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Ação e responsabilidade social

Por:   •  6/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.513 Palavras (11 Páginas)  •  245 Visualizações

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UNICEUMA – PSICOLOGIA APLICADA

AÇÃO SOCIAL

Conceito: ação que é orientada pelas de ações de outros; todo comportamento cuja origem depende da reação ou da expectativa de reação de outras partes envolvidas, sendo essas partes, indivíduos ou grupos, próximos ou distantes, conhecidos ou desconhecidos por quem realiza a ação.

Idéia Central: Existência de um sentido na ação: ela se realiza de uma parte (agente) para outra; é uma atitude sobre a qual recai ao menos um desejo de intercâmbio, de relacionamento.

Max Weber e a classificação dos tipos de Ação Social:

  1. Tradicional, cuja realização se deve a um costume ou um hábito enraizado; ações baseadas na tradição enraizada, como relaxar nos domingos, colocando roupas mais leves.
  2. Afetiva ou emocional, motivada por sentimentos do agente pelo seu interlocutor; ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais, como, comemorar após vitórias, chorar em um funeral, etc.
  3. Racional, com relação a valores, atitudes que envolvem um planejamento orientado pelos princípios do agente; ações tomadas com base nos valores do indivíduo, mas sem pensar nas conseqüências e muitas vezes sem considerar  se os meios escolhidos são apropriados para atingi-lo.
  4. Racional com relação a fins, atitudes cujo planejamento é orientado pelos resultados que serão alcançados com sua realização; ações planejadas e tomadas após avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios ( e conseqüências) para atingi-los, como as transações econômicas.
  5. Deve ficar claro a diferença entre os racionais é que no segundo o indivíduo consegue visualizar mais claramente os motivos de sua ação que no primeiro, tendo maior controle sobre elas.

Ações Tradicional e Afetiva: caráter Comunitário; Racionais: Ações Associativas.

UNICEUMA – PSICOLOGIA APLICADA

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

Noção: A ação das Empresas deve, necessariamente, buscar trazer benefícios para a sociedade, propiciar a realização profissional dos empregados, promover benefícios para os parceiros e para o meio ambiente e trazer retorno para os investidores

 ( Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, sd, Valores e Transparência) Ao longo dos ciclos históricos a Empresa esteve orientada para o produto, sucedendo-se para o mercado e depois para o cliente; agora é a vez do social.

Panorama Político-Social Brasileiro

Neoliberalismo (Anos 90): o Estado é criticado como agente organizador da dinâmica social, em favorecimento da esfera privada, comprovadamente mais ágil, competente e eficaz. Acabam o Estado-Previdência e o Estado do Bem-Estar Social.

Sociedade Civil = resolução da mazelas sociais.

1º Setor: Estado (Governo) ; 2º Setor: Mercado (Empresas Privadas); 3º Setor: Esfera Pública ( Sociedade Civil – ONG’s/Filantropia).

Histórico: Termo utilizado pela 1ª vez pelos Ingleses: “ A Responsabilidade dos que dirigem a Indústria é manter um equilíbrio justo entre os vários interesses dos públicos, dos consumidores, dos funcionários, dos acionistas, sem falar no bem-estar da Nação como um todo” (Manifesto de 120 Industriais Ingleses).

1906 – Charlies Eliot; 1907 – Hakley ; 1916 (John Clark); 1923 (Oliver Sheldon) – todos defendiam a inclusão da questão social entre as preocupações das empresas, além do lucro dos acionistas, mas, infelizmente seus questionamentos não tiveram aceitação. 1953 (Howard Bowen) Responsabilidades do Homem de Negócios – Estados Unidos.

1960 – Responsabilidade Social da Empresa – 03 níveis de debate: a postura ética na administração da empresa; a responsabilidade do empregador para com seus empregados; a participação e apoio do empresário à cultura, causas filantrópicas e defesa da moralidade. Estados Unidos preocupa-se em prestar informações sobre atividades no campo social, como forma de preservar o meio ambiente.

 Difunde-se as idéias na Europa Oriental.

1970 – Europa – Alemanha – 200 das maiores Empresas Alemães integram os Balanços financeiros aos objetivos sociais. França – 1º passo – Obriga as Empresas a fazerem Balanços periódicos de seu desempenho social no tocante à mão de obra e às condições de trabalho.

Brasil: Séculos XIX e XX – Igreja Católica – 1960 – Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) – Reconhece a função social das Empresas. 1982 – Câmara Americana do Comércio de São Paulo – Prêmio Eco de Cidadania Empresarial. 1993 – Campanha Nacional “Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida” – Sociólogo Herbert de Souza – “Betinho”, conquistando a adesão do movimento PNBE ( Pensamento Nacional das Bases Empresariais). 1995 – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) – 1ª entidade a preocupar-se com a Filantropia, Cidadania e Responsabilidade Empresarial. 1997 – Betinho – Agenda Nacional – proposta de balanço Social, para estimular a demonstração da responsabilidade pública e cidadã das empresas – cria-se o Selo do balanço Social.

1998 – Oded Grajew cria o Instituto Ethos de empresas e Responsabilidade Social, entidade virtual sem fins lucrativos, maior referência em Responsabilidade Social no Brasil, cujo objetivo é disseminar a prática social corporativa através de eventos, publicações e experiências bem-sucedidas. 1999 – Câmara Municipal de São Paulo instituiu o Selo Empresa Cidadã, premiando e reconhecendo Empresas que praticam Responsabilidade Social e publicam o seu Balanço Social. 1999 – Associação dos Dirigentes de vendas e Marketing do Brasil (ADVB), instituiu o Prêmio Top Social.

Acepções do Termo: Responsabilidade Social pode ser – Cidadania Empresarial, Filantropia empresarial, Filantropia Estratégica, Solidariedade Corporativa, Organização Cidadã.

Responsabilidade Social: obrigação legal; comportamento ético; evento causal; contribuição caridosa; socialmente consciente.

Aspectos Essenciais: (1) Ampliação do alcance das ações, que não se limitam mais aos interesses dos acionistas; (2) Responsabilidades ultrapassando o âmbito legal, com ações ditadas pela Ética; (3) Adequação às demandas sociais.

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