Resenha História Social da Arte e Da Literatura
Por: Helena Gonçalves • 8/1/2022 • Resenha • 2.708 Palavras (11 Páginas) • 201 Visualizações
Referências: Jean clottes e danid Lewis-williams (los chamanes de la pré-história)[pic 1]
Leroi-gourhan (tabelas)
Xamanismo
críticas ao texto de Hauser, atualizações do texto, que na altura HAUSER não sabia
FAZEM O RESUMO, MAS DEPOIS:
Contrapor com diferentes pontos de vista:
contudo … segundo esta teoria, esta explicação está um pouco ultrapassada … isto testa a outra teoria
Revisão, 1º olhar sobre o texto:
I PERIODO DO PALEOLITCO, MAGIA E NATURALISMO
11 pagina
Hauser contradiz-se em relação à prioridade de conceitos (estruturalismo, referência marxista)
12 pagina
RIEGL (conceito kunstwollen) curiosidade; referência de nota pé estão quase todas desatualizadas
13 pagina
caracterização do naturalismo: sem importância pela ordem do seu aparecimento; ele afirma que é uma coisa estranha de acordo com outros autores também, muitos daqueles desenhos são impressionistas, são muito dinâmicos, orgânicos e como é que aqueles povos conseguiam ter uma arte com aquele grau de modernidade e como é que aquela arte aparece de repente? porque não existe uma arte intermédia, na ótica destas pessoas deveria haver uns primeiros desenhos (estilo infantis_ isto é errado comparar a arte dos adultos com os das crianças_ de qualquer das formas Hauser diz que não existe qualquer paralelismo entre a arte pré-histórica e a arte infantil e isso é verdade porém seja errado estabelecer qualquer tipo de comparação entre desenhos de crianças dos adultos (povos primitivos atuais). Porém existem algumas características que são comuns, algum tipo de arte (Realismo conceptual ex. as crianças desenham a partir de um realismo de um conceito _ homem a cavalo 2 pernas vs. Perneta) forma de arte muito comum de alguns povos primitivos, mas também a arte egípcia mantem esse princípio) é uma conceção teórica e sintética do objeto não uma representação ótica. Perspetiva compósita (arte egípcia).
15 pagina
Ah aqui umas representações de bisontes com umas setas, bom hoje em dia sabemos que isso não corresponde a setas, mas a feridas simbólicas. A teoria mais antiga que não foi inventada por Hauser, por um autor francês, é que se calhar aquilo era uma representação de cenas de caça, eles representavam o bisonte ferido e assim achavam que estavam a fazer uma magia e que pensavam que se calhar o bisonte depois ficava ferido …
Mas hoje em dia existem outros estudos sobre esta arte primitiva que contradizem um pouco isto. Jean clottes e danid Lewis-williams (los chamanes de la pré-história)
De qualquer das formas isto não são setas, mas feridas outros associam ao sexo feminino e masculino.
----- (dentro da conversa da representação do sexo dos animais através das tais “Setas”)
Houve um autor francês, Leroi-gourhan, nos anos 60/ 70 que fez um levantamento desses desenhos que apareciam nas cavernas, uns desenhos geométricos que por vezes apareciam por cima das figuras dos animais e através deles o autor distingui 2 tipos de símbolos. Uns que considera mais símbolos fálicos masculinos outros femininos, símbolos de fertilidade. Portanto esse autor associa estes animais a um ritual da natureza, ou seja, ao invés dos povos primitivos pintarem estes animais com o intuito de os caçarem poderia ser que eles achassem que nas profundezas da terra era donde surgiam os animais. Ou seja, aquilo seria uma espécie de rito propiciador à caça, da própria caça em abundância. Ele também descobriu que os bisontes e os cavalos, animais mais representados, não eram colocados ao acaso nas grutas, ao contrário daquilo que se pensava. Uns são colocados perto das entradas outros são colocados mais dentro … portanto através de estudos estatísticos ele chegou à conclusão de que os desenhos não estavam colocados ao acaso. Sem registos é complicado saber, mas existia uma logica qualquer. Ele dá a entender que poderia ser um culto qualquer à natureza, algo ligado ao xamanismo.
