Fichamento – O circo eletrônico – Fazendo TV no Brasil
Por: Helisa • 9/10/2018 • Resenha • 870 Palavras (4 Páginas) • 283 Visualizações
Fichamento – O circo eletrônico – Fazendo TV no Brasil
“A televisão brasileira foi inaugurada oficialmente no dia 18 de setembro de 1050, pela TV Tupi, em São Paulo. Às 21 horas, com uma hora e pouca de atraso, foi ao ar o espetáculo inaugural. ”
O capítulo conta que a inauguração foi feita ser muitos recursos, com improviso e falta de conhecimento sobre tudo o que estava acontecendo.
A televisão no começo não tinha uma imagem clara, era bem borrado mas dava para identificar as pessoas. Os artistas utilizados na época eram de teatro e rádio.
As primeiras produções podem se dividir entre os ao vivo, as redes e as novelas.
Um fato torna toda a história da abertura da televisão no Brasil ainda mais memorável, era que não havia o que se apresentar no dia seguinte, uma grade de programação era algo profissional demais para o momento. Mesmo assim, o show tinha que continuar.
O programa foi feito com duas câmeras e transmitido com a maior dificuldade. No que aquilo ia dar? E o mico na frente de todo o país? Contam que, só quando acabou o show, Cassiano conseguiu voltar e respirar de tanto nervosismo. Daí perguntaram: - Mas o que a gente faz amanhã?
E, se dando conta do buraco, ele gemeu:
- Ai meu Deus do céu, temos que fazer alguma coisa amanhã... (DANIEL FILHO, 2003, p. 15)
O produtor e diretor Daniel Filho relata que sua experiência ao assistir à televisão pela primeira vez:
“Estávamos em Copacabana, onde meu amigo e eu morávamos, e meu primeiro comentário sobre a transmissão expressou minha admiração: - Imagem... A gente está vendo uma coisa que está acontecendo lá no Flamengo, lá, lá, lá no final do Flamengo...
Parecia uma distância imensa”. (DANIEL FILHO 2003 p. 16)
A impressão que se tinha sobre essas primeiras produções, era que estava sendo produzido uma encenação teatral cujo a plateia estaria dentro de casa. Daniel Filho era o assistente de direção e produção da época e relata que tudo tinha que ser feito muito rápido, pois não havia cores e era tudo ao vivo. “Pois havia essa diferença fundamental entre a tevê daquela época e a de hoje. Uma diferença que alterava tudo, do tipo de talento exigido dos profissionais à dinâmica do trabalho. A diferença era que a televisão, naquele tempo, era ao vivo”. (DANIEL FILHO, 2003 p. 18).
Como a televisão brasileira ainda inicia em toda essa esquematização, que futuramente viraria protocolo padrão em TV, a grande de programação brasileira se dividia em produções próprias e produções importadas para preencher o espaço entre as produções próprias do país e os espaços vazios. Atores renomados atualmente dublariam as primeiras importações de filmes e séries que eram trazidas dos Estados Unidos para o Brasil.
“Ainda nessa época, além de ser ator de teatro, televisão e cinema, também comecei a trabalhar em dublagem de filmes para a televisão. As primeiras séries americanas estavam chegando em nosso mercado. Dublei Aventura submarina (Sea Hunt), estrelada por Lloyd Bridges, dublado por Wilton Franco [...].
Mas, na época, todo mundo que depois ficaria muito famoso fazia dublagem: Nathalia Timberg, Denis Carvalho, Tony Ramos, Lima Duarte (que dublava o Scooby Doo, o desenho animado) Luiz Carlos Mièle e Hugo Caravana, com quem, aliais, eu dividia um apartamento no Leblon”. (DANIEL FILHO p. 21)
A combinação de esquetes e números musicais começou a ser usada, em nosso radio, pelo publicitário Adhemar Casé, o primeiro brasileiro a comprar horário e fazer o programa de variedades pioneiro da rádio brasileira, o Programa Adhemar Casé [...] (DANIEL FILHO p, 41).
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