TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Física no seu dia a dia

Por:   •  16/11/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.474 Palavras (10 Páginas)  •  231 Visualizações

Página 1 de 10

O trabalho é um número real, que pode ser positivo ou negativo. Quando a força atua no sentido do deslocamento, o trabalho é positivo, isto é, existe energia sendo acrescentada ao corpo ou sistema. O contrário também é verdadeiro, uma força no sentido oposto ao deslocamento retira energia do corpo ou sistema. Qual tipo de energia, se energia cinética ou energia potencial, depende do sistema em consideração.

Como mostra a equação acima, a existência de uma força não é sinônimo de realização de trabalho. Para que tal aconteça, é necessário que haja deslocamento do ponto de aplicação da força e que haja uma componente não nula da força na direcção do deslocamento. É por esta razão que aparece um produto interno entre F e r. Por exemplo, um corpo em movimento circular uniforme (velocidade angular constante) está sujeito a uma força centrípeta. No entanto, esta força não realiza trabalho, visto que é perpendicular à trajectória.

Portanto há duas condições para que uma força realize trabalho:

Que haja deslocamento;

Que haja força ou componente da força na direção do deslocamento.

Esta definição é válida para qualquer tipo de força, independentemente da sua origem. Assim, pode tratar-se de uma força de atrito, gravítica (gravitacional), eléctrica, magnética, etc.

Tipos de trabalho[editar | editar código-fonte]

Trabalho nulo, quando o trabalho é igual a zero;

Trabalho potente/motor, quando a força e o deslocamento estão no mesmo sentido;

Trabalho resistente, quando a força e deslocamento possuem sentidos contrários (geralmente representado por T= -F.d

Trabalho e energia[editar | editar código-fonte]

Se uma força F é aplicada num corpo que realiza um deslocamento dr, o trabalho realizado pela força é uma grandeza escalar de valor:

{\displaystyle d{\operatorname {W} }={\mathbf {F} }\cdot d{\mathbf {r} }} {\displaystyle d{\operatorname {W} }={\mathbf {F} }\cdot d{\mathbf {r} }}

Se a massa do corpo for suposta constante, e obtivermos dWtotal como o trabalho total realizado sobre o corpo (obtido pela soma do trabalho realizado por cada uma das forças que atua sobre o mesmo), então, aplicando a segunda lei de Newton pode-se demonstrar que:

{\displaystyle d\operatorname {W} _{total}=d\operatorname {E_{c}} } {\displaystyle d\operatorname {W} _{total}=d\operatorname {E_{c}} }

onde Ec é a energia cinética. Para um ponto material, Ec é definida como:

{\displaystyle \operatorname {E_{c}} ={\frac {\operatorname {m} \operatorname {v^{2}} }{2}}} {\displaystyle \operatorname {E_{c}} ={\frac {\operatorname {m} \operatorname {v^{2}} }{2}}}

Para objectos extensos compostos por diversos pontos, a energia cinética é a soma das energias cinéticas das partículas que constituem um tipo especial de forças, conhecidas como forças conservativas, pode ser expresso como o gradiente de uma função escalar, a energia potencial, V:

{\displaystyle {\mathbf {F} }=-grad{\operatorname {(V)} }} {\displaystyle {\mathbf {F} }=-grad{\operatorname {(V)} }}

Se supusermos que todas as forças que atuam sobre um corpo são conservativas, e V é a energia potencial do sistema (obtida pela soma das energias potenciais de cada ponto, devidas a cada força), então:

{\displaystyle {\mathbf {F} }\cdot d{\mathbf {r} }=-grad{\operatorname {(V)} }\cdot d{\mathbf {r} }=-d\operatorname {V} } {\displaystyle {\mathbf {F} }\cdot d{\mathbf {r} }=-grad{\operatorname {(V)} }\cdot d{\mathbf {r} }=-d\operatorname {V} }

logo,

{\displaystyle -d\operatorname {V} =d{\operatorname {E_{c}} }\Rightarrow d{(\operatorname {E_{c}+V} )}=0} {\displaystyle -d\operatorname {V} =d{\operatorname {E_{c}} }\Rightarrow d{(\operatorname {E_{c}+V} )}=0}

Este resultado é conhecido como a lei de conservação da energia, indicando que a energia total {\displaystyle \operatorname {E_{t}} =\operatorname {E_{c}+V} } {\displaystyle \operatorname {E_{t}} =\operatorname {E_{c}+V} } é constante (não é função do tempo).

Conceito[editar | editar código-fonte]

Os princípios do conceito de trabalho remontam às equações de Galileu do movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV). Temos que o deslocamento {\displaystyle \Delta s} \Delta s (positivo para uma direção da reta e negativo para a outra) equivale a

{\displaystyle \Delta s={\frac {v^{2}-v_{0}^{2}}{2a}}} {\displaystyle \Delta s={\frac {v^{2}-v_{0}^{2}}{2a}}}

O que nos dá uma relação entre o deslocamento e a mudança de velocidade ( {\displaystyle v} v é a velocidade correspondente ao final do deslocamento e {\displaystyle v_{0}} v_{0} é a velocidade correspondente ao seu início).

Essa equação é o primeiro passo para um tratamento da mecânica que seja independente do tempo envolvido. Mas ainda há nela um fator que remete ao tempo: a aceleração. De forma qualitativa, essa equação nos diz que, quanto maior for o módulo da aceleração que levou o corpo da velocidade {\displaystyle v_{0}} v_{0} à velocidade {\displaystyle v} v, menor é o espaço percorrido durante essa transformação. De modo simples: se a mudança de velocidade demorou mais, então sobrou mais tempo para que o corpo se movesse enquanto isso. Para eliminar esse fator que é tão dependente da maneira como se deu a mudança de velocidades (o que é contraditório com um tratamento atemporal), devemos multiplicar ambos os lados da equação por {\displaystyle a} a e passar a pensar em {\displaystyle a\Delta s} {\displaystyle a\Delta s} como uma entidade única, relacionada apenas com a variação absoluta do quadrado da velocidade dividido por dois:

{\displaystyle a\Delta s={\frac {v^{2}}{2}}-{\frac {v_{0}^{2}}{2}}} {\displaystyle a\Delta s={\frac {v^{2}}{2}}-{\frac {v_{0}^{2}}{2}}}

Independentemente de como foi realizada a transformação, o {\displaystyle {\frac {v^{2}}{2}}-{\frac {v_{0}^{2}}{2}}} {\displaystyle {\frac {v^{2}}{2}}-{\frac {v_{0}^{2}}{2}}} será sempre igual à entidade {\displaystyle a\Delta s} {\displaystyle a\Delta s}, de modo que finalmente temos um tratamento atemporal no movimento uniformemente variado.

Entretanto, queremos estender isso ao movimento geral. Para

...

Baixar como (para membros premium)  txt (18.8 Kb)   pdf (111.4 Kb)   docx (16.3 Kb)  
Continuar por mais 9 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com