Aspectos negativos da existência dos grupos de pressão
Por: Paulo Henrique Carneiro • 15/5/2017 • Resenha • 294 Palavras (2 Páginas) • 657 Visualizações
Aspectos Negativos dos Grupos de Pressão
Acerca dos aspectos negativos dos grupos de pressão, a literatura política sempre enfatizou os perigos das influências negativas para a saúde, em termos de representatividade, de uma democracia, mas também ameaça ao Estado e também aos governos. Os fundamentos que caracterizam a negatividade desses grupos na representação indivíduo-Estado perpassam desde dos perigos da formação de grupos que não observam o bem-comum e o interesse coletivo em suas demandas, até ao argumento de que a democracia pode se tornar uma federalização de grupos, sendo direcionada por grupos de maior força.
Embora reconhecidamente perigoso, a existência dos grupos levanta questionamento do que seria realmente prejudicial na influência desses grupos e se o aspecto negativo dominante é, de fato, pertinente. Por exemplo: quando se fala em supressão de demandas de interesse comum pelos específicos, às vezes, não há uma sistematização do que realmente seriam as demandas de bem comum, traduzidas como de interesse coletivo. Bonavides (BONAVIDES, 2014), afirma que um acusador com essa característica pode se passar por um moralista, se as críticas à demanda que não seria o interesse coletivo não for bem fundamentada. Também, questiona-se se as causas pelos grupos defendidas não são legítimas para a coletividade, mesmo que apresentadas por um grupo restrito. Já em uma outra perspectiva, um ponto a ser observado é se a estrutura desses grupos, embora muitos tendo legitimidade reconhecida, têm dirigentes que usurpam uma organização para fins escusos diversos da finalidade ideológica dos grupos.
Portanto, apesar desse fenômeno ser presente tanto em democracias maduras quanto em democracia mais frágeis, da reconhecida legitimidade das demandas de alguns grupos, a presença desses grupos não só debilitam as instituições representativas mas também causa desconfiança na ordem representativa existente, conclui Bonavides.
BIBLIOGRAFIA
BONAVIDES, P. Ciência Política. 21ª edição. Malheiros: São Paulo, 2014.
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