A VIDA E OBRA DE NIETZCHE
Por: Adrianerosa • 27/9/2019 • Resenha • 1.162 Palavras (5 Páginas) • 161 Visualizações
VIDA E OBRA DE NIETZSCHE
Adélia Fernanda Satiro Venâncio[1]
Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar vida e obra de Friedrich Wilheim Nietzsche, de forma bastante resumida, mas com destaque para algumas de suas principais obras e seu estilo de vida depressiva, que refletiu em seu modo de pensar.
Palavras-chave: Vida, Obras, Modo de pensar,
“Não sou, por exemplo, nenhum bicho-papão, nenhum monstro de moral - sou até mesmo natureza oposta a de homem que até agora se venerou como virtuosa, Entre nós parece-me que precisamente isso faz parte do meu orgulho. Sou um discípulo do filósofo Dionísio, preferiria antes ser um satírico do que um santo.” (NIETZSCHE, 1888,P. .)
Assim se descreve FRIEDRICH WILHEIM NIETZSCHE , nascido a 15 de outubro de 1844 em Röekem, Alemanha. O pai de Nietzsche, Karl Ludwig, seu avô e bisavô eram pastores luteranos, o que o influenciou em um período de sua vida.
Em 1849 morre seu pai e irmão, fazendo com que se mudasse com sua mãe e irmã para Naumburg, onde habitava alguns familiares.
Em 1858, ganha uma bolsa de estudos na escola de Pforta, onde por influência de alguns professores e estudiosos começa a ler alguns filósofos, o que o leva a se afastar do cristianismo, ganha destaque ao publicar alguns estudos que produziu, e é nomeado em 1869, professor de filologia em Basiléia, onde atuou por dez anos. Todas os dias de segunda a sábado a partir das sete da manha palestrava cursos sobre
Ésquilo para um público numeroso. Ensina dentre tantos assuntos sobre “ Sócrates e
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a tragédia”, neste período escreve “A visão Dionisíaca do mundo”. Segundo Marton, “escolhera filologia apenas porque fora preciso escolher uma especialização - No fundo, era pela música e pela poesia que se sentia atraído” (1982, p.10).
Se depara com a obra “O mundo como vontade e representação”, de
Schopenhauer (1788 - 1860) em uma vitrine, e ao realizar sua leitura se interessa pela filosofia, pelo ateísmo e pelo significado metafísico da música atribuído por Schopenhauer.
Em 1870 a Alemanha entra em guerra com a França, e Nietzsche decide então se alistar, mas no passado havia renunciado sua nacionalidade prussiana para poder assumir seu posto na Universidade de Basiléia (Suíça). Recorre. Então consegue uma permissão por parte das autoridades suecas para prestar serviço como enfermeiro em guerra. Na França, ao período de um mês de prestação de serviço cuidando dos feridos em Estrasburgo e Metz, contrai difteria e disenteria, obrigado pela sua situação, abandona seu posto e vai para a Alemanha para se tratar, Retorna após para Suíça com sérias consequências para sua saúde.
Em 1871, em meio as complicações geradas pelo seu estado, publica “O nascimento da tragédia no Espírito da Música”, em homenagem ao seu amigo Wagner. Para Nietzsche essa arte trágica era a expressão do autentico pessimismo trágico. Ao seu ver, Sócrates é algum presunçoso que procura entender e dominar a vida com a razão.
Em sua definição, a vida é uma irracionalidade cruel e cega, e afirma que podemos lhe dar com ela através de dois instintos: O Dionisíaco (Dionísio: deus da mitologia que preza pela força instintiva, a saúde, a embriagues criativa, considerado símbolo da humanidade “ que diz sim a vida”) e o Apolíneo ( representado pela figura de Apolo, deus da medida e da moderação, símbolo da humanidade que é equilibrada), que vem a declínio após a ação de Sócrates.
Ao fim de sua licença para se tratar dos danos causados a sua saúde retorna suas aulas em Basiléia, mas com danos a sua voz. Agora praticamente inaudível, seus cursos são abandonados pelos ouvintes. Em 1879 pede demissão. Depois de anos lecionando nesta instituição, onde era tido como um verdadeiro gênio da filologia e ter de renunciar a cátedra, escreve mais tarde em Ecce Homo: “ Aos 36 anos descí ao ponto mais débil de minha vitalidade: vivia ainda, mas sem enxergar um palmo diante de mim” (Nietzsche, ,p. )
Posterior a sua renúncia escreve “Humano Demasiado Humano”, rompendo seu laço de amizade com Wagner e a filosofia de Schopenhauer “Recusando sua noção de “vontade culpada” e substituindo pela “vontade alegre”, isso lhe parecia necessário para destruir os obstáculos da moral e da metafisica” (Nietzsche, 1978, p. 8).
No inverno de 1882/1883, ao retornar para a Itália, na Baía de Rafallo, Nasce Zaratrusta, profeta do amor, da aceitação do eterno retorno e da transvalorização de todos os valores. O homem que traria uma nova base para a humanidade. Tudo isso leva a culminância do Super-Homem, que é aquele que compreende todo o processo da humanidade e consegue avaliar, propor e dar algo para a sociedade de forma mais equilibrada.
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