ARTE COMO CONHECIMENTO
Exames: ARTE COMO CONHECIMENTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sandoelma • 7/5/2013 • 1.935 Palavras (8 Páginas) • 658 Visualizações
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO. 04
2- OBJETIVOS. 05
2.1 OBJETIVO GERAL. 05
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS . 05
3 – JUSTIFICATIVA. 06
4 – METODOLOGIA. 07
5 – CRONOGRAMA. 08
6 – REFERENCIAS . 09
1 – INTRODUÇÃO
O presente trabalho traz uma reflexão sobre a questão da indisciplina. Inicialmente foi feito breve histórico sobre indisciplina, através de um estudo teórico, para melhor compreender as causas e analisar os procedimentos metodológicos para lidar com a indisciplina. O trabalho buscou de modo pratico e teórico conceituar a indisciplina no âmbito escolar, foi necessário desenvolver procedimentos de coleta de dados como pesquisa bibliográfica e questionários com professores da escola pública.
É necessário conceituar e investigar o que são considerados comportamentos indisciplinados para os professores, quais as prováveis causas para tais comportamentos, e quais são os encaminhamentos possíveis para a construção de um trabalho pedagógico que possa minimizar a indisciplina na sala de aula. A questão da indisciplina nas salas de aulas é um tema que atualmente mobiliza as comunidades escolares. Em torno dessa problemática, pesquisas atribuem as causas a diversos fatores, tais como: o reflexo de pobreza e da violência; problemas no seu ambiente social; pais desinteressados com os filhos; a idade do aluno que interfere ou o professor que é culpado. A disciplina social transforma-se num fim educativo de caráter mediato e a disciplina educativa assume simultaneamente o caráter de fim imediato e de meio da educação, pois, com efeito, se a aprendizagem e a interiorização de regras prescritas socialmente se apresentam como um fim educativo, essa aprendizagem constitui ao mesmo tempo uma condição de exercício da ação educativa e, em especial, da ação pedagógica ligada ás aprendizagens institucionalmente organizadas. (ESTRELA, 1992, p. 17 e 18).
A indisciplina necessita ser estudada a partir da percepção e das necessidades de cada grupo, não há como generalizar o que é ou o que não é indisciplina, pois muitos dos atos que em um grupo são considerados indisciplina em outro não são.
A reflexão construída neste trabalho apresenta-se como sustentação teórica do entendimento do que atualmente vem sendo conceituado como indisciplina escolar.
1. PROBLEMÁTICA
Caracterizar indisciplina é uma tarefa difícil diante da diversidade de opiniões
dos teóricos da Educação. O que se pretende é demonstrar a fala de alguns autores e deixar em aberto a conclusão do que seria, verdadeiramente, um conceito adequado de indisciplina.
Alves (2002) defendeu a idéia de que a indisciplina é um fenômeno complexo,
sendo constituído por diversos fatores sociais, educacionais e familiares. Também observou que os professores geralmente alegam que a indisciplina em suas aulas é fruto de problemas externos, provenientes da família, de influências da televisão, da sociedade e da mídia como um todo. Dessa forma, os docentes se excluem de qualquer responsabilidade, evadindo-se do problema e transferindo a solução para outros órgãos.
Se a disciplina constitui normas impostas para que haja uma melhoria no ambiente escolar, a anulação ou esquiva do indivíduo da convivência e da manifestação de seu modo de pensar e se expressar nesse ambiente é também uma forma de reagir às normas ou regras, portanto é uma forma de indisciplina.
De acordo com Estrela (2002, p.14) a indisciplina escolar pode tocar as fronteiras da delinqüência, ela raras vezes é delinquência, pois não viola a ordem legal da sociedade, mas apenas a ordem estabelecida na escola em função das necessidades de uma aprendizagem organizada coletivamente. A autora nos alerta sobre a importância em diferenciarmos a indisciplina e a violência, e focalizarmos a indisciplina no âmbito escolar, no processo ensino aprendizagem,na normalização de regras de boa convivência para o desempenho das atividades.
Para Garcia (2001, p. 376), “devemos conceber a indisciplina como fenômeno de aprendizagem, superando sua conotação de anomalia, ou de problema comportamental a ser neutralizado através de mecanismos de controle”, sobrepujando a idéia de que a indisciplina é uma questão relativa somente ao comportamento. Dessa maneira, o aluno indisciplinado não seria apenas aquele cujas ações rompem com as regras da instituição, mas também aquele que prejudica o seu próprio desenvolvimento cognitivo, moral e atitudional.
A indisciplina sempre existiu, mas a opressão que o professor exercia sobre os alunos – na “educação de antigamente” –, era maior que a existente na atualidade, e o aluno que estava sendo formado era diferente do atual. Para aquele momento, o educando submisso e passivo era almejado. Continuamos a guardar uma herança pedagógica que é alheia aos nossos dias? Os tempos mudaram, a sociedade mudou, os professores e os alunos mudaram, espera-se que os discentes, na atualidade, sejam participativos e atuantes e não apenas assimiladores dos conteúdos impostos pelo professor.
Para Magalhães (1989, p.40), a “indisciplina não se define por si, a mesma surge como a negação de qualquer coisa, seja essa coisa norma ou padrão socialmente aceito ou regra arbitrariamente imposta”.
O indivíduo opõe-se às normas sociais que estão presentes em seu cotidiano, e, no ato de opor-se a tais regras, o mesmo pode demonstrar atitudes de desrespeito e agitação, que podem acarretar em uma queda da qualidade de uma determinada atividade em desenvolvimento. Um exemplo claro disso, aplicado ao ensino-aprendizagem, é a rejeição ou a não concordância com o método de ensino do professor, ou com os conteúdos (por exemplo), que aparece como indisciplina.
Para Pirola e Ferreira (2007, p. 81 e 94), a indisciplina pode ser entendida como “um traço constituído a partir das interações que se estabelecem no espaço social da escola, traço este que pode ser caracterizado como ‘maneiras de ser de uma pessoa com outras pessoas do seu meio, que trazem as marcas de certos padrões culturais’,
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