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Periodo Colonial

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Por:   •  13/3/2015  •  1.558 Palavras (7 Páginas)  •  221 Visualizações

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Período Colonial

“Para poder compreender as residências do passado, deve-se deixar o ponto de vista habitual e pensar do seguinte modo: os construtores antigos pensavam a casa como elemento protetor do homem, que vivia e trabalhava em plena natureza, contra as variações climáticas (janelas pequenas, salas sem luz direta, etc.). O homem do passado compreendia a sua casa como refugio. Satisfeito com o sol e o clima natural, este homem gozava da intimidade, do abrigo, do ninho. Descansava rompendo suas relações com a natureza. Na casa antiga faltam, portanto, os elementos que hoje nos são tão agradáveis e indispensáveis e o recinto doméstico, completamente diferente, nos causa, no primeiro momento, a impressão de desconforto, impressão que resulta dos nossos costumes. Para compreender a casa antiga precisamos estudar as condições em que elas foram construídas no passado”. (BROOS, 2002 pg.22)

COLONIZAÇÃO E CONTEXTO HISTÓRICO

Nos primeiros 30 anos pós-descoberta, aproximadamente, não houve qualquer intuito por parte da Coroa Portuguesa de ocupar e/ou colonizar o novo território. Em 1534 (aproximadamente) foi implantada a primeira política efetiva de colonização do território: as Capitanias Hereditárias. A partir desse momento começaram a formar-se varias vilas. A configuração urbanística desses assentamentos, devido a falta de recursos e a própria distancia da Coroa Portuguesa, não era de planejamento urbano literalmente. As ruas e casas eram desalinhadas e nem havia as edificações administrativas, casa de câmara e cadeia por exemplo. Esse sistema não teve o resultado esperado e a Coroa Portuguesa se viu obrigada a instalar na colônia um Governo Geral. A partir daí iniciam-se intensas atividades urbanizadoras, como a construção da cidade de Salvador (1549). Mais tarde em 1565 foi construída a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Essas duas foram as primeiras cidades a seguir um traçado quadriculado.

Todo o século XVI foi marcado por uma urbanização lenta e insipiente, com a formação de vilas dispersas apenas pelo litoral da colonia.

A partir da segunda metade do século XVII, uma série de acontecimentos levaram a coroa portuguesa a adentrar no país, dentre eles dois se destacam: a)Frequentes invasões de outras nações no território não ocupado; b) O fim do ciclo da cana-se-açucar;

Pressionada por dificuldades econômicas, Portugal passou a estimular a procura de metais preciosos no Brasil. Assim que a notícia de que havia ouro na colônia portuguesa da América do Sul se espalhou, teve início a corrida do ouro, principalmente para a região de Minas Gerais.

“Homens, mulheres, ricos e pobres, seculares e clérigos, negros, brancos, índios, mulatos, mamelucos, largavam tudo (ou fugiam, no caso dos escravos) e se dirigiam para Minas Gerais em busca do enriquecimento rápido. De Portugal, passaram a chegar mais de 4 mil pessoas por ano com destino às minas. (…)Vilas e cidades do litoral tiveram suas populações reduzidas quase que exclusivamente a idosos, mulheres e crianças.” (GISLANE; REINALDO. 2005:271)

A descoberta de ouro fez com que Minas Gerais se tornasse a região mais populosa e rica do Brasil colônia, com cerca de 400 mil habitantes em 1780. No início do século XVIII a vida cultural floresceu e o estilo barroco é que vigorou nas cidades da época.

Durante o ciclo do ouro destaca-se um conflito, a Guerra dos Emboabas, na qual os paulistas disputavam o controle da mineração.

O ciclo do ouro fez com que a capital da colonia se transefrisse de Salvador, na Bahia, para o Rio de Janeiro em 1763. A pós o apogeu do ciclo do ouro, ocorrido no século XVIII, a produção começou a se esgotar. Essa escasses aliada com a falta de recursos e conhecimentos técnicos e também as ações tributárias e opressoras da Coroa causaram a decadência da mineração.

CARACTERÍSTICAS DAS CIDADES

- Ausência de passeio;

- Não haviam ruas e sim caminhos, que eram definidos pelas próprias edificações;

- A vegetação era escassa e não haviam áreas verdes (praças, parques, etc.);

- Haviam os espaços em frente as igrejas que configuravam as praças secas. Grande parte desses espaços, talvez por falta de uma preocupação maior com os espaços públicos, acabaram se tornando estacionamentos;

Arquitetura indígena

Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem várias famílias (ascendentes e descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas. O lugar ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a vizinhança, próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da mandioca e do milho.

No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reunem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque.

Destinada a durar no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou folhas. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a abandonam. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente. Vivem de modo harmonioso.

2.1. Casas com planta baixa circular:

A cobertura é cônica (independente da parede) colocada sobre esteios verticais.

Foi vista por entre os Makuxí, do rio Rupununi, e ainda entre os Tiriyó. Às vezes, a parede

não chegava a ser revestida. Tais casas são também encontradas entre os Wapitxâna,

Patamona e Arekuna (Taulipáng). Estes índios, aliás, têm também outras, de planta baixa

elíptica, apresentando cobertura em duas águas. Das duas extremidades da cumeeira

partem secções cônicas verticais que atingem as paredes nas extremidades circulares da

elipse.

Os Tiriyó apresentam grande variedade de tipos de casa (tomando-se a planta baixa e a

cobertura), o que é explicado como resultado do contato destes índios com outras tribos 9

amazônicas.

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