As Inclusão Social
Por: Nairpossas • 30/10/2017 • Resenha • 543 Palavras (3 Páginas) • 247 Visualizações
Inclusão social
A questão da inclusão social tem gerado grandes discussões e estudos em vários âmbitos da sociedade. Falar em inclusão social implica falar em democratização dos espaços sociais, respeito às diferenças, acesso à educação de qualidade, autonomia, independência, integração e equiparação de oportunidades.
Esse movimento requer ações políticas, culturais, sociais e educacionais em defesa do verdadeiro sentido do termo inclusão, pois a cada ano assume maior importância na perspectiva de atender às crescentes exigências da sociedade em constante transformação e renovação. A definição do conceito de inclusão social, dada por Sassaki (2003, p.43) no primeiro capítulo de Inclusão: Construindo uma sociedade para todos, é a seguinte:
Conceitua-se a inclusão social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.
A partir do conceito de inclusão, percebe-se que para atender às pessoas portadoras de necessidades especiais, excluídas de recursos básicos, a sociedade precisa entender a importância de se promover ações para apoiar essa parte da população. Ações que, de acordo com Sassaki (2003), devem ocorrer no processo de inclusão e não como pré-requisito para que esses sujeitos façam parte da sociedade.
Para tanto, dois caminhos básicos e relacionados entre si são fundamentais para a efetivação dessas ações. O primeiro caminho refere-se ao acesso a serviços; à adaptação dos espaços físicos às necessidades desses sujeitos; desenvolvimento de tecnologias acessíveis; conscientização e mobilização social para a adoção de uma postura coerente em relação às pessoas portadoras de necessidades especiais; conhecimento sobre as deficiências em geral e criação de legislações inclusivas, objetivando garantir a inclusão social assentada nos princípios da igualdade de oportunidades, do respeito à diversidade e da valorização das diferenças.
O segundo caminho está relacionado à educação que possibilite às pessoas portadoras de necessidades especiais participação e permanência efetivas nas aulas, demais atividades escolares e na sua inserção no mercado de trabalho. A educação pode ser compreendida como algo que promove a aprendizagem e o desenvolvimento. Tarja (2008, p.120) afirma que “[...] Aprender é mudar. Aprender significa romper constantemente para que possamos nos posicionar como seres autônomos e transformadores diante do ecossistema no qual estamos inseridos.” Essa aprendizagem é um processo contínuo que se estende pela vida toda, não começa, nem termina com a vida escolar.
Para isso, um currículo que englobe arranjos organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos ópticos e não-ópticos específicos que possa atender às pessoas portadoras de necessidades especiais, interligado com o projeto pedagógico da escola, é essencial para que a aprendizagem ocorra plenamente. Nesse contexto, os recursos tecnológicos podem favorecer esse processo de aprendizagem, uma vez que possibilita interatividade, aprendizagem colaborativa e individualizada, estimula a criatividade, promove a aquisição de novos conhecimentos, autonomia, socialização e curiosidade, proporcionando novos caminhos para a inclusão e aumentando a autoestima desses sujeitos. Segundo Rezende (2009), o computador pode: ajudar a explicitar os processos cognitivos e afetivos através das ações realizadas por eles e possibilitar alocar materiais em várias linguagens (sonora, visual e textual) possibilitando maior acessibilidade aos conteúdos informacionais e aos múltiplos tipos de canais de comunicação síncrona e assíncrona. O uso adequado e correto dessas tecnologias, também, poderá ajudá-los a serem inseridos no mercado de trabalho e nos espaços sociais.
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