AS CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Por: zarref • 18/6/2015 • Trabalho acadêmico • 2.408 Palavras (10 Páginas) • 142 Visualizações
CENTRO UNIVERSITARIO CLARETIANO
JOÃO CARLOS FERRAZ
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
PORTO VELHO – RO
2015
CENTRO UNIVERSITARIO CLARETIANO
JOÃO CARLOS FERRAZ
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Trabalho de Ciências Ambientais sob orientação da professora ROSANA MARQUARDT B BERTOLIN.
PORTO VELHO – RO
2015
CRISE AMBIENTAL: CAUSAS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS
Poder-se-ia afirmar que a crise ambiental que atualmente assola o planeta tem sua origem no modelo capitalista de sistema produtivo, todavia, esta é uma afirmação um tanto quanto empírica. Muitos são os fatores que dão origem à crise ambiental, podendo-se citar o número de habitantes no planeta, a avidez pela apropriação de patrimônio e busca da riqueza, alguns aspectos culturais que podem ser considerados “não evoluídos”, e também a finitude dos recursos naturais. A crise é, na verdade, consequência de ações antrópicas, as quais foram realizadas sem qualquer preocupação com a continuidade e/ou manutenção dos recursos naturais, sem qualquer preocupação com os efeitos na natureza e no homem. Esta forma de pensar e agir do homem construiu-se e, principalmente sustentou-se pela filosófica de Platão, que afirmava que a “a natureza está para servir o homem”. Adicionando-se a esta égide, outras existiram, quais eram: a de que o homem é o representante de Deus aqui na terra e que, portanto, tem o poder da propriedade e do domínio, e a de que o homem é proprietário dos bens existentes no planeta. Estas outras duas égides pertenciam aos representantes da igreja e aos reis, respectivamente, quanto aos demais homens, simples mortais, sobravam-lhes a aceitação da pobreza, da escravidão e da servidão. Com estas concepções e com as revoluções ocorridas na agricultura, economia, tecnologia, em alguns aspectos culturais, os atos antrópicos foram ampliando-se passando também para as pessoas comuns. Assim, os conceitos de propriedade e riqueza, adicionada ao prazer do “poder”, disseminou-se para toda a população do planeta. Considerando que os recursos naturais são finitos e, considerando que a avidez do homem é infinita, não há compatibilidade entre estes dois elementos, fato este que leva inevitavelmente a um choque entre as necessidades humanas e o fornecimento de recursos pela natureza. Compreendendo a origem da crise ambiental, pode-se descrevê-la como sendo um desequilíbrio entre a oferta de recursos pela natureza e a demanda destes recursos pelo homem para atender suas necessidades. Este desequilíbrio está representado no fornecimento de alimentos – vegetais, animais e peixe, na água doce disponível no planeta, na disponibilidade de terras cultiváveis, no desequilíbrio dos ecossistemas e, por fim, no aquecimento global. A crise ambiental afeta, também, a condição de vida das pessoas, ou seja, menos alimentos, ressurgimento de doenças consideradas erradicadas e aparecimento de novas doenças de natureza psíquicas e psicossociais, tal como a depressão, por exemplo. A crise ambiental esta presente em todos os elementos da natureza e pode, analiticamente, ser verificada no desmatamento de florestas, pela poluição das águas doces e marinhas, poluição esta composta de produtos químicos, orgânicos, lixo doméstico, de construção civil e industrial, pelas movimentações de terras provocadas por terraplenagens fazendo com que areias e outros materiais sólidos cheguem até os rios, lagos e mares, provocando assoreamento; Pelas construções de grandes cidades e consequente uso de cimento e asfalto; Na agricultura caracteriza-se pela monocultura, uso excessivo de água doce nas plantações, pelo uso de agrotóxicos e herbicidas; Na pecuária pelo desmatamento de florestas para abrir áreas de pastagens, pela fabricação de rações, pelo gás metano que os animais liberam; No setor produtivo apresenta-se a emissão de gases de efeito estufa e vapores d’água, de gases tóxicos e partículas sólidas no ar, além de outros resíduos que chegam ao solo e na água, e até mesmo a liberação de água aquecida das indústrias nos mananciais da região. Todas estas ações antrópicas afetam dois elementos básicos da natureza: o clima e o ecossistema. Dos dois, o clima é o que traz maiores problemas em nível mundial uma vez que afeta todos os ecossistemas e o próprio homem, enquanto que o ecossistema pode trazer consequências locais apenas, mas pode afetar também em níveis maiores e até mundiais quanto estes ecossistemas forem os mares e as florestas tropicais. O número excessivo de habitantes no planeta também traz problemas ambientais, uma vez que aumentam necessidade de alimentos, moradia, vestuário, medicamentos, etc... Algumas possíveis soluções podem ser apresentadas, algumas de natureza tecnológica, outras mecânicas, todavia, estas são soluções paliativas. Elas dificilmente apresentam soluções efetivas porque necessitam vir acompanhadas de mudança cultural. O maior e mais importante caminho para efetivamente apresentar soluções está na mudança de cultura de uma sociedade. Não é mais possível acreditar que “a natureza está para servir o homem”. Como é possível acreditar nesta afirmação se somos feitos dos mesmos elementos químicos e orgânicos que todos os elementos do planeta? Por que o homem insiste em ser diferente, em adaptar a natureza ao seu modo de vida? Novas concepções culturais terão que ser construídas, sentimentos de coletividade terá que ser fortalecidos, consciência de que somos todos iguais orgânica e quimicamente, a aceitação do próximo como um ser humano igual a todos. Precisamos reduzir imediatamente o nível de consumo, de ostentação, de achar que um ser humano é superior ao outro, que a espécie humana é feita de raças diferentes sendo umas melhores do que a outra. Pode-se afirmar, por outro lado, que a tecnologia está para facilitar a vida das pessoas, todavia, esta deve apresentar uma nova concepção de aplicação, a de solucionar os problemas que o próprio homem criou. Estas ações devem ser implantadas imediatamente e, paralelamente, hánecessidade de se reconstruir alguns aspectos culturais, quem sabe até o foco de uma sociedade. A crise ambiental, que
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