Resenha da Peça Teatral Fedra
Por: Marcia Lima • 24/3/2020 • Resenha • 303 Palavras (2 Páginas) • 845 Visualizações
RESENHA: FEDRA
Fedra, espetáculo teatral da Cie.Club Noir, baseado na versão do dramaturgo francês Jean Racine para a tragédia grega de Eurípedes, com adaptação e direção de Roberto Alvim, apresentado e patrocinado pelo Banco do Brasil, conta uma trágica história de amor proibido.
Na trama, Fedra é casada com Teseu, rei de Atenas, e se apaixona por Hipólito, filho de seu marido. Porém, Hipólito confidencia a seu tutor que está pensando em fugir com Arícia, por quem está apaixonado e é princesa de um reino inimigo. Fedra, que ao confessar seu amor pelo príncipe a seu confidente e criado, ouve um rumor de que Teseu havia morrido, e assim é encorajada a confessar-se a Hipólito. Este, por sua vez, recusa o amor incestuoso de sua madrasta, envergonhando-a a ponto de ela querer matar-se.
No entanto, Teseu está vivo, e ao voltar à cidade, é mal recebido, pois Hipólito evitava a Fedra, e ela estava devastada pela culpa. Temendo que Fedra se suicide, o criado sugere que Fedra conte ao rei que Hipólito a seduziu.
Por tal traição, Hipólito é amaldiçoado à morte, mesmo após jurar seus sentimentos por Arícia.
Logo, Teseu, duvidoso, investiga a respeito dos acontecimentos, e acaba por descobrir que seu filho havia morrido violentamente e injustamente. Por fim, Fedra confessa tudo e se mata ao tomar um veneno.
Para vingar seu erro, Teseu adota a Arícia, amor de Hipólito.
Fedra é a tragédia que brota de nosso medo mais terrível: de nos apaixonarmos por aquilo que a sociedade, com suas leis e regras, não nos permite. A peça propõe uma imersão na sexualidade feminina e sua dissonância em relação aos papeis sociais de mãe, esposa, cidadã...
A adaptação trouxe uma proposta inusitada e atual, utilizando-se de uma linguagem contemporânea que proporcionou uma beleza poética, reflexão e um mergulho vertiginoso nos labirintos da condição humana.
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