Resumo O Ato Fotográfico

No texto lido, o autor se propõe a traçar um percurso histórico sobre os posicionamentos de teóricos e críticos em relação as imagens, seus referentes e o que representam. Para isso, ele divide o texto em três vertentes:

- A Fotografia como espelho do real

- A fotografia como transformação do real

- A fotografia como traço de um real

Na primeira, defendia que a fotografia era a representação mais fiel da realidade, que despertou reações muito contraditórias – uns afirmavam que a fotografia surgira como uma ameaça à arte e outros que abriria um novo leque de possibilidades, pois assim a arte não seria necessariamente restrita a se assemelhar com o real. Havia certa distância entre arte e fotografia, pois a tratavam como uma simples impressão do que se captava com a câmera, sendo o fotógrafo apenas um assistente da máquina.

A próxima proposição muda um pouco de foco. O princípio de realidade reconhecido anteriormente foi designado como pura "impressão", seria apenas um "efeito". A partir de então, tentou-se mostrar que a fotografia não é um espelho neutro, mas que é utilizada como um instrumento de transposição, de análise, de interpretação e até de transformação. A foto nesta, seguia uma concepção de símbolo, pois era composta por um conjunto de códigos.

Já a terceira, apesar de se ter consciência dos códigos presentes na fotografia, inegavelmente esta transmite o sentimento do real. Através da fotografia existiria um processo de atribuição, em que a imagem remete ao seu referente, indo além do efeito do real.

Desta forma, a fotografia é primeiramente, índice, em um segundo momento ela pode se tornar parecida ao seu referente, o que seria ícone e assim adquirir sentido, ou seja, tornar-se símbolo.