14 pagina
Pronto ele diz que isto, este tipo de representação só volta (esta capacidade de reproduzir um desenho tão dinâmico …) nos pintores impressionistas como os artistas Degas e Toulouse-Latrec. Ele afirma que essa capacidade depois desaparece no período neolítico (da pedra lascada) e foi substituída (essa perspeção, daqui que vemos realmente) por um tipo de arte mais conceptual (como está descrito no inicio) ou seja o artista paleolítico pinta apenas aquilo que vê enquanto que no neolítico aparece já um conceito de dualismo do mundo visível e do invisível (dos deuses, dos espíritos) mas para os autores dessa época é algo completamente estranho [ É POR ISSO QUE CONTINUAMOS UM POUCO O SEGUNDO CAPITULO PARA COMPARAR AQUILO QUE ACONTECE NO PERIODO NEOLITICO]
16 pagina
- último paragrafo da pagina 14 e inicio da pagina 16 (levantamento de diversas questões partem do conceito de kunstwollen CONCEÇÃO MARXISTA
“finalidade pratica?” _ para um marxista tudo tem uma finalidade prática
ISTO É INTERESSANTE PORQUE HAUSER É O PRIMEIRO AUTOR QUE LEVANTA ESTE TIPO DE QUESTÕES ENQUANTO QUE ATÉ LÁ OS OUTROS AUTORES LIMITAVAM-SE A REPRODUZIR O QUE HAVIA (POR ISSO QUE É UMA OBRA IMPORTANTE)
Apresenta ideias erradas/desatualizadas por exemplo “viviam ainda num estádio e quase inteiramente …. Pequenas hordas isoladas”, portanto, isto não é verdade “não é bem assim”
“não acreditavam em divindades e em outra vida para alem da morte”. Isto é impossível saber que é verdade ou não. E hoje pensasse que de facto aquelas pinturas estão relacionadas com algum tipo de crença ou religião primitiva, eventualmente xamanismo.
Ele, Hauser diz que não. Que até esta altura eles eram todos ateus. O homem por si quando não nasce não traz consigo a religião isso só por si a sociedade ou os grupos dominantes da sociedade criam. É “engraçado” porque ele, Hauser, os afirma como hordas, estados primitivos.
“nesta fase de vida exclusivamente prática, tudo girava, como é obvio, em torno da mera preocupação de arranjar alimentos; [ ISTO HOJE SABESSE QUE NÃO É BEM VERDADE, POR EXEMPLO EXISTEM VÁRIOS ESTUDOS SOBRE OS INDIOS NO BRASIL … HAVIA UM ARQUEOLOGO FRANCES PIERRE CLASTRES : ELE DIZIA QUE OS INDIOS NO BRASIL NUNCA SE DESENVOLVERAM EM ESTADOS PORQUE HAVIA MECANISMOS DENTRO DA PROPRIA SOCIEDADE QUE impediam com que alguém ACUMULASSE CAPITAL SUFICIENTE PARA CONSEGUIR LIDERAR OS OUTROS: ELES DIZ POR EXEMPLO O CHEFE INDIO NUNCA É CHEFE DURANTE MUITO TEMPO PORQUE ARRUINA SE; ACABA SEMPRE POR SER UMA FIGURA PERANTE OS OUTROS COM ALGUM PRESTIGIO MAS DEPOIS ESTÁ OBRIGADO A DAR PRESENTES ENTÃO EM POUCO TEMPO FICA ARRUINADO – ou seja existem várias tribos de caçadores recolectores que de certo modo desenvolveram um tipo de mecanismo que não permitia a existência de diferenças sociais, alguém ascender socialmente por via de capital, mas existem outros – pesquisar sobre estudos os pigmeus em africa que reporta a nega do individualismo uma vez que todos necessitavam de todos para sobreviver, eles nunca têm a acumulação mas partem sim do principio da distribuição e partilha dos bens, alimentos … ESTE E OUTROS AUTORES COMO PIERRE CLASTRES TAMBÉM REALIZOU ESTUDOS DO TEMPO (2H MÉDIA) QUE OS CAÇADORES RECOLETORES PASSAVAM PARA ARRANJAR ALIMENTOS; nada justifica, portanto, que se admita que a arte satisfazia a qualquer outro objetivo que não fosse o de constituir simples meio de auxiliar a obtenção desses alimentos. – OU SEJA A ARTE PARA HAUSER SERVIA COMO Auxílio PARA A RECOLHA DE ALIMENTOS, PARA ELE ESTA AÇÃO/ATO ERA ALGO MÁGICO.
...