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Aspectos sociais do Estado Islâmico

Por:   •  6/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  559 Palavras (3 Páginas)  •  367 Visualizações

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Aspectos sociais do Estado Islâmico

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), ou Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EIIS), é uma organização jihadista islamita de orientação Wahhabita que se concentra principalmente no Oriente Médio. Na língua inglesa, recebe a sigla ISIS ou ISIL. A palavra “jihad” significa "esforço" ou "luta" em árabe. No islã, pode significar o esforço para construir uma boa sociedade muçulmana ou uma guerra pela fé contra os infiéis. Os jihadistas são aqueles que acham que a violência é necessária para eliminar as dificuldades para a restauração da lei de Deus e para defender a comunidade muçulmana contra infiéis. Já os muçulmanos têm simplesmente o objetivo de reordenar a sociedade de acordo com a lei islâmica. Inclusive, o termo “jihadistas” não é comumente utilizado pelos muçulmanos, mas sim “pervertidos”, pois acreditam que os jihadistas são muçulmanos que se desviaram dos ensinamentos religiosos.  A orientação Wahhabita significa o movimento religioso dito como ortodoxo e extremista.

Os jihadistas justificam a violência a partir do momento em que dividem o mundo entre “reino do islã”, que são as regiões sob a lei muçulmana e “reino da guerra”, que são as terras que não seguem a lei muçulmana. Além disso, o Estado Islâmico compromete-se em purificar o mundo matando um número elevado de pessoas. E o que se sabe através das redes sociais na região, sugere que as execuções individuais acontecem mais ou menos continuamente, e as execuções em massa são separadas por poucas semanas. As vítimas mais comuns são os “apóstatas” muçulmanos, enquanto que os cristãos estão isentos das execuções sumárias desde que não resistam ao governo e, ainda, devendo pagar uma taxa especial. E lendo-o de forma séria e literal, os jihadistas também se apoiam no Corão (palavra literal de Deus para Maomé) para justificar seus atos.

Uma das coisas que os países ocidentais mais se preocupam é o recrutamento de jovens para se aliar ao EIIL, em que os recrutadores apostam na ingenuidade das vítimas. Garotos islâmicos são recrutados a partir dos 8 anos para aprender a serem combatentes de infiés, dizendo que devem lealdade ao Estado Islâmico e Deus. No caso das meninas islâmicas, são ressaltados os aspectos mais religiosos delas. Diz-se que ela precisa servir apenas a religião e ter uma vida sedentária, voltada ao lar. Já para recrutar as jovens ocidentais, foca-se mais na imagem dos combatentes do Estado Islâmico, que poderão ser seus futuros maridos, sendo homens que lutam e entregram a própria vida por uma causa maior. Também é dito para essas meninas, através de redes sociais, que elas poderão participar dos conflitos armados e até são postadas fotos de meninas segurando metralhadoras, mesmo isso não condizendo com a realidade.

Tudo isso gera uma Islamofobia, ou seja, o sentimento de repúdio ou ódio em relação aos muçulmanos e ao Islamismo. Isso surge principalpente por parte dos países ocidentais, que através da mídia, sempre mostra os muçulmanos sob um foco negativo, fixando a ideia de que o Estado Islâmico é uma ameaça ao mundo ocidental, só conseguindo ver os imigrantes como um fardo ou uma constante ameaça terrorista. É necessário antes de tudo redimensionar as relações entre governos e as populações minoritárias. Portanto, deve-se construir pontes de diálogo e de compreensão mútua, realizar políticas públicas para diminuir a marginalização, exclusão e a xenofobia contra os islâmicos ou fiés de qualquer outra religião.

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