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Para que serve o museu histórico .

Por:   •  23/10/2017  •  Artigo  •  698 Palavras (3 Páginas)  •  206 Visualizações

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Para que serve um museu histórico?

Durante a efervescência cultural do “maio de 68”, a palavra de ordem, tanto na França quanto no mundo era quase que literalmente, queimar os museus. De acordo com as pessoas da época, eles eram templos burgueses, onde o que era considerado para ser preservado às futuras gerações era escolhido somente por uma pequena elite. Tomando como exemplo os museus de arte, onde por exemplo, uma maioria absoluta das esculturas ditas gregas são na verdade réplicas romanas, isto traz uma questão pertinente: Se as esculturas romanas já são cópias, então como podemos confiar tão cegamente e dizer que aquela era de fato a arte do período? O argumento dos defensores do movimento de que “é preciso queimar o Louvre” era semelhante em vários aspectos, já que nos museus históricos da época ainda havia certa influência eurocêntrica no modo de expor, de pensar e preservar.

Nos dias de hoje, o museu pode possuir funções diversas, que mesmo sendo variadas, não excluem-se umas das outras. Contudo, independente das diversas características que diferem um tipo de museu do outro, há um ponto em comum entre eles. O museu é um espaço que serve para promover a interação entre pessoas e objetos materiais. Claro que não todo objeto material, visto que destes, nós estamos cercados o tempo inteiro. Um museu induz as pessoas a ver o que passa desapercebido no quotidiano através dos objetos que nele estão expostos. Embora muita outras instâncias da sociedade, como publicidade, comércio e midia apresentem objetos, é o museu que os mostra simplesmente como objetos, não como mercadoria.

Assim, pode-se classificar o museu, como o lugar para coletar, preservar, catalogar e expor objetos considerados de importância cultural, histórica e artística. Não que o que está nele tenha que cair nessas três categorias ao mesmo tempo, mas ao menos em uma delas. O objetivo dele ao expor seus objetos também varia bastante. Pode ir desde a contemplação estética até o exercício lúdico. Contudo, dentro desse mar de funções que o museu assume, uma tem que ser marca característica sua: o conhecimento.

Num museu, todo e qualquer objeto exposto torna-se documento. Documento no sentido de fornecer informação, ainda que para isto, tenha que deixar de servir a seu propósito original. Uma coleção de louças serve de exemplo a isto, visto que (muito provavelmente) ninguém usará essas peças para seu propósito original uma vez que elas estejam em exposição. Ainda que estejam úteis para sua função original, pratos e panelas, por exemplo, passam a ser documentos que informam sobre o tempo em que foram produzidos, de acordo com traços como os detalhes, marcas e técnicas que foram usadas para produzí-los.

Claro, essa troca de valores acontece bem mais fortemente num museu histórico, sendo reduzida em museus de arte. Há bastante diferença entre exibir um Rembrandt autêntico, uma cópia competente ou grosseira e uma obra que segue o estilo de Rembrandt, pintada por um discípulo. Num museu tecnológico, o esvaziamento do valor de uso pode ser radical, já que num desses museus usa-se a sucata tecnológica. Um museu aero-espacial dificilmente tem aviões funcionais, por exemplo. O que se exibe lá são carcaças que representam a aparência e função dessas aeronaves.

Atualmente,

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