OBSTÉTRICA: IMPACTOS NA SAÚDE DA MULHER.
Por: laisab • 11/10/2018 • Trabalho acadêmico • 5.412 Palavras (22 Páginas) • 431 Visualizações
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Ana Flávia Moraes
Dalila de Almeida
Tamires Menezes Araújo
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: IMPACTOS NA SAÚDE DA MULHER.
Salvador
2018
Ana Flávia Moraes
Dalila de Almeida
Tamires Menezes Araújo
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: IMPACTOS NA SAÚDE DA MULHER.
Trabalho apresentado como avaliação final do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública da Bahia, sob orientação da docente, Rita de Cássia Calfa Vieira Gramacho.
Salvador
2018
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: IMPACTOS NA SAÚDE MULHER.
RESUMO
A Gestação é um período da vida mulher onde se requer um cuidado mas especializado, em que a sensibilidade esta aflorada. Durante todo o processo de parto, pós-parto já se tem uma sensação de medo, insegurança. Que afetam a saúde psicológica da mulher, e as mesmas precisam de um cuidado acolhedor e humanizado da equipe de saúde e também da família. Tem se percebido que muitas das vezes essas mulheres não encontram esse acolhimento na equipe de saúde, resultando assim em violência obstétrica.
A violência obstétrica (VO) é caracterizada por diversos atos e ações que configura a imposição de intervenções danosas à integridade física e psicológica da mulher nas instituições em que é atendida por profissionais da saúde, no período ciclo gravídico-puerperal. Diante do exposto o presente trabalho objetiva: compreender os impactos que as violências obstétricas causam na saúde da mulher, bem como explicar o que é violência obstétrica; destacar a importância de observar de forma holística a saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal.
DESCRITORES: Violência contra a mulher, Assistência Integral a Saúde Profissionais de saúde, Acolhimento.
ABSTRACT
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: IMPACTOS NA SAÚDE MULHER.
- INTRODUÇÃO
A gravidez e o parto são eventos sociais que integram a vivência reprodutiva de homens e mulheres. Este é um processo singular, uma experiência especial no universo da mulher e de seu parceiro, que envolve também suas famílias e a comunidade. A gestação, parto e puerpério constituem uma experiência humana das mais significativas, com forte potencial positivo e enriquecedor para todos que dela participam. (BRASIL, 2001)
A violência obstétrica (VO) é caracterizada por diversos atos e ações que configura a imposição de intervenções danosas à integridade física e psicológica da mulher nas instituições em que é atendida por profissionais da saúde, bem como a falta de respeito à sua autonomia, omissão ao atendimento, peregrinação por diversos serviços, maus tratos e comentários maldosos em relação à cor, idade ou classe social.
Nos dias atuais essas intervenções vêm sendo frequentemente empregadas pelos profissionais de saúde, deixando danos e provocando riscos à saúde da mulher. Sabe-se que é uma fase de medos, inseguranças, então cabe aos profissionais de saúde contribuir para que esse momento seja um mais prazeroso possível para essa mulher.
Juarez et al.(2012), infere que V.O é entendida como a violação aos direitos humanos, sexuais e reprodutivos das mulheres. Esta pode ser praticada por qualquer atitude dos profissionais de saúde nos processos reprodutivos, através de uma atenção desumanizada, com abuso de utilização de ações intervencionistas, alta medicalização e que transformem em patologia, os processos naturais e fisiológicos do parto.
Brasil (2001) conceitua a atenção humanizada como um conjunto de conhecimentos, práticas e atitudes que visam à promoção do parto e do nascimento saudáveis e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal. Fato este que se inicia no pré-natal garantindo que a equipe de saúde realize procedimentos comprovadamente benéficos para a mulher e o bebê, que evite as intervenções desnecessárias e que preserve sua privacidade e autonomia.
O texto supracitado revela como é importante que os profissionais tenham uma visão holística e humanizada com essa gestante evitando assim essas violências desnecessárias.
A visão da equipe que atende a mulher no ciclo gravídico-puerperal precisa ser ampliada, não se restringindo a aspectos de habilidade biomédica. As transformações dinâmicas e intensas dessa fase da vida da mulher devem ser valorizadas. A adequada relação entre todos os indivíduos envolvidos (mulher, família, cuidadores) é uma dimensão necessária que cria vínculo, gera segurança e propicia uma ação individualizada. (SÃO PAULO/SES-2010)
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (2010) no seu manual técnico de Atenção à Gestante e à Puérpera no SUS, diz que, é necessário que a equipe de saúde demonstre interesse e promova um clima de acolhida baseado em confiança e empatia, respeitando a experiência pessoal da gestante e evitando preconceitos, pois a mesma está vivendo uma fase de transformação psíquica e, nesse momento, muitos sintomas físicos podem se manifestar secundariamente a conflitos e dificuldades sociais e/ou emocionais não resolvidos.
Durante o período de estudos, em saúde da mulher, nos chamou atenção o cuidado que as mulheres no período de gestação, parto e pós parto devem ter, o que nos motivou a realização desse estudo, foi a falta de sensibilidade de alguns profissionais da saúde em relação as puérperas, surgiu a inquietação de poder de alguma forma contribuir para a modificação ou minimização desses atos, sensibilizando assim os profissionais para que os mesmos adotem posturas mais acolhedoras e dessa forma as puérperas passem por esse momento de forma tranquila sem traumas psicológicos.
Os profissionais devem oferecer oportunidade para que a mulher expresse suas queixas e dúvidas, evitando direcionamento rígido que prejudique sua espontaneidade. Deve-se valorizar a capacidade de escutar, evitando excesso ou insuficiência de informação e linguagem demasiadamente técnica, que inibam a participação ativa da mulher na comunicação com a equipe de saúde ( são Paulo- SES, 2010)
Diante do exposto o presente trabalho objetiva: compreender os impactos que as violências obstétricas causam na saúde da mulher, bem como explicar o que é violência obstétrica; destacar a importância de observar de forma holística a saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal.
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