ANÁLISE SOCIAL E O PROCESSO DE DEMARCAÇÃO DA SERRA DO EVARISTO
Por: elizandro000 • 12/12/2017 • Relatório de pesquisa • 1.285 Palavras (6 Páginas) • 474 Visualizações
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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO II
ORIENTAÇÃO: PROFA. DRa. MONALIZA VALENTE
ANÁLISE SOCIAL E O PROCESSO DE DEMARCAÇÃO DA SERRA DO EVARISTO
CAMILY JAYANE MARTINS LOPES
ELIZANDRO OSVALDO GANDO
MARITE BEZERRA
TOMÉ CAPETA SOLUNDO
ACARAPE – CE
2017
- CAMILY JAYANE MARTINS LOPES
- ELIZANDRO OSVALDO GANDO
- MARITE BEZERRA
- TOMÉ CAPETA SOLUNDO
ACARAPE – CE
2017
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO............................................................................................ 1
- DESENVOLVIMENTO................................................................................. 2
2.1O nome “Serra do Evaristo” ………………………………………………….. 2
2.2 Educação …………………………………………………………………….. 2
2.3 Saude ………………………………………………………………………….3
- Religião ……………………………………………………………………… 3
2.5A demarcação como territorio quilombola, e descorberta do acervo indigena...3
- desigualdade e disputa por territorio ………………………………………… 3
- CONCLUSÃO................................................................................................. 5
4 REFERÊNCIAS.............................................................................................. 6
- INTRODUÇÃO
Esse trabalho, foi desenvolvido não só apartir de matérial bibliográfico, mas também por meio de uma visita realizada na comunidade quilombola Serra de Evaristo. A comunidade Evaristo localiza-se na microrregião do Maciço de Baturité, no município de Baturité-Ce, no topo da serra, em uma região geograficamente íngreme e de difícil acesso, cuja principal estrada é estreita, construída com pedra e barro, permeada de subidas sinuosas e com longas curvas. Lá vivem 150 famílias, aproximadamente 564 pessoas. Segundo os moradores anciões, seriam cinco principais famílias que constituem o berço da atual comunidade do Evaristo, os Bentos, os Soares, os Venâncios, os Juliões e os Leandros. Muitos afirmam que as terras de todas as famílias são herança familiar, porem perde-se no tempo como as cinco principais famílias chegaram ao Evaristo. Territorios como esses representam resistencia ao discurso de que no Ceará não há negros, e abordar temas como esse fortalecem na luta contra a invisibilidade dos povos indigenas e quilombolas.
Buscamos compreender como funciona a garantia dos direitos básicos, tais como educação, saúde, também a manutenção e reprodução das suas crenças, modos de ver e viver dos proprios nativos e o impacto deles.
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2 DESENVOLVIMENTO
Nossa visita ocorreu no dia 18 de outubro, do presente ano. De primeira instância nos deparamos com a precariedade nos meios de tranporte que dão acesso a localidade. Conta com apenas um pau de arara, que sai as 06:00 horas com destino a sede de Baturité, localizada a 12 quilometros do quilombo, retornando as 11:30. Esse foi o meio de transporte utilizado por nós. Na trajetora nos deparamos com a paisagem belíssima, uma diversidade incalculavel de plantas e frutos, logo notamos o peso economico da exportação de banana, da qual visivelmente se destaca em mata atlantica.
A metodologia destacada nesta pesquisa foi o “estudo de caso e pesquisa bibliográfica”, pois foi necessário uma visita ao local, bem como, análise de matérias relacionadas à comunidade.
Rapidamente començamos a conversar com os moradores, que aos poucos foram relatando seus desafios diarios.
2.1 O nome “Serra do Evaristo”
Para muitos, a expliação estaria ligada a um antigo morador, provavelmente um índio, segundo contavam os pais, avós e outros ancestrais. Evaristo seria uma espécie de mártir local, figura indígena, guerreiro de trilbo ou cacique, que lutou contra a exploração lvinda da aristocracia da região de Baturité, em nome da comunidade e que abrigou os primeiros negros que chegavam ao local.
2.2 Educação
A comunidade conta com uma escola, EEFM 15 de Novembro, lá funciona desde a pré-escola até o ensino fundamental, são 5 salas, um laboratorio de informatica e 15 funcionarios. O fato de a instituição ser apenas de nível básico, causa evasão dos moradores mais jovens.
2.3 Saúde
O único posto de saúde da comunidade encontra-se em reforma, o local de atendimento mais próximo de lá, está a nove quilometros de distância e não tem estrutura adequada para tratar qualquer tipo de enfermidade. Nesse caso a unica opção é dirigir-se à Unidade de Pronto atendimento em Baturité,o que causa preocupação, por conta da distância.
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2.4 Religião
Muitos falaram sobre a relação da comunidade com a religião. Contam que antes de existirem igrejas, a comunidade se reunia nas casas dos moradores, isto até a criação de um salão da comunidade, que mais tarde se tornou a atual capela. Os padres subiam a serra em cavalos ou jumentos para realizar “benção final” de pessoas moribundas. Ainda no contexto religioso, os jovens dançam o São Gonçalo para agradecer as bênçãos, pagar promessas, preservando os ensinamentos dos antepassados.
2.5 A demarcação como territorio quilombola, e descorberta do acervo indigena.
A Serra do Evaristo foi reconhecida em 11 de fevereiro de 2010, como comunidade quilombola. A consciência étnica é bem desenvolvida entre os moradores que assumem a sua origem afrodescendente, a maioria fala com orgulho da condição de quilombola. De repente é descoberto um passado adormecido e desconhecido dos atuais nativos. Um cemitério arqueológico que hoje é motivo de orgulho, e atrativo turístico, trazendo gente não só de vários recantos do país, mas também de países africanos. Entre 2010 e 2013 a comunidade trabalhou com afinco, superando as dificuldades, envolvendo autoridades, e conseguiram inaugurar um museu comunitário, onde foi resgatado um grande acervo indígena.
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