Comentário sobre o texto: "O novo salariado informacional. Nas fronteias do salariado".
Por: Yago Pedro Filgueiras Costa • 28/4/2015 • Trabalho acadêmico • 975 Palavras (4 Páginas) • 409 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE TECNOLOGIA
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O NOVO SALARIADO INFORMACIONAL. NAS FRONTEIRAS DO SALARIADO
TERESINA-PI
2015
O NOVO SALARIADO INFORMACIONAL. NAS FRONTEIRAS DO SALARIADO
Atualmente, vivemos em uma civilização “informacional”, criada por uma revolução sociotécnica. Onde o Capitalismo começa a mudar sua base, já que países mais desenvolvidos não estão mais sendo fundados sobre a revolução industrial.
Enquanto a revolução industrial pregava o ideal de transformação da matéria em produtos por meio de máquinas cada vez mais sofisticadas e independentes da mão de obra humana, a revolução informacional necessita do cérebro humano para que as máquinas funcionem. Essa nova revolução permitiu que a troca de informações fosse feita através da tecnologia de informação. Dessa forma, se antes o papel central era desempenhado por máquinas, hoje o papel principal é desempenhado pela intervenção humana.
Resta saber se a inteligência humana pode ser simulada por um aparelho construído segundo uma lógica binária, discreta, porém seria incapaz de aprender especialmente o conjunto de processos analógicos que supõem a sua continuidade.
Nos países desenvolvidos mais de 2/3 das atividades humanas não estão sendo concentradas sobre a transformação de matéria da agricultura e indústria, mas da forma como é tratada a informação e de atividades de serviço. Apesar de estarem intimamente ligados à revolução industrial países em desenvolvimento e essencialmente produtores de matéria-prima como Brasil e Índia, por exemplo, estão passando por uma revolução informacional. A informática também serve de parâmetro para dizer se um país é desenvolvido ou não.
Mais do que nunca, a qualificação do salariado torna-se importante sendo causa do sucesso ou fracasso de muitas empresas, verificando o aumento da carga psicológica do trabalho. Na mesma proporção em que há um aumento crescente de trabalhadores independentes. O homem, portanto, volta a ser mais importante que a máquina.
Embora muitas vezes haja um "prazer no trabalho" e uma implicação deliberada em um trabalho interessante, há a desimplicacao em relação à empresa. Os salariados não se encontram mais “casados” com a empresa, pois sua vida privada e familiar prevalece, como consequência observa-se conflitos sociais ligados à luta pela diminuição da jornada de trabalho.
Se por um lado, a chamada crise da lucratividade capitalista obriga empresas a exercerem pressão sobre os custos do trabalho e a tentar minar as proteções sociais, consideradas inflexíveis, por outro as exigências do trabalho informacional impedem que as empresas abusem do seu poderio. Ao mesmo tempo observa-se também a inserção da mulher na vida profissional e a sua saída da vida doméstica.
As empresas evitam a contratação de novas gerações e de mulheres, principalmente, devido ao ideal que a nova geração carrega (trabalhar pouco, ter mais lazer e ganhar mais que as gerações anteriores), o que em contrapartida provoca o aumentando da taxa de desemprego dos jovens. Como consequência há a perda nas empresas do trabalhador de confiança e da garantia de emprego na empresa.
As mulheres precisam de mais tempo na família que os homens devido à gestação e a maternidade, além de necessidades fisiológicas que refletem no seu desempenho durante alguns dias do mês. Tudo isso se torna um empecilho para a contratação de mulheres, apesar de trabalharem de forma mais organizada e mais competente que muitos homens, pois hoje em dia a influência do trabalho braçal é quase nula.
Ao observar os critérios que definem o salariado industrial percebemos diferenças importantes no que diz respeito ao salariado informacional. Uma delas diz respeito ao trabalho padronizado e codificado das indústrias que está se tornando mais qualificado e intelectualizado, passando para o tratamento de informações cada vez mais complexas. A capacidade de iniciativa, criação e inovação aos poucos está substituindo a execução de tarefas.
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