Resenha sobre o documentário: bauhaus the face of the 20th century
Por: Erick Vasconcelos • 22/10/2018 • Resenha • 723 Palavras (3 Páginas) • 366 Visualizações
Universidade Federal da Paraíba - Campus IV
Aluno: Erick de Vasconcelos Belarmino Souza
Disciplina: Design Brasileiro
Resenha sobre o documentário: bauhaus the face of the 20th century
A maior escola de artes do século XX surge no interior da alemanha em um momento de alvoroço político, a Bauhaus chega para revolucionar a vida comum, colocando em questão aspectos estéticos, práticos e simbólicos das coisas.
Movimentos artísticos durante os séculos sempre foram visto como algo revolucionário por seguir contra a corrente, como questionar estados políticos, questionar hábitos tradicionais da sociedade. A Bauhaus não seria diferente, seus membros em sua maioria eram mal vistos pela cidade onde se situava a escola, por fugirem dos padrões “normais” da sociedade da época, o que não muda muito no panorama da sociedade atual que mesmo com grandes avanços sociais pessoas da área continuam a quebrar padrões e normas impostas, o que em minha opinião mostra a importância do pensamento criativo que é inserido durante o processo de graduação de áreas como artes e design. A escola ainda promovia a ideia de projetar produtos baratos para que fossem fabricados em massa e qualquer pessoa tivesse acesso, em 1923 aconteceu a primeira exposição aberta ao público com intuito de mostrar os resultados dos primeiros anos da escola e revelar a transição expressionista para a construtivista, o foco da exposição foi uma casa construída a partir de pré-fabricados e mobiliada somente com o objetos projetados na bauhaus, a casa ficou conhecida como “am Horn” e tinha como finalidade ser fabricada em massa, e servir de abrigo para operários e pessoas de renda baixa, devido ao seu baixo custo de fabricação, mas devido ao momento político e a crise econômica que afligia a alemanha na época o projeto não seguiu adiante, e a bauhaus fecha suas portas pela primeira vez.
Logo depois ela abre as portas novamente em Dessau, a escola é construída em prédio de vidro, concreto e metal, nesse momento ela começa a produzir diretamente para a indústria, e sob nova direção ela fica conhecida como a “catedral cristalina do funcionalismo”, nesse momento ela um pouco das suas características originais para se adequar a demanda da vida moderna, como exemplo ocorre a substituição do artesanato por procedimentos mais autonomizados da indústria, o valor estético e simbólico ficam em segundo plano e a engenharia passa a ser o que movimenta a produção de produtos, as coisas passam a ter um tom mais simples e técnico, a fotografia por exemplo deixa de ser só um meio de expressão artística para tornar-se um meio de comunicar, com isso as soluções tradicionais passam a ser ignoradas, e tudo se torna possível. Fica transparente nesse momento o processo de criação e de inclusão na sociedade a face de muitos movimentos artísticos do século XX, que até hoje é vista como referência para muitos artistas e designers. Mesmo com a mudança de cenário da escola que antes era situada em Weimar lugar mais tradicional, para Dessau que era um dos grandes polos industriais da época, podemos notar a tendência que os indivíduos que estudavam na bauhaus tinham em questionar os padrões estabelecidos, e novamente esses questionamentos eram vistos como algo que estava desafiando o movimento político estabelecido. Apesar da mudança de direção onde Hannes Meyer diretor da bauhaus foi substituído por Mies Van Der Rohe, que focou no estudo da arquitetura e proibiu qualquer atividade política, o que não adiantou muita coisa, com o controle nazista na cidade de Dessau a bauhaus mais uma vez foi fechada, por representar uma resistência a estrutura ditadora da época.
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