A Compreensão da Visão Neoclássica na Ótica de Chiavenato
Por: ramonzye • 26/9/2022 • Resenha • 2.159 Palavras (9 Páginas) • 75 Visualizações
A compreensão da visão neoclássica na ótica de Chiavenato
Capítulo 7: A teoria neoclássica da administração
O princípio de tudo: de onde veio a nova formatação.
Entender a administração como ciência exige um esforço para dimensiona a amplitude que pode ser alcançado nos tempos de hoje. De modo geral os conceitos da teoria neoclássica é a versão atualizada dos postulados clássicos da administração científica. A maneira de planejar, organizar, controlar, supervisionar e corrigir foram se aperfeiçoando com o passar das décadas embora o cenário de um mercado muito mais dinâmico, volátil e diversificado exigiu por parte dos administradores uma nova conduta perante o novo mundo.
Nesse ponto é necessário relembrar o contexto em que essa nova maneira de gerir surgiu. É preciso voltar para a década de 1950 quando o mundo pós Segunda Guerra Mundial estava passando por um período de intensa industrialização alcançando países periféricos na qual estava há séculos na economia agroexportadora. As empresas não demoraram a compreender que o mercado consumidor adotou uma postura diferente ao exigir que os produtos e os serviços fossem tão bem feitos quanto bem aplicados. A economia de escala na qual é uma consequência direta da implementação da esteira de montagem idealizada por Ford corroborou para o largo dimensionamento entre cliente e fornecedor. Tornou-se um desafio de peso tentar administrar com eficiência e eficaz extensas linhas de produção ou oferecer serviços técnicos para um público diversificado e com características peculiares.
Os adeptos a esse pragmatismo entendem a teoria neoclassista como a parte prática, tangível daquilo que foi defendendo nos postulados básicos no passado. Esse novo conceito de administrar leva em conta a aplicabilidade em prol de um objetivo específico alcançado por processos eficientes gerando resultados eficazes nos mais distintos segmentos de mercado. Logo a visão “neo” leva em consideração o lado humanístico do funcionário (que por eufemismo é chamado de colaborador e não empregado), presta mais atenção no comportamento dos indivíduos dentro da repartição e fica mais atento as articulações na sociedade na qual está inserida. Se antigamente preocupava-se muito na empresa como engrenagem única de todo o conjunto de máquinas voltada a produção em massa, nesse momento de transformação o dinamismo, a diversidade e até a singularidade de cada concepção surge como uma nova oportunidade de negócio que até então não foi descoberta devido ao repetitivo mantra conservador de produção executado por décadas no mundo industrializado. Nesse repertório a teoria neoclássica é consequência direta do espirito pragmático norte americano pós guerra ao perceber que num conflito não se vence apenas usando armas, mas sim com ideias e preceitos. Caso contrário o soldado atira para todo lado sem saber o motivo de tal conduta.
Embora os mandamentos da organização administrativa estejam entrelaçados com fábricas e empresas privadas, o entendimento básico de gestão também pode ser aplicado aos mais distintos tipos de grupos de pessoas em prol de objetivos, seja no campo da economia, do comércio, da ciência, da religião, da política e até mesmo na guerra. Logo a importância de aplicar suas ferramentas pois os resultados podem de fato mudar o rumo de uma nação inteira seja para o lado benéfico ou deletério. Devido a diversidade de situações, de personagens e contextos torna-se crucial a escolha adequada do modelo de gestão que se encaixe com a realidade de cada atividade laboral. Cada caso exige um comportamento específico, cada empresa tem uma gestão clara e direta de acordo com as circunstâncias na qual estão inseridos.
Em todos os casos citados acima um elemento se faz presente: pessoas. O bom administrador (o gerente eficaz) precisa lidar com todo tipo de pessoa que possa surgir ao longo do tempo. São as peças vivas que compõem todo o sistema de produção das fábricas, empresas e repartições. É possível apontar que o capital humano tornou-se um dos pilares que corroboram para a excelência da empresa em determinado nicho de mercado. Seguindo esse ensejo as técnicas sociais são elevadas a máxima potência no cálculo administrativo. Um setor que tornou-se efeito multiplicador decisivo é o departamento de Recursos Humanos na qual fica encarregado de alocar da melhor maneira possível as habilidades pessoas direcionadas a funções e responsabilidades bem definidas de com as com diretrizes e regulamentos impostos pela empresa.
Ao estudar os aspectos da teoria neoclássica administrativa, outro elemento de grande relevância é consegui mesclar ensinamentos antigos com as variantes de contextos modernos. Tal fenômeno é categorizado como ecletismo. Esse fenômeno trata-se da atualização ou mesmo uma formatação adequada com o novo enredo dinâmico laboral. O que antes se pensava em somatório de peças e junções de sistemas para processo de montagem ou fabricação, hoje se pensa no efeito multiplicador de quantidades exponenciais de peças para compor sistemas complexos muitas vezes subdivididos em outros comandos adjacentes. Em outros termos, o princípio segue o mesmo, porém com um nível maior de complexidade.
Seguindo esse enredo devido a multiplicação de tarefas, a quantidade elevada de fornecedores, de apoios, de logística e equipes de trabalho foi preciso adequar todo o ordenamento básico que alcançasse os níveis operacionais da empresa. Compreender a fábrica como sendo a formação de grupos de apoiadores e executores com funções específicas na qual corroboram para o objetivo final perante a sociedade é o primeiro passo a se pensar em reestruturar a divisão de poder, autonomia e responsabilidades delegadas no ambiente corporativo.
É pensando nesta delicada questão que a teoria esboça para cada tipo de situação a estrutura de poder que se adeque melhor perante os infortúnios que possam surgir ao longo das execuções. Para muitos acadêmicos, fundadores e executivos sabe direcionar as responsabilidades e as funções aos departamentos certos com as pessoas capacitadas define o rumo da empresa. A divisão do trabalho não surge de qualquer maneira e não pode ser menosprezada como um simples organograma de funções. Trata-se do encadeamento de execuções que trazem consigo consequências das quais podem se amontoar ao observar os montantes que estejam envolvidos, sejam montantes financeiros, de capital humano, de insumos, de energia ou mesmo de processos. Portanto na visão neoclássica sabe dividi e delegar as funções é saber administrar acompanhando o enredo de mudanças que possam interferir na organização.
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