………... | 13 |
Anexos ………………………………………………………………………….. | 14-15 |
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Museus e Coleções, sendo que tem como objetivo a elaboração de um ensaio final sobre o tema dos Ecomuseus, baseado no artigo Cultura, História, valores patrimoniais e museus, de Dominique Poulot e no artigo How Culture Shapes Nature: Reflections on Ecomuseum Practices (Como a Cultura Molda a Natureza: Reflexões sobre as Práticas do Ecomuseu, em português), escrito por Nunzia Borrelli e Peter Davis. Para além dos artigos mencionados, também tomei em consideração parte da Revista Desarrollo Local Sostenible, elaborada pelo Grupo eumed.net, referente ao tema em questão. Deste modo, a metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho assentou, essencialmente, na pesquisa bibliográfica referida.
O presente trabalho está organizado em 5 capítulos, sendo que o primeiro, que contém dois subcapítulos, refere-se, essencialmente, às definições e origens dos ecomuseus. O segundo capítulo, constituído pelo ponto 2.1, trata das diversas práticas e objetivos destas instituições museológicas, assim como é feita uma distinção entre os mesmos e os museus tradicionais. O terceiro, juntamente com o ponto 3.1, retratam a extensão geográfica deste género de museus e, consequentemente, o desenvolvimento no seio das zonas rurais. No Capítulo 4, são referidos alguns problemas levantados no que diz respeito às práticas eco museológicas. Por fim, o quinto capítulo destaca os ecomuseus existentes no nosso país, reforçando o seu papel nas zonas em que se encontram instalados e a sua importância na vida das pessoas ali residentes.
- Ecomuseus
- Definição
O conceito de ‘Ecomuseu’ surgiu nos primórdios dos anos 70, em França, sendo denominado ‘écomusée’, entrando em uso através de Hugues de Varine, um conceituado museólogo francês. No entanto, ao longo do tempo, este termo sofreu diversas alterações e evoluções. Atualmente, segundo os autores do artigo How Culture Shapes Nature: Reflections on Ecomuseum Practices, Nunzia Borrelli e Peter Davis, a designação mais usada para definir o conceito em questão é: "um museu comunitário ou projeto patrimonial que apoia o desenvolvimento sustentável"[1]. Neste sentido, numa instituição museológica deste teor, os membros pertencentes a uma determinada comunidade convertem-se nas principais figuras que atuam em todos os processos que envolvam os ecomuseus referentes às suas próprias localidades. Isto, claro, contendo algumas exceções, sendo que algumas destas instituições eco museológicas podem não ser diretamente dirigidas por um membro da comunidade, mas sim por outras entidades, tal como poderemos verificar no Capítulo 2 deste trabalho.
Nos dias de hoje, quando há referência aos ecomuseus, automaticamente temos em mente que estes são caracterizados pela sua contemporaneidade no que diz respeito aos modelos museológicos, na medida em que não seguem as práticas utilizadas pelos museus tradicionais. Estes últimos modelos referidos, não só dão mais ênfase ao edifício e às coleções e objetos nele incluído, como também acabam por destacar apenas obras representantes do património cultural. Enquanto isso, estas novas formas museológicas, conferem mais importância a outros aspetos igualmente relevantes, tais como a natureza, a própria sociedade e a sua democracia, nunca deixando de englobar a cultura nas suas filosofias. Acabando, deste modo, por estabelecer uma relação entre cultura e natureza. Assim, “o estabelecimento do Ecomuseu é um processo dinâmico (…)”[2], precisamente pelo fomento desta interligação entre diversos aspetos do património.
- Origens
No que concerne às origens do estabelecimento dos primeiros ecomuseus, é importante reforçar o facto deste género de movimentos ter surgido em grande força no continente europeu, mais especificamente em França.
Numa época de renovação no seio dos Museus Etnográficos, deixando de ser denominados desta forma, surgindo novas designações, tais como ‘Museu das Culturas’, que incluía tudo o que estava envolvido com práticas culturais; ‘Museu das Civilizações’, passando a possuir uma dimensão essencialmente histórica e uma conotação valorativa. Por fim, mas não menos relevante, surgiu a designação de ‘Museu de Sociedade’, retratando uma etnografia local, nacional e não exótica. Assim, todas estas novas definições e renovações museológicas, marcaram a rutura da museologia com o paradigma disciplinar, isto é, para além de se romper com a herança etnográfica, também se passou a desvincular a relação tradicional entre a instituição museológica e o conhecimento ou disciplina. Pelo contrário, estes acontecimentos fomentaram uma aproximação crescente entre a Antropologia e os Museus. Neste sentido, começaram a surgir museus de ecologia (ecomuseus), com o intuito de haver um enraizamento local, na medida em que estas espécies de museus apenas são construídas no seio de pequenas cidades. Neste contexto, começaram a emergir diversas críticas à forma como a museologia era posta em prática até ao surgimento deste tipo de museus nos anos 70, marcando, assim, uma “Nova Museologia”[3].
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