O Estudo Dirigido
Por: João Pedro Abrahão • 8/10/2020 • Trabalho acadêmico • 510 Palavras (3 Páginas) • 157 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE
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ESTUDO DIRIGIDO
TEXTO:
TEORIA E HISTÓRIA DO URBANISMO
PROFESSORA: xxxxxxx
ALUNA:xxxxxxxxx
Questão: A partir do artigo de Sandra Pesavento, indique os aspectos conceituais da cidade apontados pela autora como memória e história, e reflita como o tempo pode desgastar as formas que se inscrevem no espaço urbano.
No artigo “Cidade, Espaço é Tempo: Reflexões sobre a memória e o Patrimônio Urbano” a autora aborda sobre os conceitos da cidade, do urbano, e a relação entre a história e a memória, como ambas interferem no contexto urbano. A autora define a cidade, em termos culturais como um cronotopo ( uma unidade de espaço e tempo ) e o urbano. A autora também aborda que “ [...] visualmente o urbano se define por uma delimitação e edificação no e do espaço, a fornecer imagens gráficas e objetais da cidade, consensualmente reconhecidas como tal. Por outro lado, o espaço urbano contém um tempo, encerra uma história e uma. memória e supõe uma leitura [...]” ( página 1595).
No texto é dito sobre como os gregos enxergavam e conceituavam a memória ( Mnemósine) e a história (Clio).
Na visão dos gregos a memória era a premissa e “mãe” de todos os outros conceitos, entre eles a história. Porém em determinado momento, dentro desse contexto, há uma inversão da situação, onde a história passa a subordinar a memória, pois como disse a autora “[...] coube a história o registro autorizado sobre o passado, atividade marcada pelo atributo de permanência do texto sobre a oralidade. Ao fixar, pela escrita, uma narrativa sobre o passado, a história pretende aprisionar o tempo, dotando seu discurso de permanência.”( página 1596 ). Era importante que a memória e a história tivessem afinidade especiais, pois juntas tinham o encargo de construir narrativas sobre uma temporalidade que já passou. Há uma relação de co-dependência entre ambas, sendo futuramente percebido que a memória é proveniente da história.
Dessa forma, a autora mostra que ao direcionar seu olhar e observar o urbano, olhar as construções, edificações, é possível entender a história pela qual a cidade passou ou está passando naquele momento. Visto que a todo momento as construções presentes na cidade se atualizam de acordo com o momento vivido. A autora também explica que para o resgate da memória e história de uma cidade, além de ser necessário recolher registros de uma outra época, testemunhos entre outros, esse processo também envolve memórias não apenas do mundo material, mas também memórias advindas da esfera imaterial, a partir de experiências e vivências passadas de outros indivíduos.
Na busca dessas memórias imateriais, acaba que é necessário a busca pelo despertar das sensibilidades e imaginação em busca da cidade e leitura do passado. Devido a falta de registro material de certas obras, o observador precisa exercitar seu olhar e imaginação para buscar entender de certa forma como era e como se fez a história do urbano em determinada época. No artigo é comentado que os costumes de época, obras e construções arquitetônicas que foram desgastados ou alterados, fazem com que muitas vezes, memórias sejam apagadas, gerando assim uma descaracterização do passado da cidade.
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