Historia do Cinema Brasileiro
Por: corvinolunatico • 28/11/2018 • Trabalho acadêmico • 517 Palavras (3 Páginas) • 237 Visualizações
V.F História do cinema brasileiro
Aluno: Bernardo Gomes
20176915
Cinema: Trajetória no subdesenvolvimento
A escrita de Paulo Emilío Sales Gomes traz inúmeras reflexões, não só do cinema brasileiro, mas também do país Brasil, da nossa cultura e também dos interesses capitalistas.
O texto mostra a trajetória do cinema brasileiro, desde o início, com a chamada "A bela época do cinema brasileiro", e de como o Brasil importava muito da arte dos norte-americanos (deixando de lado nossa cultura e representatividade) e como isso influenciava aqui, no qual ele explica, diferenciando o Estados Unidos do Brasil como ocupantes e ocupados "Cinema no Brasil era norte-americano e, de certa forma, também brasileiro." Ele explica que a impregnação do filme americano foi tão geral, ocupou tanto espaço na imaginação coletiva dos ocupados, que se adquiriu uma linha de pensamento de que nada nos é estrangeiro pois tudo o é.
Paulo também fala um pouco das Chanchadas pós a bela época, que foi um gênero de filme brasileiro que teve seu auge entre as décadas de 1930 e 1950. Elas eram comédias musicais, misturadas com elementos de filmes policiais e de ficção científica. Esse tipo de humor, porém, não pode ser considerado uma invenção brasileira, pois fitas assim também eram comuns em países como Itália, Portugal, México, Cuba e Argentina. Quando o gênero chegou por aqui, a crítica nacional o considerava um espetáculo vulgar, por isso ele foi apelidado de chanchada – palavra de origem controversa, mas que pode ter surgido na língua espanhola, significando “porcaria”. A aversão dos críticos, no entanto, não prejudicou o sucesso de bilheteria desses filmes.
Chega a fase do Cinema novo, que dura pouco tempo mas teve extrema importância para o cinema do país, na qual teve um grande expressão cultural. O Cinema Novo é um gênero cinematográfico exclusivamente brasileiro que se estabeleceu no cenário áudio visual nacional na segunda metade do século XX, destacando-se por dar ênfase à igualdade social e ao intelectualismo. Os filmes produzidos com base no Cinema Novo tinham, também o objetivo de se oporem ao cinema até então produzido no Brasil que consistiam, principalmente em musicais, comédias e épicos ao estilo Hollywoodiano. Mesmo assim, o autor explica que os espectadores da antiga Chanchada não foram muito atingidos por esse gênero e que nenhum novo público potencial de ocupados chegou a se constituir.
Paulo mostra durante todo o texto como o Cinema brasileiro parece ser "colonizado" pelos norte-americanos e como, em diferentes épocas, o Brasil tentou sua "independência". Nos apresenta as consequências da falta de público no Cinema Novo, que deixou o público intelectual orfão de cinema brasileiro, se voltando para o estrangeiro, vivendo uma ilusão. Mostra como o melhor do cinema do Brasil agora não tem mais um destinatário como antigamente, e sim, foi engolido pela rede de comércio e apenas visa o dinheiro.
O texto traz uma reflexão e crítica sobre a dominção estrangeira (ocupantes) no nosso cinema e que dar as costas ao cinema brasileiro é uma forma de abaixar a cabeça para essa dominação, que não representa nosso povo, nossa cultura e nossa arte, e que essa representatividade que falta é importantíssima para o Brasil e seu cinema.
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