A Inclusão Social

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE PÚBLICA E INCLUSÃO SOCIAL

Dissertação apresentada à

Universidade de São

Paulo, Pós Graduação

em Ética, Valores e Cidadania na Escola

– Área de concentração: Educação

Orientadora: Profª, Ms.

PRAIA GRANDE

2012

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

USP LESTE

UNIVERSIDADE PÚBLICA E INCLUSÃO SOCIAL

Thalita Barbosa Okura

Dissertação apresentada à Universidade de São

Paulo Pós Graduação

em Ética, Valores e Cidadania na Escola

– Área de concentração: Educação

Orientadora:

PRAIA GRANDE

2012

Ficha catalográfica preparada pela Seção de Tratamento

da Informação do Serviço de Biblioteca - USP

INTRODUÇÃO

A Universidade Pública – como instituição de ensino superior, prioriza o seu trabalho em pesquisas e ao falarmos de Graduação percebemos alguns pontos que merecem um debate por parte daqueles (Governo e Instiuições de ensino) que podem realizar melhorias no que se diz respeito a inclusão social em universidades públicas.

A taxa bruta de matrículas na educação superior é de 20,1% - este dado comparado ao de outros países da América Latina como Chile e Argentina é baixíssimo, uma vez que estão inclusos dados dos setores públicos e privados. Temos como melhor universidade do Brasil e uma das melhores do mundo uma instituição pública, a cada ano menos que 30% ingressam em um dos cursos oferecidos para a graduação devido a alta seletividade do processo. Em contrapartida temos 70% de matrículas para o setor privado e este número cresce a cada ano, no entanto, a qualidade do ensino se mostra inferior à do setor público.

A Política de progressão continuada no Ensino Fundamental II acaba por influenciar o Ensino Médio com baixas taxas de evasão escolar possibilitando a expansão desta etapa. Esta demanda aumenta a procura por formação superior e o sistema privado que oferece cursos baratos e com qualidade inferior atende a maior parte deste ingresso. Por outro lado o processo para a educação pública torna-se cada vez mais seletivo. Os alunos que frequentaram as escolas privadas na educação básica e ensino médio procuram por graduação pública e aqueles que se formaram na educação básica em escola pública fazem o caminho inverso, sem ao menos se candidatar as universidades públicas mantidas pelo mesmo governo que lhes ofereceu a primeira formação.

O Plano Nacional de Educação instituiu que até 2011 fazia-se necessário o cumprimento da Lei nº 10.172 de 2001, que estabelece a oferta por parte de instituições públicas em ao menos 40% de suas matrículas.

É preciso considerar que os dados estatísticos evidenciam esta desigualdade como o reflexo da nossa formação social e este trabalho discutirá melhorias para que todos os que almejam o ingresso em universidades públicas sejam contemplados de maneira democrática. Nesse sentido, este trabalho pretende discutir e analisar por meio de pesquisa a qualidade da educação básica pública e a seletividade para a formação superior.

Atualmente, muito têm se discutido sobre a problemática desta situação, Peixoto e Aranha (2008) assinalam que “ Maior diversificação na distribuição e localização de instituições, e a priorização de características sociais e étnicas nos vestibulares, são as principais marcas dessas alternativas.” Faz-se necessário então, reflexões de ambas as partes para que juntos encontremos por meio de seminários e debates maneiras de efetivar a inclusão social nestas intituições.

Enfim, “Se as responsabilidades com a educação pública forem devidamente assumidas, a autoridade da universidade enquanto usina de ideais e valores norteadores da nação estará naturalmente preservada e não serão mais pertinentes associações entre a crise educacional e os supostos gastos excessivos com o ensino superior” (MACHADO, 2000).

OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo verificar a qualidade da educação básica, bem como sua política de financiamento ponderando assim sobre a questão para posteriormente propor ações de melhorias neste âmbito educacional. É também objetivo deste trabalho discutir a formação do profissional e seu exercício na educação pública, como: plano de carreira, formação continuada e outros assuntos pertinentes ao tema.

Em tempo, as entrevistas com alunos que partiram da educação básica para uma intituição de ensino superior tem por meta estabelecer as dificuldades deste processo. O questionário elaborado para a pesquisa tem por interesse analisar o nível da educação básica que o educando esteve sujeito, cursos extras que ele possa ter feito, aulas particulares (qual disciplina?), e inscrição ou não em algum tipo de cota e o porque da escolha de uma universidade pública.

É também objetivo desta pesquisa considerar possíveis apontamentos sobre a transformação acadêmica, cumprimento de Leis Educacionais, e maneiras para que a democratização do ensino superior público aconteça o quanto antes. Algumas universidades do Brasil tomaram medidas para