Considerando que as Políticas Sociais são precárias, como você justifica essa relação com a precarização do trabalho do assistente social?
Por: sarahlimadasilva • 27/3/2017 • Trabalho acadêmico • 478 Palavras (2 Páginas) • 1.396 Visualizações
Questão:
1 - A assertiva de que, nos dias em curso, “há uma precarização do e no exercício profissional” dos assistentes sociais significa que os assistentes sociais, seja como trabalhadores assalariados, seja como “executores terminais” dos serviços de saúde, encontram-se inseridos num processo de intensificação da precarização do trabalho. A precarização do exercício profissional refere-se não apenas à forma de contratação da força de trabalho e a precarização no exercício, relaciona-se, por exemplo, à ausência de mínimas condições para execução dos serviços, como o transporte para visita domiciliar, material de consumo entre outros. A precarização do e no exercício profissional refere-se, respectivamente, dentre outras questões, à desregulamentação do trabalho e ao sucateamento e diminuição dos recursos para as políticas sociais.
Pergunta: Considerando que as Políticas Sociais são precárias, como você justifica essa relação com a precarização do trabalho do assistente social?
Resposta:
Assistente Social é uma das poucas profissões que possui um projeto profissional coletivo e hegemônico, surgiu no Brasil na década de 1930.
O trabalho do Assistente Social sofreu com as transformações ocorridas no mundo do trabalho. Essas transformações podem ser divididas em três períodos: 1º Período- Revolução Industrial; 2º Período – Fordismo e Taylorismo (1914), conhecido por trazer novas técnicas de trabalho, jornada de oito horas e aumento de produtividade; e o 3º Período – Toyotista (1970) acumulação flexível, transformações na cultura e política.
O estado nas décadas de 1980 e 1990 reduziu a intervenção no mercado e na garantia de políticas públicas, provocando aos trabalhadores dificuldade ao acesso ao mundo do trabalho.
O neoliberalismo é o suporte político e ideológico desse contexto de redução de gastos sociais e acumulação flexível, com esse novo modelo de acumulação flexível trouxe a precarização do trabalho no que tange as garantias, direitos sociais, direitos trabalhistas e previdenciários.
Com essa reestruturação produtiva, houve a ampliação da demanda do Serviço Social, e a profissão também sofreu as mesmas consequências.
O assistente Social sente as consequências no seu exercício profissional e em sua condição de assalariado, em seus contratos e em sua jornada de trabalho âmbito privado como no público.
O profissional do Serviço Social mesmo fragilizado ainda intervém junto a classe trabalhadora buscando a inclusão em programas, projetos, serviços prestados pelo Estado.
As políticas sociais estão precarizadas por falta de estrutura, recursos e pela burocratização de atendimento e demandas.
Segundo Iamamoto o assistente social dependendo de sua opção política, pode configurar-se como mediador dos interesses do capital ou do trabalho (1991 p.96).
Deve-se implantar uma política de recursos humanos que supere as condições precarizadas de trabalho que se encontram os trabalhadores da assistência social.
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