A UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE

FURB-UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

UNESC- UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE

DISCILPINA: JOGOS MÚSICAIS

PROFESSORA: EDINA REGINA BAUMER

ACADÊMICO: ARTHUR M JORGE

 

Como nossos pais, música Elis Regina

        Ex-MPB da primeira fase, “Como Nosso Pais” é um dos maiores sucessos de Elis Regina – senão o maior. O artista capturou a composição de Belchior com tanta clareza que é difícil imaginar uma música sendo traduzida de forma diferente. Curiosamente, há uma versão do próprio Belchior, lançada do álbum

“Alucinação”. A substituição de Elis está no álbum “Falso Brilhante”. Ambas as obras foram lançadas ao público em 1976.

        "Como Nosso Pais" é uma música que o próprio Belchior descreveu como "ácida e amarga". A trama fala de um conflito de gerações e algumas das frustrações de sua época em relação à luta por mais liberdade.Reflexo do contexto histórico e social da época, a canção fala de um conflito geracional e da angústia da juventude faz  referência ao regime ditatorial instaurado em 64 e os retrocessos de mentalidade que trouxe ao povo brasileiro.  

         Também por isso, continua fazendo sentido nos dias que correm e ainda é um sucesso, tanto tempo depois. Estes foram os "anos principais". A Tropicália já havia atingido seu apogeu no país e artistas importantes como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram deportados. Na realidade, porém, nada mudou. Além das críticas e conflitos da geração, Belchior transformou os personagens dos personagens em algo pessoal. A frustração expressa na música era sua, como ele deixou claro em entrevista de 1996 ao programa "Nossa Língua", da TV Cultura.

           “Como escritor, estou comprometido com seu personagem. Associo-me ao drama, àquelas contradições e comparações que um escritor poderia dizer, mas neste caso não. “As canções de "Como Nosso Pais" são um testemunho do engenho de Belchior como compositor, nem sempre compreendido pela sociedade, mas certamente visto pelos seus pares. (FERNANDES,2022)

Sons: Ouvir e escutar

           O problema é que as pessoas não ouvem música. Não é que eles não

“ouçam música”, como se precisassem ouvir mais música, escolher a melhor música que poderiam ouvir ou passar mais tempo ouvindo. Já existe música suficiente no mundo, assim como as pessoas ouvem muita música, de modo que provavelmente estão cheias . Além disso, o alto volume de batidas sonoras fornece uma quantidade adicional de vibração sonora para complementar o sentido da audição.  

           O ponto é que as pessoas não ouvem a música que ouvem. Ouvir para prestar atenção ao que ouve. Essas palavras usadas da mesma maneira na verdade introduzem duas categorias diferentes de relacionamentos e sons humanos. A audição é uma gravação física da presença de som . Ouvir é prestar atenção, voluntária ou responsavelmente, ao que você está ouvindo. Escutar constrói uma relação com o som ou a música, o que é muito diferente de captar vibrações sonoras, ou seja, ouvir.

            Essa ideia é perfeita para uma mãe que está conversando com uma criança, que está gostando de brincar, embora esteja confiante no que estamos ouvindo. Essa atenção, que pode ser seca , tem o significado básico de registrar os sons que chegam aos nossos órgãos sensoriais, seja voz, música ou som.  Quando ouvimos sem ouvir, ou seja, sem prestar atenção ao sentido da audição, ficamos entediados com tudo o que acontece no sistema de som. Por exemplo ouvimos sons no trabalho ,no caminho de casa ,no almoço ,mas como ouvimos sem escutar , não prestarmos atenção  no som do que a nossa volta. Quando paramos para escutar nos deparamos surpresos com sons que estavam ali o tempo todo mas não nos demos conta , pois estávamos ouvindo e não escutando.

            Esta é a situação em que vivemos quase sempre, sem as palavras que precisamos ouvir sobre o trabalho sobrevivência, as queixas sonoras ou musicais mais óbvias, e a partir do momento em que nosso interesse se volta para uma determinada fonte sonora, o sistema neuroauditivo sempre funciona muito bem, mas nossa visão não está nele, ou porque estamos pensando em uma determinada problema, porque ouvimos uma determinada situação, ou distúrbio emocional ou porque precisamos usar outro conceito, perspectiva, por exemplo, talvez uma função sensorial muito estressante e que prende a atenção