Anthony Howe - Arte Que Se Move Com a Natureza

Anthony Howe - Arte que se move com a natureza

Nas olimpíadas que aconteceram nos anos de 2016 no Rio de Janeiro, uma obra artística chamou a atenção de todos os espectadores. Logo atrás da tocha olímpica, se encontrava uma  surpreendente escultura cinética com mais de 12 metros de diâmetro e 1815 quilogramas. Feita de metal, com centenas de esferas e pratos reflexivos, suportados através de um anel na sua base, o conjunto remete ao formato do sol. Com a tocha posicionada em sua frente, produziu grandes efeitos luminosos refletindo as chamas no seu metal, chamando mais atenção ainda para sua aparência ‘grandiosa’, hipnotizando os espectadores com seus movimentos.

Além disso, a tocha teve uma diminuição no seu tamanho, e por isso a chama não produziu tanto gás carbono. Pela primeira vez na história dos jogos olímpicos, a cerimônia inovou com a criação de uma pira híbrida e sustentável.

Com isso, uma pergunta nos vem à cabeça: quem está por trás dessa obra tão incrível, que atraiu os olhares de bilhões de pessoas?

Quem era Anthony Howe?

Anthony Howe é um artista americano nascido em Salt Lake City, no estado de Utah. Estudou em escola de pinturas e esculturas e pintava aquarelas. Quando se mudou para Manhattan, descobriu o metal como ferramenta artística enquanto trabalhava montando prateleiras. Essa descoberta junto com seu anterior interesse pelo vento, levou a futuros experimentos que resultaram nas suas esculturas cinéticas.

Suas primeiras esculturas movidas a vento foram penduradas nos telhados locais amarrados com cabos velhos de elevadores.

Em 1994, após ter produzido várias exposições individuais em Nova York e exposições coletivas, chegou a conclusão que seria muito mais vantajoso abrir seu próprio espaço de exposição e vender diretamente para seus clientes, criando assim seu próprio mundo de arte. Seu espaço está localizado em Orcas Island, Washington.

Como fazia suas obras?

Uma das preocupações de Anthony com a arte é ela não ter vida, algo que o deixa entediado e cansado. E isso influenciou a forma como começou a desenvolver sua arte, pois queria ver as coisas flutuarem, queria que houvesse sentimento nos desenhos.

Anthony cria arte que vive e se move com a natureza, por isso uma das principais características de suas esculturas é o movimento. Provocados com a força do vento ou por motores, o seu objetivo é representar a vida. Os movimentos são friamente calculados, bastantes complexos e criativos, trazendo uma ilusão de ótica surreal, hipnotizante para quem observa.

O computador se torna totalmente necessário, e através de software 3D, consegue visualizar as formas e seus movimentos, combinando efeito visual e ciência.  

Cada peça é projetada e depois produzida usando o metal cortado a laser, algumas são cobertas com fibra de vidro, e todo acabamento é feito manualmente. “Elas são feitas para se mover mesmo com brisas de 1 milha e resistir a ventos de até 90 milhas por hora, por até 100 anos.’’

Suas obras

Além da escultura exposta durante a cerimônia das olimpíadas de 2016 como citamos no início, Anthony tem diversas obras impressionantes expostas pelo mundo.

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ABOUT FACE

110 painéis de aço inoxidável ponderados individualmente balanceados movendo-se ao vento, todos oscilando livremente.

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