A INCLUSÃO ESCOLAR E OS DESAFIOS SOCIAIS

A INCLUSÃO ESCOLAR E OS DESAFIOS SOCIAIS

Olivana Gemaque da Silva

Renata Gomes da Silva Andrade

Tatianne Audrey Israel da Silva

Tutora: Maria da Conceição Lima da Silva

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Ciências Biológicas (BID 0456) – Seminário da Pratica I

30/11/2016

RESUMO

Os indivíduos com necessidades especiais, constantemente são considerados, como pessoas “anormais, diferentes, incapazes, seres de outro mundo, personificação do mal e até como eternos doentes”, pelos conceitos de uma sociedade antiquada, que ainda utiliza critérios intolerantes e pejorativos para definir o que é comum e incomum, certo e errado, bonito e feio, normal e anormal. Em tempos remotos, em um contexto de extrema discriminação era comum a estes o desprezo familiar e o extermínio social. Considerados também (na Idade Média) como encarnações malignas sendo ainda julgados religiosamente como punição por pecados cometidos por seus progenitores. Depois do surgimento de leis que garantiam o direito socioeducacionais, formaram-se processos educacionais parecidos com a inclusão escolar, no entanto estes só eram usados como máscaras sociais para o contexto discriminativo e preconceituoso existente naquela época. Foi então nos anos 70, que surgiu a Inclusão Escolar, este por sua vez diverge dos demais, pois engloba não só o individuo especial, mas também todos que o rodeiam, porém este sistema trás consigo diversas situações que causam na sociedade uma crise paradigmática e por este motivo este tem que enfrentar os grandes desafios sociais, sendo eles: preconceito, discriminação, não aceitação e padrões sociais antiquados. Em consequência, os indivíduos especiais considerados socialmente como “anormais”, deste os tempos mais remotos, sempre foram marcados pela exclusão, rejeição e abandono social.

Palavra-chave: Inclusão Escolar. Discriminação e Preconceito. Desafios Sociais.

                

1. INTRODUÇÃO

Após várias décadas de exclusão aos indivíduos com necessidades especiais (aqui tratados apenas como indivíduos especiais), e de processos educacionais teoricamente inclusivos, mas que na verdade eram utilizados como máscara social para o contexto discriminativo e preconceituoso existente, surgiu então a Inclusão Escolar, trazendo a estes direitos que a muito lhes eram negados, possibilitando assim que os mesmos fossem inseridos em escolas de ensino regular.

Porém como tudo que é novo e diferente causa aversão nas pessoas, a inclusão escolar não foi aceita logo de inicio e passou por um processo de aceitação, mudanças e adaptações ao longo dos anos até chegar ao que é hoje.

Por isso neste estudo abordaremos este assunto de extrema importância à sociedade, apresentando inicialmente o conceito de inclusão escolar, a característica principal, os contextos históricos mais marcantes, as principais leis que regulamentam e os tipos de necessidades especiais que ela engloba. Em segundo momento abordaremos as terminologias corretas e o papel da escola na Inclusão. E por fim falaremos sobre os principais desafios sociais enfrentados pela inclusão escolar.

1. INCLUSÃO ESCOLAR

O conceito de inclusão escolar é incluir integralmente alunos com necessidades especiais em escolas de ensino regular. Entende-se por indivíduos com necessidades especiais aqueles que possuem deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, síndromes e altas habilidades/superdotação, assim como informa a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008).

 Maria Tereza Eglér Mantoan acredita que a escola de ensino regular é o melhor atendimento escolar tanto para indivíduos especiais, como para qualquer outro individuo. Porém a inclusão de indivíduos que possuem necessidades especiais no ensino regular, perante uma sociedade teoricamente avançada e que diz aceitar a diversidade, mas que, no entanto é extremamente intolerante, é um dos maiores combates da Educação. Pois a maioria dos participantes das escolas regulares (alunos, professores, gestores, pais e colaboradores) está acostumada a conviver apenas com alunos ditos “normais”, ou seja, que estão dentro dos padrões sociais e muitos destes estão carregados de preconceitos.  E a não preparação, os preconceitos e até mesmo a falta de informação dos professores, alunos e demais envolvidos, ocasiona grandes dificuldades no desenvolvimento do conhecimento e socialização destes indivíduos.

Em tempos remotos era comum que a estes o abandono familiar e o extermínio social. Eram considerados também (na Idade Média) como encarnações malignas sendo ainda julgados religiosamente como punição por pecados cometidos por seus progenitores. Por causa disto o processo educacional das pessoas com necessidades especiais passou por diversas fases, primeiramente foram excluídos do âmbito escolar, porém com o surgimento de leis que garantiam o direito socioeducacional, começaram a surgir processos educacionais parecidos com a inclusão escolar, no entanto estes só eram usados como uma forma de velar o preconceito e discriminação que havia. Dentre estes se podem citar a Segregação onde os indivíduos especiais eram mantidos em salas separadas ou em escolas de Educação Especial, e também a Integração onde estes só permaneciam se os demais alunos e os professores se adaptassem a ele.