A FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Por: Natalia Vimieiro • 26/11/2021 • Abstract • 911 Palavras (4 Páginas) • 104 Visualizações
FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Atividade Avaliativa 7 – Unidade VI
DANIEL OLIVEIRA
GIOVANNA TOLEDO
NATÁLIA VIMIEIRO
PEDRO SOLANO
Privatização dos Correios
Matéria escolhida: JORNAL VOZ ATIVA
Em 5 de agosto de 2021 a privatização da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) foi autorizada pela Câmara dos Deputados. O projeto de Lei 591/21 além de autorizar a venda da estatal, determina que a nova empresa se chame Correios do Brasil e altera a função da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão que passará a se chamar Agência Nacional de Telecomunicações e Serviços Postais. Entre suas responsabilidades, a nova agência terá que regular os serviços postais.
O projeto tem como relator o deputado Gil Cutrim, que se afilia ao perfil da equipe econômica do presidente Jair Messias Bolsonaro , que justifica a venda com a alegação de incerteza sobre a autossuficiência da estatal e capacidade de investimentos futuros.
O interesse na compra de estatais, gira muito em torno do acesso a capilaridade que o serviço estatal tem. Pois é um serviço que consegue chegar em lugares distantes dentro do país, abranger muitas pessoas, atuar nos grandes centros e ainda por cima cobrar um preço justo, logo, eles querem a CAPILARIDADE que a estatal tem, junto com a logística que eles possuem para obter os baixos preços.
O contraste de tudo isso é que com o advento da pandemia, a demanda por esse tipo de serviço aumentou, e os correios conseguiram manter seu trabalho o máximo que puderam. Mas com o aumento de demanda, mais trabalho, porém com o Estado quebrado e sem condições de dar conta de uma empresa com tanta demanda. Uma das problemáticas é o alto número de trabalho e o nível de salário dos trabalhadores não acompanharem esse fluxo, o que resultou em greve dos correios, atrasando as encomendas.
Com esses acontecimentos abriu-se uma oportunidade para as grandes empresas privadas correrem atrás de privatizarem os Correios, que tem uma logística fenomenal, um alcance gigante e um lucro bilionário com a desculpa de que está quebrada e sem boa administração, fazendo com que o setor privado aproveite esse alcance nacional e chegue em mais polos do país, em mais pessoas e assim, gerando mais lucro.
O que os interesseiros do setor privado não falam é que os Correios asseguram que livros e medicamentos cheguem com segurança e pontualidade bem próximo dos cidadãos que vão fazer uso dos respectivos recursos, cidadãos muitas vezes que não tem condições de pagar por esse serviço. Além de trabalharem com excelência nas épocas de eleição com o processo de transporte das urnas e também fazendo o papel principal no ENEM, levando e trazendo as provas para os cidadãos com transparência, segurança e profissionalismo.
Os trabalhos desenvolvidos pelos Correios, como diz a matéria, é tão gigantesco que sua privatização não prejudicaria apenas os cidadãos brasileiros que dependem muitas vezes desse serviço para receber itens de muita importância, mas também prejudicaria micro empreendedores, empresas e até mesmo o próprio governo que, atualmente nas mãos de Jair Messias, dá tiro no seu próprio pé para lavar com águas de ouro os pés da burguesia.
Para além dos Correios, que é uma estatal correndo risco de ser apropriada pelo setor privado explicitamente, com processos administrativos. Há também a apropriação do público pelo setor privado de maneira implícita, mas também prejudicial à sociedade. Como por exemplo o que estamos vendo acontecer com a Petrobrás e o PPI (Preço de Paridade Internacional) que mesmo sendo uma empresa pública, não há retorno do investimento do Estado, que possui 51% de posse. Pois esses investimentos são revestidos pelo PPI em lucros para a bolsa de Nova York (explicação simplória mas que trás luz um exemplo bem atual).
...