A REDUÇÃO DE DESEMPREGO ENTRE OS JOVENS DA CIDADE DE BLUMENAU
Por: danydorow • 26/8/2019 • Trabalho acadêmico • 3.865 Palavras (16 Páginas) • 143 Visualizações
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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: REDUÇÃO DE DESEMPREGO ENTRE OS JOVENS DA CIDADE DE BLUMENAU
Daniela Dorow
Fátima Cristina Ruediger
Jenifer Estefani Volles
Thais Esthefani Bittner
RESUMO
O desemprego é um fenômeno que atinge o mundo inteiro, sendo que o Brasil é um dos principais países atingidos, ocupando o sétimo lugar no ranking mundial. Santa Catarina, apesar de ser o Estado com o menor índice de desemprego do país, ainda sofre com ele, possuindo um índice de 7,5% de desemprego no segundo semestre do ano de 2017. Os jovens são os mais afetados pelo desemprego, sendo que aqueles com idade entre 14 a 17 anos representam 43,0% dos desempregados brasileiros e aqueles com idade entre 18 a 24 anos representam 27,3%, ou seja, eles representam a maior parcela da população desempregada no país. Para solucionar esse problema foram desenvolvidas duas propostas, a primeira trata-se da criação do Programa Primeiro Emprego, que visa estimular a contratação de jovens com idade entre 16 a 25 anos em seu primeiro emprego pelas empresas tributadas com base no lucro real, através de incentivo fiscal. A segunda trata-se da criação do Feirão Primeiro Emprego de Blumenau, com o propósito de promover o encontro entre as empresas e aqueles que estão em busca de seu primeiro emprego, além disso, no feirão serão oferecidos palestras e treinamentos com a finalidade de melhor preparar os candidatos para participarem de processos seletivos e ingressarem no mercado de trabalho. Com essas propostas espera-se reduzir o índice de desemprego no país, principalmente entre os jovens, gerando trabalho decente para todos e crescimento econômico para o Brasil e para a região de Blumenau.
Palavras-chave: Desemprego. Jovens. Blumenau. Programa Primeiro Emprego. Feirão Primeiro Emprego de Blumenau.
1 FUNDAMENTAÇÃO, JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
É sabido que o objetivo de todas as nações é desenvolver-se, mas como alcançar tal propósito sem comprometer as próximas gerações? A solução está no desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento sustentável viabiliza o desenvolvimento econômico atendendo às necessidades e interesses das atuais gerações, sem comprometer as gerações futuras (Oliveira, 2002). Montibeller-Filho (2008, p. 54) completa que os princípios do desenvolvimento sustentável são: “- integrar conservação da natureza e desenvolvimento; - satisfazer as necessidades humanas fundamentais; - perseguir equidade e justiça social; - buscar a autodeterminação social e respeitar a diversidade cultural; - manter a integridade ecológica”.
Em setembro de 2015, durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que contou com a participação de diversas nações, dentre elas, o Brasil, foi firmada a agenda mundial composta por 17 objetivos e 169 metas para o desenvolvimento sustentável, a serem atingidas até o ano de 2030, denominada como ODS - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Estratégia ODS, 2017).
Os objetivos e metas irão incentivar ações para os próximos 15 anos em áreas cruciais para a humanidade. Os 17 objetivos são: Erradicação da pobreza; Fome Zero e Agricultura Sustentável; Boa saúde e Bem-estar; Educação de Qualidade; Igualdade de Gênero; Água Potável e Saneamento; Energia acessível e limpa; Trabalho decente e Crescimento econômico; Indústria, Inovação e Infraestrutura; Redução das desigualdades; Cidades e Comunidades Sustentáveis; Consumo e Produção Responsáveis; Ação contra a mudança global do clima; Vida na água; Vida terrestre; Paz, Justiça e Instituições eficazes; Parcerias e Meios de implementação.
Dentre os 17 ODS, o foco desse estudo será abranger o oitavo objetivo, trabalho decente e crescimento econômico que, de acordo com as Nações Unidas no Brasil (2017) visa “promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos”.
Para atingir tal objetivo foram estipuladas diversas metas, que vão desde metas de desempenho econômico e busca de maior eficiência e produtividade para as organizações, até metas que estimulem políticas de geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inovação e incentivo a formalização e o crescimento de micro, pequenas e médias empresas, além de uma preocupação com o trabalho para grupos sociais específicos, tais como as mulheres, pessoas com deficiência e jovens.
Segundo Abramo (2006), o trabalho decente é um dos fatores essenciais para o combate à pobreza, a diminuição das desigualdades sociais e o desenvolvimento sustentável. Para a OIT (Organização Internacional do Trabalho), é fundamental desenvolver políticas para incentivar a formação de mais e melhores empregos; diminuir a informalidade; eliminar o trabalho infantil e o trabalho escravo; propiciar o emprego para os jovens; incentivar a educação e a capacitação para o trabalho; aumentar a produtividade e a competitividade das empresas; e fortalecer os direitos trabalhistas.
Segundo Souza (2017), o desemprego já aflige a população tanto quanto a fome, as doenças endêmicas, a superpopulação e o uso de recursos não renováveis. Os índices já são preocupantes, na Europa existem aproximadamente 20 milhões de desempregados, a Espanha é o país da Europa onde existe a maior taxa de desemprego, atingindo 23%, isto é, a cada quatro trabalhadores um está desempregado.
Segundo o ranking global elaborado pela agência de classificação de risco brasileira - Austin Rating (2016), o Brasil está entre os sete maiores do mundo em termos de desemprego, juntamente com a Itália que possui o mesmo percentual. O ranking escala as taxas de desemprego de 51 países que divulgaram os dados do período de junho a julho de 2016. A taxa média de desemprego entre esses países ficou em 7,4%, sendo que, a maior taxa é da África do Sul (26,6%) e a menor é a da Tailândia (1%).
Segundo Agostini (2016), a África do Sul tem grandes problemas econômicos e, recentemente, passou por um processo de impeachment do presidente Jacob Zuma. Há um tempo atrás o país estava crescendo, mas sem estrutura, o que acabou gerando inflação, desequilíbrio fiscal e desemprego. Agostini (2016) acrescenta ainda que, entre os dez países com taxa de desemprego elevada, seis são países da Europa. "Países como Itália e Espanha ainda sofrem as consequências da crise financeira de 2008 e 2009 e passam por uma recuperação mais lenta por se tratar de economias mais frágeis do que uma França ou Alemanha". (Agostini, 2016)
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