A relação da sexualidade infantil com a prática de abuso de crianças órfãs de Belo Horizonte.

A relação da sexualidade infantil com a prática de abuso de crianças do abrigo Filhos de Abraão de Belo Horizonte.

Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Elaboração de projeto de pesquisa, no Curso de Antropologia, na Universidade Federal de Minas Gerais. Prof. Dr. Andrés Zarankin

Belo Horizonte 2016

Índice

Objetivo

Justificativa

Metodologia

Referencias Bibliográficas

Objetivo

O principal objetivo é problematizar acerca das causas fundamentais desta mudança de conduta sexual adquirido por parte das crianças que residem abrigo Filhos de Abraão na cidade de Belo Horizonte (MG). Este tipo de abuso é ainda pouco esmiuçado quando pesquisamos referências na literatura. O abuso sexual que ocorre entre crianças e jovens menores de 18 anos é muitas vezes um tipo de violência desconhecido pela população.

É um problema que gera obstáculos sociais, sexuais e relacionais tanto para aquele que é tratado, dependendo do caso, erroneamente, como vítima tanto quanto aquele que se tem dito como abusador, não somente na situação atual, nem por isso não obstante de quais processos o levaram buscar abusar de outro infante.

Se observarmos nossa hodierna sociedade, onde o desencanto e o descaso dos homens e mulheres fragmenta os sonhos, e dilacera fantasias e risos da infância, o que deve sobretudo, se impor, é a ciência de que tais situações trazem um enorme sofrimento às vítimas e têm efeitos devastadores à sua infância, prejudicando seriamente no seu processo de desenvolvimento social, o que demanda uma preparada e rápida atenção à sua saúde, tanto física quanto mental, e a utilização de ações eficazes para a devida proteção pessoal e jurídica,além da responsabilização do agressor.

Com o objetivo de entender um pouco melhor sobre o assunto e visando encontrar um meio para redução de abuso sexual das crianças por parte dos próprios companheiros de abrigo.

Justificativa

O maior drama entre as crianças e adolescentes vítimas de abusos, violências, físicas e sexuais na maioria dos casos, é ter que comorar com seu inimigo, pois a maioria dos casos quem deveria oferecer proteção e segurança acaba se transformando em seu algoz. A falta de integração por parte dos órgãos de proteção, junto à impunidade, torna a vida familiar o principal fator de risco para os menores, sem contar que frequentemente mexe com a organização da família, envolvendo cisões e punições. É comum casos em que a criança vitimada seja severamente penalizada quando relata o fato para outros parentes; ou é acusada de mentirosa, ou até mesmo em alguns casos considerada facilitadora e estimuladora da agressão.

Mas em alguns casos, quando o estado é acionado (geralmente através da policia) a justiça opta por separar do convívio com os tutores legais (pais e\ou avós) como medida de segurança contra maus-tratos,