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Artigo Final de Estágio

Por:   •  8/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.586 Palavras (11 Páginas)  •  294 Visualizações

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EXPERIMENTANDO: EXPERIÊNCIAS DIVERSAS DURANTE A DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Anderson Chagas

Gabriel Pereira

Geovanni Ricarte

Kelly Biason

Rafael Adão

Resumo: Este trabalho pretende relatar e discutir experiências vividas na disciplina de estágio supervisionado II, referente ao curso de Licenciatura em Música da UFSCar, bem como analisar e refletir sobre a importância dessa prática para uma formação mais completa do educador musical visto que, com a prática do estágio supervisionado, os graduandos passaram a assumir o papel do professor em situações reais do cotidiano do ensino e aprendizado, ou seja, uma atividade que se aproxima ao máximo de sua futura profissão.

1. Introdução

 

Desde o início do curso estudamos temas relacionados a metodologias, didáticas de ensino, práticas sociais, conteúdos e objetivos de aulas, dentre muitos outros tópicos entendidos como necessários na formação do educador musical. Porém todo esse conhecimento adquirido só veio a ser posto a prova durante a disciplina de Estágio Supervisionado em Educação Musical, onde tivemos a oportunidade de experimentar, a partir das regências aplicadas nas escolas, bem como com a iniciativa do I Intercâmbio Educação Musical-Pedagogia, voltado para educadores, formandos ou profissionais da área da pedagogia.

O Estágio Supervisionado II consiste em uma disciplina obrigatória para o curso de Licenciatura em Música da UFSCar que tem, como um de seus objetivos, a participação ativa dos alunos em situações reais de ensino e aprendizagem, podendo assim pôr em prática o que aprenderam durante o curso e vivenciar como realmente ocorre o funcionamento do sistema de educação. A proposta inicial do estágio é que os alunos possam ofertar aulas e/ou oficinas em determinada entidade de ensino, podendo ser escolas de música, bem como projetos ou escola regular de ensino.

A disciplina Estágio Supervisionado II acabou por ser dividida em dois momentos: no primeiro, os alunos tinham que elaborar uma oficina individual ou em pequenos grupos para aplicar em escolas ou espaços que atendessem as exigências estabelecidas pelo Departamento de Ensino e Metodologia. Já a segunda parte foi construída e pensada pelos próprios alunos em conjunto com a orientação da professora-orientadora, a fim de promover oficinas baseadas em práticas musicais aos professores da rede pública e alunos da universidade, principalmente da área pedagógica.

Nesse evento, alunos inscritos na disciplina de Estágio Supervisionado II puderam adquirir experiência docente, sendo regentes de atividades musicais e condutores do evento, organizado exatamente com esse objetivo: trazer vivências relacionadas a prática docente para os alunos do curso de Educação Musical.

Nesse contexto, tivemos a oportunidade inédita de conduzir atividades e discussões com profissionais e alunos do curso de pedagogia, atuantes ou não em sua área, fato que nos fez refletir sobre o planejamento para essa atividade.

Sendo assim, o presente trabalho consiste em relatar as experiências individuais de alguns integrantes do grupo, como também a experiência dos cinco estudantes sobre as vivências práticas que compuseram a disciplina, relativas ao Intercâmbio Educação Musical e Pedagogia, realizado em grupo pelos alunos da disciplina com coordenação da professora-orientadora. 

O primeiro deles é o relato referente a oficina Prática instrumental: releituras, criação e execução, ministrada pelo aluno Anderson Chagas.

2. Relatos individuais

  • Anderson

A oficina Prática Instrumental: releituras, criação e execução, foi realizada na escola de música Novo Som, em Ribeirão Preto, e teve duração de dezesseis aulas. A oficina consistiu em proporcionar aos alunos participantes, vivências musicais referentes à práticas com bandas. Um dos objetivos era que os alunos pudessem vivenciar experiências em conjunto e entender o funcionamento de cada instrumento na prática musical. Para tanto, a oficina foi pensada de maneira que os próprios alunos pudessem escolher as peças a serem executadas, através de diretrizes do professor-orientador. Vale ressaltar que foi previamente estipulado que podíamos eleger cinco peças a serem trabalhadas durante o período da oficina.

Com as peças escolhidas partimos para a formação das bandas, onde coube ao professor esta organização. Ao todo foram onze participantes na oficina, onde: três eram cantores, quatro eram guitarristas, um baixista, um tecladista e dois bateristas. A organização das bandas buscou uma formação que contemplasse o maior número de participantes, bem como uma divisão igualitária das vezes que cada um participaria das atividades. Obviamente os bateristas, tecladista e baixista tiveram uma participação maior, devido ao pequeno número dos referidos instrumentistas. Com as bandas formadas deu-se início a maratona de ensaios. Vale ressaltar que nos ensaios houveram grandes trocas de experiências sociais e musicais, bem como uma construção de conhecimentos por parte dos alunos e também do professor, visto que cada aluno possuía uma bagagem e uma experiência musical distinta, o que fez com que a dinâmica fluísse de maneira rica.

  • Kelly

A oficina proposta contou com 12 alunos de violão, realizada na escola de música Arco Íris, na cidade de São Carlos, ao longo de 7 aulas. Os alunos foram divididos em duplas de acordo com o nível de conhecimento prático acerca do instrumento, ou seja, foram formadas 6 duplas, de modo que fosse possível trabalhar para que eles adquirissem novas habilidades e também que fosse explorada a questão motora por outros ângulos, a partir do que já sabiam.

A partir de músicas que cada dupla sugeria, pudemos criar variações de caráter expressivo, alterar velocidade, acentuações e ritmos. Segundo Swanwick, isso propicia formas alternativas de análise, trazendo um repertório mais amplo de habilidades interpretativas à consciência e, em grupo, fazer isso foi enriquecedor, pois cada um podia se espelhar no outro, imitar ou criar uma resposta musical ao que fora sugerido inicialmente.

Ainda que tivessem somente 2 alunos por turma, foi necessário estar em alerta em vários aspectos, como mantê-los motivados a buscar o resultado proposto de execução de determinada peça, ou buscar a satisfação deles no “estar fazendo” as atividades propostas e até mesmo na execução técnica.

  • Rafael

O projeto de Prática em Leitura Rítmica ocorreu na escola Opus II, uma instituição privada localizada na cidade de Araraquara que tem como intuito o ensino de música, seja através da teoria, da prática instrumental ou de atividades lúdicas, presentes na musicalização infantil. O objetivo deste projeto era promover ao aluno o entendimento e a vivência dos elementos rítmicos e da linguagem musical por meio da prática da leitura rítmica. A princípio a oficina foi pensada para ser realizada em oito aulas, divididas em uma aula por semana com a duração de uma hora e quarenta minutos, porém o número de encontros foi reduzido pela metade por questões burocráticas e de disponibilidade da escola.

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