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Musica Do Rap

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Por:   •  11/9/2013  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  449 Visualizações

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Ao longo dos quase oito anos de carreira Kendrick Lamar (25) lançou cinco mixtapes e um disco (Section.80), lançado no ultimo ano de forma independente, até então ele esteve se mantendo sobre o apoio do grupo TDE – você já deve ter visto ele usando um moletom com essa sigla estampada -, onde ele é membro. Mas foi a partir do lançamento das ultimas duas mixtapes que Kendrick começou a ganhar cada vez mais espaço nas publicações de blogueiros; até que seu som chegou aos ouvidos de Dr. Dre.

Dre gostou tanto do seu material que – segundo ele – largou o projeto Detox e logo resolveu contratar Kendrick para fazer parte de um projeto de renovação da antiga Aftermath. Kendrick, fã de Dr. Dre logo aceitou o convite, e a partir daí ele passou a ser visto como esperança para o rap da West Coast; já que ele é de Los Angeles e seu rap se assemelha com a cultura local. Passaram-se alguns meses e enfim g.o.o.d kid, m.A.A.d city foi lançado.

Construído de uma forma bem distinta, porém simples, g.o.o.d kid, m.A.Ad city se diferencia de seus outros trabalho. Em forma de conto, o disco trás um curta-metragem onde Kendrick é o personagem principal que tem 17 anos e viaja por Los Angeles dentro da van de sua mãe – essa da capa – contando historias; o roteiro do disco foi dividido entre as 12 faixas poetizadas por Kendrick. Iniciado por uma oração feita em família, as rimas de Kendrick Lamar se entrelaçaram entre os interlúdios – fundamentais - que aparecem ao fim e no inicio de algumas das faixas, esses interlúdios são trechos de uma conversa de seus pais com a caixa postal do celular de Kendrick; conselhos, declarações de amor e brigas aparecem durante esses trechos, que surgem do nada no final de uma faixa, é como se fosse uma cena, mas você continua na mesma faixa, e essa sensação de ter diferentes atmosferas em um mesmo som, você sente em quase todo o disco. Kendrick apostou em diminuir o numero de faixas, que foram compensadas em uma duração maior de suas musicas. A maioria das faixas tem duração acima de 5 minutos, o que pode fazer você pensa que o disco é massivo e cansativo; mas na verdade não é. Kendrick teve criatividade o bastante para saber conduzir essas musicas de grande duração, as suas diversas mudanças de voz e suas historias bem contadas, faz você ter a curiosidade do que está por vim, como em The Art of Peer Pressure - quarta faixa do disco - que é iniciada por uma cômica melodia arrastada, típica dos raps da década de 90, melodia que não dura por muito tempo, a cena muda quando Kendrick surge sobre um clima obscuro, trazendo sua introdução ao rap gangster, e a partir daí surge duas faixas onde temos as primeiras colaborações – personagens - do álbum. Jay Rock e Drake fazem um bom trabalho, mas como em todo o restante do álbum, não conseguem seguir Kendrick, que se mantêm no comando de todas as faixas, as historias interessantes são dele e as colaborações não passaram de coadjuvantes.

O grande destaque nas colaborações foi um artista que mal teve seu nome citado no disco, falo de Pharrell Williams: o figurante na cena de good kid; bom, ele produziu a musica e também colaborou, fez o refrão, nós já sabemos que o Skateboard P tem uma ligação muito boa com os rappers da West Coast, Snoop Dogg – com o refrão de Beautiful – que o diga, e como Kendrick leva no seu sangue esse estilo californiano, Pharrell parece ter se dado bem com ele, a ligação entre os dois saiu tão sincronizada que logo nas primeiras partes da musica você tem a sensação daquela ser a melhor musica que você escutou no ano. Na sequencia temos maad city, quase uma continuação de good kid, mas o contrario, maad city deixou as melodias e o clima g-funk de lado para introduzir um progressivo rap divido em duas partes; produzidas por Sounwave e Terrace Martin, a primeira parte da musica é marcada pela moderna produção induzida por graves ensurdecedores, já na segunda parte um lado clássico colaborado por MC Eiht ganhou destaque. maad city é um verdadeiro gangster rap, um moderno gangster rap que leva em sua identidade a sonoridade nativa de L.A, que foi finalizada pelos clássicos scratch repetindo o nome do território mais famoso da Califórnia: Compton.

A partir da apresentação da melhor parte do filme – álbum - você fica cada vez mais curioso do que está por vim, e se depara com Swimming Pools (Drank). Primeiro single do disco, a faixa realmente tem um apelo comercial que você não saca no restante do disco, foi uma boa escolha para single, o seu refrão repetitivo e os rápidos versos cheios de modificações na voz, faz uma ligação interessante com o instrumental que evoluí durante a canção que não tem nada de “West Coast”. Entretanto a canção é uma ótima musica, e coube perfeitamente dentro da historia do disco, a sua extensão relacionada à versão anteriormente lançada, trouxe um inédito verso e um capítulo novo do interlúdio. No capitulo seguinte encontramos a agradável Sing About Me, I'm Dying of Thirst, - a maior faixa do disco - são 12 minutos de uma canção que vai se modificando conforme Kendrick desenvolve sua historia, entre um refrão

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