O Modernismo Englobou Todos os Movimentos
Por: pabulavieira • 20/12/2023 • Trabalho acadêmico • 2.426 Palavras (10 Páginas) • 69 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS
ARTE MODERNA:
PRIMEIRAS E SEGUNDAS VANGUARDAS ARTÍSTICAS
Disciplina: História da Arte III.
Professor: Vinícius Souza de Azevedo.
Aluna: Pábula Tayná Silva Vieira – 2022002490.
São Luís – Maranhão
05 de dezembro de 2023
1) INTRODUÇÃO: ARTE MODERNA
O Modernismo englobou todos os movimentos vanguardistas. Todos os ismos modernos, embora incompatíveis entre si, a semelhança é que todos rejeitavam o domínio do Naturalismo e do Academismo, favorecendo a arte experimental. Era comum a busca por respostas a questões fundamentais sobre a natureza da arte e da experiência humana.
No século XX foi produzida a ruptura mais radical com o passado, levando ao extremo o que Courbet e Manet iniciaram no século XIX, que eram retratos da vida contemporânea. No século XX qualquer tema podia ser adequado, além da libertação da forma, como, por exemplo, no Cubismo, e liberação das cores, como, por exemplo, no Fovismo, em que não havia obrigação em representar os objetos como eles exatamente eram.
A arte modernista rejeitava o passado em busca de uma liberdade radical de expressão, se afastando de representar a natureza e indo na direção da abstração pura para dominar a forma, linhas e cores.
Os movimentos artísticos que serão abordados aqui serão: Expressionismo, Futurismo, Cubismo, Fauvismo, Abstracionismo Geométrico, Dadaísmo, Surrealismo, correspondentes às primeiras vanguardas; Expressionismo Abstrato, Novo Realismo, Pop Art, Arte Povera, Arte da Reciclagem, Hiper Realismo, correspondentes às segundas vanguardas.
2) PRIMEIRAS VANGUARDAS
2.1) EXPRESSIONISMO
O termo “expressionismo” designa uma tendência artística europeia moderna que surgiu em solo alemão entre 1905 e 1930. O grupo dos expressionistas tinha com a arte o objetivo de expressar os sentimentos do artista e não as imagens do mundo real. A maior contribuição dos artistas desse movimento foi trazer de volta a vida as artes gráficas, principalmente a xilografia.
Como artista representante desse movimento será destacado Egon Schiele, seu trabalho é reconhecido pela intensidade e sexualidade crua, incluindo autorretratos nus. Ele retratava o estado psicológico das pessoas em vez de características físicas, é comum ter a percepção de que os seres nas suas obras são angustiados, confusos e sexuais. A obra dele escolhida para apresentar seu trabalho foi “Reclining Woman”.
2.2) FUTURISMO
O manifesto futurista foi publicado em Paris em 1909, pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti. Com afinidades com o fascismo e exaltação do nacionalismo, diversos membros do grupo aderiram ao partido fascista. Existe a exaltação da máquina e a beleza da velocidade, que está associada ao elogio da técnica e da ciência.
O artista trazido para exemplificar esse movimento é Carlo Carrà, a sua pintura na época era marcada pelo desdobramento do pontilhismo, que em suas mãos era dinâmico e veloz. Escreveu manifestos futuristas em 1910 e 1913, neste último dizia “Nossos quadros não são mais acidentais e transitórios, limitados a uma hora do dia, ou a um dia, ou a uma estação. Nós, futuristas, destruindo a unidade de tempo e lugar, trazemos à pintura uma integração de sensações que é a síntese do plástico universal”.
2.3) CUBISMO
Esse movimento artístico se originou em Paris, a primeira exposição aconteceu em 1911, mas as suas origens são anteriores a 1901. O cubismo rejeita a ideia de arte como imitação da natureza, afastando perspectiva e modelagem, por exemplo. Cubos, volumes e planos entrecortados reconstroem formas que se apresentam em múltiplos ângulos nas telas de pintura, não há distinção entre figura e fundo e a noção de profundidade.
O quadro que foi um divisor de águas no Cubismo foi “As senhoritas de Avignon”, de Pablo Picasso, que também foi pioneiro do movimento. Esse quadro marca uma ruptura radical na composição tradicional e perspectiva na pintura. Pablo Picasso foi um pintor espanhol, foi influenciado pelo estilo Impressionista, teve uma fase monocromática (fase azul e fase rosa), até que em 1906 começou com o Cubismo, que foi dividido em 3 fases: Analítico, Hermético e Sintético. No Cubismo Analítico geralmente são retratadas figuras únicas ou natureza morta numa gama limitada de tons cinza e marrom, as figuras são decompostas e em seguida reorganizadas. No Cubismo Hermético as figuras passam a não mais existir, foca-se em formas e volumes. Na fase do Cubismo Sintético a obra praticamente elimina o objeto, a abstração impede a visão real do objeto pintado e letras e palavras passam a aparecer nos quadros.
2.4) FAUVISMO
O termo “Fauve” significa “animais ferozes” e foi usado, inicialmente, de forma depreciativa por Louis Vauxalles, em 1905. Os artistas desse movimento se apropriaram do termo para homenagearem sua própria liberdade. A cor foi tirada do papel tradicional de descrever objetos e passou a fazer parte da expressão de sentimentos, então os fovistas usavam cores sólidas vibrantes e exageradas.
Um dos representantes fundadores do Fauvismo foi Henri Matisse, um pintor, desenhista, gravurista e escultor francês. Nas suas obras as cores vibrantes e a luminosidade se fazem constantes. Com Paul Cézanne aprendeu a usar tons como equilíbrio de composição, com Van Gogh aprendeu a usar as cores violentas para simbolizar sentimentos e com Paul Signac aprendeu as técnicas do pontilhismo. Em 1906 expôs no Salão dos Independentes e encabeçou o movimento dos “Fauvistas”, que eram pintores que acreditavam que não devia imitar o objeto representado e sim deformá-lo na estrutura e na cor.
2.5) ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO
A arte abstrata genuína, que não representa cenas ou objetos reconhecíveis e consiste em formas e cores por si só, é um fenômeno que se desenvolveu no início do século XX. O ponto inicial de uma obra abstrata pode ser algo do mundo externo ou pode ser usada alguma cor ou forma que não seja baseada de forma nenhuma na realidade visual externa. As primeiras obras abstratas, sem qualquer referência ao mundo dos objetos reconhecíveis, foram produzidas nos anos imediatamente à Primeira Guerra Mundial. A falta de um tema identificável não implicava a falta de significado, essas primeiras obras se sustentavam pelo desejo dos artistas de chegarem a alguma verdade espiritual fundamental que estava para além do mundo objetivo.
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