O Futurismo
Por: Elisa Rovai • 7/5/2016 • Monografia • 485 Palavras (2 Páginas) • 428 Visualizações
O Futurismo foi um movimento artístico e social originado na Itália no começo do século 20. Surgiu oficialmente em 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, pelo poeta italiano Filippo Marinetti. Foi fortemente influenciado pelo cubismo, e influenciou movimentos posteriores, como o Art Deco, construtivismo, surrealismo, dadaísmo e em maior grau o Preciosismo, Raionismo e Vorticismo. Suas figuras principais foram Filippo Tommaso Marinetti, Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Gino Severini, Giacomo Balla, Antonio Sant'Elia, Bruno Munari, Benedetta Cappa e Luigi Russolo, como representantes italianos. Na Rússia, foram representados por Natalia Goncharova, Velimir Khlebnikov, Igor Severyanin, David Burliuk, Aleksei Kruchenykh and Vladimir Mayakovsky. No Brasil, seus principais representantes são Oswald de Andrade e Anita Malfatti.
Enfatizava a velocidade, tecnologia, juventude e violência, além de objetos como o carro, os aviões e a cidade industrial. Admiravam tudo que representava o triunfo tecnológico da humanidade sobre a natureza, e era nacionalistas apaixonados, grandes patriotas. Eles repudiavam o culto ao passado e toda imitação, elogiavam a originalidade. Desprezavam os críticos de arte, por sua inutilidade. Rebelaram-se contra a harmonia e o bom gosto, desprezando os temas e assuntos de todas artes posteriores, e se glorificavam na ciência. O futurismo foi praticado em várias formas de arte, incluindo pintura, escultura, cerâmica, design gráfico, industrial, de interiores e urbano, além de teatro, filmes, moda, tecidos, literatura, música, arquitetura e até mesmo na gastronomia.
Apesar de ser um fenômeno italiano, houveram movimentos paralelos na União Soviética, Reino Unido, e outros lugares, incluindo o Brasil. Influenciou diversos artistas brasileiros que depois fundaram outros movimentos modernistas, como Oswald de Andrade e Anita Malfatti, que tiveram contato com o Manifesto Futurista em viagens à Europa. Após uma interrupção forçada pela Grande Guerra, o contato foi retomado. Foi certamente uma das influências da Semana de Arte Moderna de 1922, e seus conceitos caíram como uma luva no desejo dos jovens artistas de parar de copiar os modelos europeus e criar uma arte brasileira. Oswald , principalmente, percebeu que o Brasil e toda a sua diversidade cultural, desde as variadas culturas autóctones dos índios até à cultura negra, representavam uma vantagem e que com elas se podia construir uma identidade e renovar as letras e as artes.
Ele contribuiu para uma visão nacionalista inovadora e moderna para uma Itália que estava passando por mudanças e renovações, assim, libertando-a de seus conceitos ultrapassados. Teve grande participação na política italiana do começo do século 20, principalmente por que os ideais do fascismo do ditador Benito Mussolini se alinhavam com os ideais futuristas de Filippo Marinetti. Embora algumas desavenças entre Marinetti e o Partido Fascista tenham decorrido, o poeta, até sua morte em 1944, defendeu o fascismo. Aliado a política, o futurismo foi muito aceito na Itália, especialmente na arquitetura. Muitos artistas futuristas se tornaram propagandistas e marqueteiros de Mussolini. Devido essa relação com o fascismo, após a Segunda Guerra Mundial, muitos artistas futuristas tiveram dificuldades em continuar a carreira na arte.
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