Revisão Literária Acerca do Design Pós Moderno
Por: Ca_Giacomelli • 24/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.089 Palavras (5 Páginas) • 320 Visualizações
REVISÃO DA LITERATURA
Revista Famecos
As novas tecnologias digitais e de comunicação estão cada vez mais nos habituando a conviver com a pós-modernidade, essa era da pluralidade, da fragmentação, da heterogeneidade, da complexidade, das contradições insolúveis, das incertezas e das indecidibilidades, das simulações, da transitoriedade, da globalidade. (FAMECOS - Porto Alegre nº 13 - Dezembro de 2000, semestral. Pág. 127)
Esse artigo expõe claramente o modo de viver no pós-modernismo, pois com o aprimoramento das tecnologias digitais e da comunicação a modernidade ficou em descompasso devido seus ideais e fortes características.
A monotonia e pasteurização do design ocidental só vai começar a ser contestada a partir da metade dos anos 60, quando alguns jovens designers suíços, como Odermatt & Tissi em Zurique, Wolfgang Weingart em Basle, entre outros, começam a propor alternativas não dogmáticas, mais descontraídas (retorno à ornamentação, ao simbolismo, ao humor e à improvisação) para fugir da esterilidade das formas modernistas.” (FAMECOS - Porto Alegre nº 13 - Dezembro de 2000, semestral. Pág. 131)
Tamanha revolução qual o design foi acometido teve início a partir da metade dos anos 60, marco o início do pós-modernismo na história do design propriamente dito, onde os designers russos ousaram em propor ideais diferenciados do que o modernismo apreciava, tornando assim, o design mais livre.
O encontro do espírito de rebeldia da época com as teorias desconstrucionistas produziu então os primeiros teóricos do design pós-moderno nos EUA, na Cranbrook Academy of Art, em Michigan. A partir de 1978, sob a liderança de Katherine McCoy, os designers que lá estudam começaram a propagar, as novas tendências desconstrucionistas através de pôsteres e catálogos que confundiam propositadamente a clássica distinção entre texto e ilustração, procurando produzir, por estratégias visuais sutis, uma leitura ambígua dos traços impressos. Ao mesmo tempo, a grid foi flexibilizada ou até ignorada, e o uso de elementos gráficos ‘inúteis’ foi incentivado, visando o enriquecimento das possibilidades expressivas e interpretativas tanto dos designers como dos leitores. (FAMECOS - Porto Alegre - Nº 13 - Dezembro 2000 - Semestral (Lupton & Miller 1996: 7-9) Pág. 132)
A produção de pôsteres e catálogos que provocavam confusão mental e tratavam implicitamente seus objetivos, causou certa ambiguidade na leitura das obras o que por si só agregou muita força de expressão no movimento.
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Fig. 1: Detalhe de anúncio dos cigarros FREE (1995)
Investigando essa hipótese com mais atenção, tenho observado que uma das estratégias que o design pós-moderno utiliza (conscientemente ou não) para induzir o sujeito a participar desse jogo interpretativo, é a utilização do que tenho chamado de “estética visual do palimpsesto” na articulação dos significantes das mensagens visuais. Esse recurso não permite que se esgotem as possibilidades de geração de sentido, e assim mantem presa a atenção dos sujeitos interpretantes por muito tempo (mesmo que o designer procure privilegiar a produção de certos sentidos mais que de outros). ( FAMECOS - Porto Alegre – nº 13 - Dezembro de 2000, semestral pág. 133)
A criação e desenvolvimento de obras que prendiam a atenção do público foram extremamente marcantes, pois possuíam milhares de possibilidades de serem compreendidas, assim como seus sentidos de análise eram múltiplos, o que impactou fortemente tal período.
Livro: A History of Graphic Design
Os maneirismos exuberantes e as idiossincrasias exóticas dos designers do Grupo Memphis de Milão, de William Longhouser na costa leste dos EUA, e dos designers da costa oeste dos EUA, principalmente de San-Francisco, a partir da década de 80. (Philip Meggs, A History of Graphic Design, Editora Van Nostrand Reinhold (1992).)
O movimento Retro, que através de um estilo eclético e excêntrico, revive ou reinventa soluções vernaculares e modernistas europeias e norte-americanas do período entre guerras (baseadas em grande parte na Art Déco daquele período), como se observa nos trabalhos de Neville Brody para as revistas The Face e Arena, também na década de 80. (Philip Meggs, A History of Graphic Design, Editora Van Nostrand Reinhold (1992).)
E a revolução digital, originada pelo aparecimento do computador gráfico pessoal Macintosh, a partir de 1984, que reviveu o construtivismo no design e que passou a reinterpretar todos os outros estilos da época através dos bitmaps e das curvas vetoriais, tendo como figuras de destaque os próprios designers da interface da Apple, Susan Kare e Bill Adkins, a dupla da Émigré, Suzana Licko e Rudy VanderLans, e, novamente, April Greiman.” (Philip Meggs, na 2ª. edição de seu conhecido livro A History of Graphic Design, Editora Van Nostrand Reinhold (1992).)
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