A FAMÍLIA, ESCOLA E CIDADANIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CAMPUS, SÃO BERNARDO-MA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS

DOCENTE: AMANDA GOMES

DISCENTES: GLAUBER SOUSA AGUIAR E RAYRANI COSTA SOUSA.

FAMILIA, ESCOLA E CIDADANIA.

1. INTRODUÇÃO

        

O projeto “escola, família e cidadania” será desenvolvido por alunos do curso de licenciatura em Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão, UFMA – Campus São Bernardo, e envolve especialmente os pais dos alunos do 1º ano do Ensino Médio da escola pública da rede Estadual de São Bernardo – MA, Centro de Ensino Deborah Correia Lima. O presente projeto traz uma discussão sobre o tema da cidadania, ambiente escolar, família ou a comunidade. Vamos tentar assimilar todos esses contextos no decorrer do projeto para que os pais e alunos entendam a importância da unificação dos diferentes ambientes para se entender a cidadania. Para fundamentar este trabalho iremos utilizar os estudos acerca do conceito de cidadania debatido por José Murilo de Carvalho, no livro “Cidadania no Brasil: o longo caminho”, onde o mesmo estabelece que a cidadania só é plena, quando o indivíduo usufrui de modo igual dos direitos civis, políticos e sociais. Também utilizaremos algumas ideias de T.A Marshall.

1. PROBLEMATIZAÇÃO

Muitas pessoas se consideram cidadãos, mas não exercem plenamente sua cidadania. Dessa forma, nosso projeto está voltado para a família, escola e alunos para que estes estejam mais fundamentados acerca dos seus direitos e deveres. A especificidade do público alvo desse projeto se deve ao fato de que já estão ingressando em um nível de ensino onde se precisa desse conhecimento mais apurado sobre cidadania, e para que os mesmos repassem aos seus pais, parentes ou amigos essa problemática que o tema “cidadania” trás quando não exercemos nossa cidadania de forma plena e que assim possam assimilar melhor os conteúdos da escola, principalmente as disciplinas de ciências humanas.

1. PÚBLICO ALVO:  Alunos do 1º ano do Ensino médio.
2. JUSTIFICATIVA

Este projeto apresenta uma iniciativa dos alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão - UFMA campos São Bernardo - MA, e supervisora da escola parceira do projeto. Com o objetivo principal de aproximar a família da escola, assim como, refletir acerca da importância da participação ativa da população na vida política da sua comunidade, estabelecendo uma relação entre família e escola destacando a importância desta no processo de ensino-aprendizagem do estudante, bem como as contribuições que esta interação causa no desenvolvimento no âmbito escolar.

1. OBJETIVOS:

1.  GERAL

Nossa proposta é fazer com que os alunos tenham interesse com o tema apresentado e consigam relacioná-lo com seu cotidiano, ou seja, fazer associação do conteúdo com a realidade ao qual eles estão inseridos. Para tal resultado, buscaremos fazer uma apresentação dialogada, dando sempre espaço para os alunos e demais envolvidos expressarem suas opiniões.  Nesse sentido, esperamos que os mesmos participem da oficina, fazendo colocações, tirando duvidas, dando exemplos etc. Para que então a dinâmica da atividade consiga promover, de fato o conhecimento e a aprendizagem dos alunos.  

5.2  ESPECÍFICOS

• Refletir acerca da importância da parceria entre família e escola no processo educacional.
• Refletir acerca da importância da participação ativa da população na vida política da sua comunidade;
• Reconhecer os principais problemas, no debate público e na elaboração e encaminhamento de propostas que visem à superação dos problemas locais;
• Desenvolvimento do senso crítico a partir de uma reflexão sobre cidadania e sua própria realidade, como também da utilização do conhecimento científico para a superação do senso-comum;
• Compreender a importância de sua participação ativa para a defesa dos direitos de cidadania assim como, para o melhoramento da qualidade de vida local;

1. REFERENCIAL TEORICO

No Brasil, tem crescido a necessidade de discussões e produções bibliográficas acerca do conceito de cidadania. Pois, tornou-se perceptível a aversão e desconhecimento das questões que envolvem a cidadania pela sociedade. Dessa forma, vários são os autores que buscam compreender e tentar responder as seguintes questões como: O que é cidadania? O que é ser cidadão? Quais os direitos e deveres dos cidadãos?

Atualmente existem várias pesquisas que buscam compreender o significado da cidadania e como ocorreu sua evolução. Na tentativa de compreender esse processo T. H. Marshall realiza uma análise acerca da questão no cenário inglês. Segundo Marshall o conceito de cidadania poderia ser dividido em três partes: os direitos civis, os direitos políticos e os direitos sociais. Para José Murilo de Carvalho seria considerado cidadão pleno aquele que usufruísse desses três direitos, os cidadãos incompletos seriam pois aqueles que usufruísse apenas de alguns direitos e logo aqueles que não tivesse privilegio de nenhum dos direitos eram considerados “não-cidadãos”. Portanto para ser reconhecido como um verdadeiro cidadão era necessário que se usufrua em igualdade desses três direitos.

T. A. Marshall esclarece que há distinções nas dimensões da cidadania e elas possuem uma lógica de evolução, sendo que dessa forma, a cidadania não se desenvolveu da mesma maneira em diferentes lugares, na Inglaterra o direito civil foi o primeiro a existir em meados do século XVIII, depois dele vieram os direitos políticos no século XIX, e por fim, os direitos sociais no século XX. Foi a partir dos direitos civis que os ingleses tiveram liberdade para reivindicar o direito ao voto, depois essa participação permitiu aos mesmos a eleição de operários e criação do Partido Trabalhista, que consequentemente levou a introdução dos direitos sociais. Marshall em sua análise apresenta uma ordem de evolução que não é simplesmente cronológica, mas também lógica.

Segundo Carvalho (2013) no Brasil o desenvolvimento da cidadania se deu de forma bastante diferenciada, considerando o desenvolvimento da mesma exposto por Marshall. O surgimento sequencial dos direitos civis, políticos e sociais, comparando a experiência inglesa com a brasileira, pode-se afirmar, que houve pelo menos duas diferenças: a primeira diferença refere-se ao maior destaque que os brasileiros deram aos direitos sociais em relação aos outros e à alteração na sequência em que os direitos foram adquiridos. Sobre a cidadania Carvalho (2013) diz: