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ANÁLISE SOBRE TEXTO DE LAPLANTINE: APRENDER ANTROPOLOGIA

Por:   •  21/12/2016  •  Resenha  •  695 Palavras (3 Páginas)  •  1.269 Visualizações

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Trabalho de Antropologia I

Análise sobre o texto: Aprender Antropologia

 (Laplantine, F. 2006. Aprender Antropologia. Ed. Brasiliense,São Paulo)

Trabalho apresentado à disciplina Antropologia I, 2º. Semestre do curso de Psicologia Noturno da Unesp – Bauru 2017, como requisito de avaliação, orientado pela Profa. Larissa Pelúcio

                                                                                Curso: Psicologia – Noturno

                                                                                Discente: Ronaldo Gatti

         Docente: Prof. Larissa Pelúcio


O norteamento do modo de pensar que será encontrado no século XIX sofre especial influência do Iluminismo e do racionalismo de René Descartes “cogito, ergo sum’. Essa nova forma de conceber a realidade através da dúvida e a divisão do homem e da realidade em res cogitans (consciência) e res extensa (matéria), surge no século XVIII e terá desdobramentos importantes no cientificismo do século posterior. O século XIX viu surgir a teoria evolutiva de Charles Darwin, o positivismo de Auguste Comte dando origem à sociologia como ciência, e surgindo a Antropologia. Michel Foucault afirma que ante do século XVIII o homem não existia, pois não havia uma ciência que tivesse como objeto e o homem e o definisse através de uma metodologia. Assim, surge a Antropologia desenvolvendo um conhecimento objetivo, positivo, distanciado do homem pelo próprio homem.

A metodologia analítica para produção de um conhecimento positivo e científico, partia do método indutivo baseado na observação e análise. Dessas análises seriam extraídos princípios ou leis gerais de validade universal. A Antropologia substitui a observação típica da ciência (centralizada em elementos da natureza) por um novo objeto, o próprio homem. Esse sistema de observação exige a diferenciação entre o observador e o observado, provocando o desvio do olhar para exotismos e a definição do que seria “o outro” na relação com sociedades primitivas, acreditando estar no não-civilizado as características originárias da sociedade organizada. Através dessa análise poderíamos definir o pertencente ao natural e ao cultural dos homens.

O encontro dessas sociedades se dará fora da Europa em grupos sociais com culturas distantes do cotidiano, habitual familiar. A essa surpresa diante da diferença Lapantine dá o nome de depaysement ou “estranhamento” provocado pelas formas diversificadas de culturas que tornam a conhecida como civilização apenas mais uma e não a única.

A antropologia, demonstrando o quanto a cultura é definidora de comportamentos e simbologias, transformou valores, até então, tidos como naturais em produtos do desenvolvimento cultural, reinaugurando a visão do homem e os conceitos de normalidade. A psicologia recebe essa nova verdade e a transforma na possibilidade de olhar o outro sem preconceitos, abolindo conceitos absolutos sobre as relações, comportamentos sociais e valores. Essa nova visão amplia a necessidade de análise do indivíduo levando em consideração as condições culturais que os cercam.

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