História Critica
Por: pablobasan • 25/9/2016 • Trabalho acadêmico • 3.198 Palavras (13 Páginas) • 271 Visualizações
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
FIAMFAAM – CENTRO UNIVERSITÁRIO
HISTÓRIA CRÍTICA DA ARQUITETURA MODERNA
São Paulo
2016
Transformações culturais: a arquitetura neoclássica, 1750-1900
No primeiro capítulo do livro “História crítica da arquitetura moderna”, o autor Kenneth Frampton começa com uma incerteza em relação ao surgimento da arquitetura neoclássica. Para ele, ouve duas vertentes que pode ter colaborado com esse surgimento, o primeiro foi a tecnologia e a segunda a consciência da mente humana.
Mais adiante, o autor menciona que muito dos excessos da arquitetura vistos até então, “obrigaram” muitos arquitetos do século XVII a buscar por um estilo mais autêntico os quais passavam por uma reavaliação da Antiguidade. Porém, Frampton ressalta que muito além da antiguidade “conhecida” – Roma, por exemplo" – os arquitetos passaram a se aprofundar na arquitetura as quais os romanos se inspiravam, sobretudo a grega.
Com isso, Kenneth Frampton aborda alguns pontos da literatura do período que valorizavam a arquitetura grega, sobretudo a literatura de Le Roy que afirmava que a arquitetura grega era a origem do “estilo autêntico”, contrapondo a visão de Piranesi que afirmava que os etruscos juntamente com os seus sucessores, os romanos, quem haviam elevado a arquitetura ao seu mais alto nível de refinamento.
No parágrafo seguinte, o autor escreve sobre a influência da Antiguidade na arquitetura inglesa - que encontrou sua primeira expressão no Paladianismo - que no período de 1750 e 1765 os principais expoentes do neoclassicismo inglês tinham como influência, também, as arquiteturas etrusca, romana e grega.
Diferente da experiência britânica, o que embasou o florescimento do Neoclassicismo na França foi o desenvolvimento teórico, como afirma Kenneth Frampton. Ainda no parágrafo o autor afirma que no fim do século XVII Claude Perrault passou a questionar a validade das proporções vitruvianas e a maneira como as quais eram recebidas e apuradas pela teoria clássica. Frampton diz:
“Em vez disso, ele elaborou sua tese de beleza positiva e beleza arbitrária, dando à primeira o papel normativo de padronização e perfeição, e à última a função expressiva que possa ser requerida por uma circunstância ou uma característica especial.” (FRAMPTON, 1997, p.5)
A seguir, Frampton diz que sob toda a ortodoxia vitruviana foi desenvolvido o “Novo tratado de toda a arquitetura” de Cordemoy onde lá, ele substituiu os atributos vitruvianos “utilidade, solidez e beleza” por “ordem, distribuição e conveniência”. Sob esta perspectiva, o autor menciona que muito embora Cordemoy “pregasse” o uso da proporção correta das ordens clássicas, ele acreditava no uso adequado dos elementos clássicos.
Em 1753, o abade Laugier reinterpreta Cordemoy e propõe uma arquitetura “natural” constituindo a “Cabana primitiva” conforme menciona Kenneth Frampton no parágrafo seguinte. Esta cabana partia do principio de quatro troncos de árvore sustentando um telhado rústico e verde. Ainda seguindo o autor, Laugier afirmava que esta estrutura simples, era a base da estrutura gótica classicizada.
Frampton diz que esta estrutura “livre” – como a da “Cabana primitiva” – foi realizada em Paris por um dos primeiros arquitetos – Jacques-German Soufflot - a recriar a leveza, a amplidão e a proporção da arquitetura gótica ao projetar a igreja de Sainte-Geneviève cuja planta era em cruz grega, nave e alas formadas por um sistema de cúpulas planas e arcos semicirculares apoiados num peristilo interno continuo.
Sendo o neoclassicismo francês uma representação bastante teórica, coube a J.F.Blondel integrar a teoria de Cordemoy e Soufflot, como escreve Frampton. No parágrafo que segue, o autor menciona que para Blondel, o projeto de igreja ideal era a Sainte-Geneviève, já que o projeto desta igreja sugeria simplicidade e grandiosidade ao mesmo tempo, evocando um sentimento do sublime. Seguindo o texto, Framptom afirma que no ponto de vista de Boullée - discípulo de Blondel – a imensidão da perspectiva combinada a pureza geométrica eram capazes de promover a alegria e a angústia. O autor diz também, que em dado momento, Boullée, mais que qualquer outro arquiteto do iluminismo, estava obcecado com poder que a luz tinha para evocar a presença do divino e com o poder que a monumentalidade das construções tinham em relação a representação do Ser Supremo.
Decorrido o texto, Kenneth Frampton afirma que a fábrica de sal de Ledoux foi um dos primeiros experimentos de arquitetura industrial, já que a mesma integrava unidades produtivas e alojamentos operários. Seguindo, Frampton menciona:
“Ao desenvolver imaginariamente essa tipologia limitada para incluir todas as instituições de sua cidade ideal, Ledoux ampliou a ideia de uma “fisionomia” arquitetônica para simbolizar a intenção social de suas formas quem, de outro modo, ficariam abstratas.” (FRAMPTON, 1997, p.7).
Ao afirmar que a evolução do Neoclassicismo se deu pela necessidade de acomodar as novas instituições da sociedade burguesa e representar o surgimento do Estado republicano, Frampton menciona que a evolução não diminuiu o papel que o Neoclassicismo desempenhou na formação do estilo burguês imperial.
Transformações territoriais: evolução urbana, 1800-1909
O segundo capítulo “transformações territoriais: evolução urbana, 1800-1909”, começa com o autor falando sobre as transformações ocorridas nas cidades tidas antes como finitas. Estas transformações, ainda de acordo com o autor, aconteceram muito por conta da interação entre forças técnicas e socioeconômicas da época. Ainda conforme o autor no segundo parágrafo, o mesmo fala da importância da produção do ferro inglês para com a sociedade da época, já que este foi motivado pela necessidade de alimentar uma produção industrial que crescia com rapidez.
Além disso, Frampton ressalta que a indústria têxtil também teve a sua importância no desenvolvimento industrial da época, e com a invenção de novos maquinários, os espaços destinados ao trabalho passaram por transformações como a criação de fábricas com vários pavimentos e a prova de fogo. O autor ainda menciona que uma nova logística de disposição dessas fábricas foi “criada” a fim de atender as necessidades da época. Antes as fábricas precisavam estar perto de cursos d’água, depois com o advento da força motriz a vapor, estas passaram a estar perto de jazidas de carvão.
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