As Três Fontes e as Três Partes Constitutivas do Marxismo V. I. Lénine
Por: amandarch • 5/12/2018 • Resenha • 2.997 Palavras (12 Páginas) • 163 Visualizações
As Três Fontes e as Três Partes Constitutivas do Marxismo V. I. Lénine
O maior ódio de toda ciência burguesa é o marxismo, pois numa sociedade onde a base é a luta de classes não pode haver imparcialidade, mas além disso há o fato de que não há nada de limitado na doutrina de Marx, ao contrário, ele deu respostas a questões muito avançadas para a sociedade. Essa doutrina é exata, uma continuação e junção de pensamentos da filosofia, economia e socialismo, sendo essas as três fontes do marxismo: a filosofia alemã, a economia política inglesa e o socialismo francês.
Filosofia alemã
A filosofia do marxismo é o materialismo, que no século XVII na França se mostrou ser a única filosofia fiel aos acontecimentos, e Marx e Engels defendem essa filosofia e explicam o erro em se afastar dela. Mas particularmente Marx leva esse conceito além, com a filosofia clássica alemã, principalmente com a dialética. Segundo o autor dialética é "a doutrina do desenvolvimento na sua forma mais completa, mais profunda e mais isente da unilateralidade, a doutrina da relatividade do conhecimento humano, que nos dá um reflexo da matéria em constante desenvolvimento". Depois de se aprofundar no materialismo filosófico Marx entendeu-o da natureza até a sociedade humana, e conclui que quando as forças produtivas crescem a consequência é o desenvolvimento de uma vida social mais elevada que a anterior, exemplo: o capitalismo nasce do feudalismo. O conhecimento do homem reflete a natureza que existe independente dele.
Economia Política Inglesa
A obra principal de Marx é dedicada ao estudo do regime econômico da sociedade capitalista, e mostra que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de tempo de trabalho que sua produção necessita. O Capital fala sobre a força de trabalho do homem e como ela se torna uma mercadoria, com o operário vendando sua força de trabalho ao proprietário, mas só parte do seu trabalho vai pra ele, o resto torna-se mais valia (que é um ponto chave da teoria econômica de Marx). A obra traça o desenvolvimento do capitalismo até suas formas superiores.
Socialismo Francês
Quando o regime feudal foi derrubado e a "livre" sociedade capitalista se anuncia torna-se evidente que essa liberdade é um novo sistema de opressão e exploração. O reflexo disso é o surgimento de doutrinas socialistas. Conclui-se que a luta de classes é a base e força de todo o desenvolvimento, Marx foi o primeiro a deduzir essa conclusão. Para vencer uma classe só há um meio: encontrar na sociedade essa
meio, educar e organizar a luta, para formar uma força capaz de exterminar o velho e criar o novo.
O que é Dialética KONDER
O trabalho
No fim do séc XVII as lutas que desencadearam a revolução francesa envolveram muitas gente, entraram na vida de muitas pessoas, e essa situação refletiu na filosofia. Immanuel Kant percebeu que a consciência humana não só registrava passivamente o mundo exterior, e sim um ser que interfere ativamente na realidade. Hegel sustentava que a questão central da filosofia era questão do ser, e não autoconhecimento, e nisso argumenta contra Kant. Porém os dois concordavam em um ponto essencial: o sujeito humano é essencialmente ativo e interfere na realidade.
Para avaliar de maneira realista as possibilidades do sujeito humano, Hegel estuda seus movimentos no plano objetivo, e conclui que o trabalho é a mola que impulsiona o desenvolvimento humano, onde o homem produz a si mesmo e o núcleo ao qual podemos entender a formação humana. É com o trabalho que o ser humano "sai" um pouco da natureza e se coloca como sujeito, pois no geral a natureza dita comportamentos.
A partir do trabalho começamos a entender a dialética, para expressar essa concepção Hegel usou a palavra aufheben, que significa suspender em três sentidos: erguer algo e manter erguido, elevar a qualidade e negar, anular. Portanto para ele a superação dialética é tudo isso ao mesmo tempo. No exemplo do trabalho: a matéria prima é negada (destruída da forma natural), mas ao mesmo tempo conservada (aproveitada) e assume uma nova forma, modificada (elevada ao seu valor).
Desse caminho que Hegel abriu surge Marx, que concorda que o trabalho era a mola de impulso, porém critica que Hegel não pensava no trabalho material, e foi por isso que ele não conseguiu analisar os problemas ligados a alienação.
As leis da dialética
Engels, com sua preocupação em depender o caráter materialista da dialética, cria as leis gerais da dialética: 1) lei da passagem da quantidade à qualidade (e vice-versa); 2) lei da interpenetração dos contrários; 3) lei da negação da negação. A primeira se refere que as coisas não mudam no mesmo ritmo, o processo de transformação pode passar por períodos lentos e rápidos. A segunda lembra que tudo tem relação com tudo, todos os aspectos da realidade se entrelaçam e se dependem, por isso as coisas não podem ser entendidas separadas, temos que levar em conta essas conexões. A terceira diz que o movimento da realidade faz sentido, no final tanto a afirmação quanto a negação são superadas e sobre a negação da negação. Essas leis, apesar de práticas tem suas limitações, como por exemplo que todos os exemplos dados por Engels eram extraídos da natureza, mas posteriormente foi aproveitado por tendências políticas. A dialética faz parte de reconhecer que a autocriação do homem nos levou a introdução de um novo processo de realidade.
Teses sobre Feuebach MARX, Karl.
O principal defeito de todo materialismo é que o objeto, a realidade, o mundo sensível só são vistos como objeto ou intuição, e nunca como atividade humana. Feuebarch quer objetos sensíveis mas não considera a própria atividade humana como objetiva, é por isso que ele não entende a importância da revolução, prática e crítica. Atribuir o pensamento humano a uma verdade é uma questão prática, é na praxís que o homem precisa provar a verdade, realidade e força.
O materialismo que fala que os homens são produtos da circunstâncias esquece que os homens transformam as circunstâncias, é por isso que tende a dividir a sociedade em uma dualidade. Feuebach parte de que a religião torna o mundo estranho a si e divide o mundo em religioso e profano, ele não percebe que primeiro ele precisa compreender a base em sua contradição pra depois revolucioná-la.
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