Filme- Auto da Compadecida
Por: Nathalie Abreu • 7/9/2015 • Resenha • 1.584 Palavras (7 Páginas) • 848 Visualizações
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NATHALIE FERREIRA ABREU
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AUTO DA COMPADECIDA - FILME
Trabalho apresentado ao Centro Universitário
Claretiano para o cumprimento das horas de
AACC , no curso Licenciatura em Artes ministrada pela Tutora Halima Alves de Lima Elusta.
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AUTO DA COMPADECIDA - FILME
Direção: Guel Arraes
Roteiro – Adriana Falcão
Ano de lançamento: 2000
Esta última semana estive re-assistindo todos os filmes baixados em meu HD externo, e me deparei com este filme surpreendente, e altamente emocionante. Não contente, assisti dois dias seguidos.
O filme começa nos apresentando a dupla: João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), aprontando peripécias com a apresentação do filme da Paixão de Cristo. Chicó se enrola com a fita e o filme para de ser exibido. Para que não sejam linchados, o padre inicia uma celebração, mas expulsa os dois do local. Logo a dupla arranja emprego na padaria da cidade.
Descobrem, sem muito investigar, que a mulher do padeiro tem vários amantes, dentre eles, Chicó, que se encanta com a formosura da patroa. Esta chega a enganar o próprio marido, mandando-o para longe, e dorme com o amante, em sua cama.
Dias depois, a cachorrinha da patroa (que é tratada como filha), adoece. A mulher mais do que depressa manda que João Grilo e Chicó corram até o padre, e peçam para que ele a abençoe. O padre se recusa, dizendo que não benze cachorros, porque o Bispo está para chegar na cidade, e isto seria contra as leis de Deus. João Grilo acha um plano, e diz que a cachorra é, na verdade, do Major Antônio Moraes, um fazendeiro rico da cidade. O padre, mais do que depressa, aceita fazer a benção.
É neste exato momento que o próprio Major entra na igreja para pedir que o padre abençoe sua filha, que chegará no dia seguinte. O padre, confuso, acha que se trata da cachorra e faz uma enorme confusão. O fazendeiro vai-se embora irritadíssimo.
Logo após, a dupla volta novamente, pedindo que a cachorra da Patroa, dona da padaria, seja abençoada. Novamente o padre se nega.
O padeiro e sua esposa resolvem tirar satisfação com o padre, uma vez que este ia abençoar a cachorra do Major, mas a sua não. Enquanto discutem, Chicó vem anunciar que a cachorra morreu. A Mulher exige que a cachorra seja enterrada em Latim.
O padre novamente se nega, e João Grilo arma a sua jogada: diz que a cachorra tinha um testamento em vida, que deixava dinheiro para o padre, caso fosse enterrada. Cheio de ganância, o padre enterra o animal.
O Bispo chega a cidade, e escuta a reclamação do Major Antônio Moraes sobre o Padre, e logo vai até a igreja para tirar satisfação. Ali fica sabendo, pela boca de João Grilo, que o padre enterrou um animal em troca de dinheiro. O Bispo só não afasta o Padre de seu cargo porque João Grilo diz que a cachorra deixou uma parte do dinheiro para ele também.
A vida conjugal da patroa e do dono da padaria vai de mal a pior, e para alegrá-la, João Grilo e Chicó lhe vendem um gato que “descome” dinheiro. Enfiam umas moedas no gato e lhe entregam o bichano. A mulher fica toda feliz, porém não demora até que descubra a trapaça dos dois.
Resolvem demitir a dupla, e João se finge de morto, para que possam fugir dali em segurança. Enquanto faz-se o “falso cortejo”, a cidade é invadida por cangaceiros, entre eles Severino de Aracaju, perigosíssimo. Na porta da igreja, João finge uma ressuscitação e diz que tem uma mensagem dos céus para Severino, que é para ele deixar a cidade em paz.
Os cangaceiros dão uma trégua, e João Grilo é tido como herói. Porém, sem emprego, este vai até a fazenda do Major, e consegue um cargo. Sua primeira função é buscar a filha do Major que chegou na cidade.
Quando Chicó conhece Rosinha, fica apaixonado imediatamente, e é recíproco. João inventa que Chicó é rico, corajoso e que faria tudo pela moça. Até duelo entre o valentão da cidade e um oficial de justiça é armado.
Chicó assina um termo com o Major, dizendo que suas terras (que ele não possui) serão do Major em troca do casamento com sua filha, e que, caso estivesse mentindo, o fazendeiro possuía o direito de tirar-lhe uma tira de couro do corpo.
A cidade é novamente invadida, e, desta vez, Severino de Aracaju não perdoa ninguém. Ele e seu bando matam o padre e o bispo, a mulher do padeiro e seu marido, e quando vão matar João Grilo, este inventa uma trapaça de gaita que ressuscita os mortos e mata Severino. O bando percebe a trapaça e João leva um tiro. Chicó o leva para dentro da igreja, mas ele já está morto.
João Grilo chega ao juízo final, com todos aqueles que morreram pelas mãos dos cangaceiros. O Diabo aparece, e quer levar todos para o inferno. João Grilo apela para a misericórdia divina, e chama por Jesus, que aparece para participar do julgamento. O Diabo começa a dizer os pecados de todos ali presentes, começou pelo Padre e pelo Bispo, com acusações como arrogância, venda de perdão, ganância e desprezo pelos pobres, a mulher do padeiro tinha o peso do adultério, e seu marido era o pior e mais avarento patrão que alguém poderia ter. Severino era cangaceiro e já constavam muitas mortes em suas mãos.
Em uma última tentativa, João Grilo apela para Nossa Senhora (Fernanda Montenegro), que vêm em intercessão daqueles que lhe pedem. Começa seu discurso em favor dos réus, dizendo que, na hora de sua morte, cada um a seu modo, se redimiu e perdoou os pecados daqueles que lhe fizeram mal. O Padre e o Bispo perdoaram seu assassino, assim como Jesus o fez, na cruz. Na hora de sua morte, Marido e Mulher se abraçaram, e perdoaram uns aos outros, seus pecados. Severino de Aracaju viu a família ser morta, ainda menino, pela polícia, e portanto era um instrumento da cólera divina. Desta forma, todos estes citados vão para o purgatório, para pagar seus pecados, mas sua absolvição está garantida.
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