Drenagem corporal
Por: Marjorie Milani Hernandes Balbino • 21/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.044 Palavras (5 Páginas) • 307 Visualizações
Drenagem Linfática Corporal
Histórico da Drenagem Linfática Manual Corporal
Desde a criação da técnica de DLM pelo Dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder, em 1936, vários adeptos difundiram-na e a tranformou num dos principais pilares no tratamento de linfoedema. Após ampla experiência com técnicas de massagem, quando ambos trabalhavam em Cannes, Reserva Francesa, surgiu a DLM. Primeiro observaram que muitas pessoas apresentavam quadros gripais e sinusites crônicas com detecção de aumento dos linfonodos na região cervical apresentando-se duros e inchados, por viverem num ambiente úmido e frio. Após essa observação executaram determinados tipos de movimentos de massagem , realizados na região envolvida e obtiveram a melhora do quadro apresentado. A partir desta constatação desenvolveu-se a técnica de DLM, sistematizando alguns tipos de movimentos orientados por um sentido de drenagem.
Na década de 60 o médico Dr. Foldi, na Alemanha, estudou as vias linfáticas da cabeça e as suas reações com o líquido cefalorraquidiano (LCR) , criou a terapia física complexa, que utiliza a DLM, exercícios linfocinéticos e bandagens no tratamento de linfoedema.
• Acúmulo anormal de linfa nos tecidos.
Na Bélgica o Dr. Leduc valorizou a DLM obstinadamente nas possibilidades curativas do linfoedema.
Na técnica dos Drs. Robert e Judith Casley Smith, na Austrália, desde 1993, além da DLM exploravam também as bandagens compressivas no final dos anos 90, surgiu no Brasil a técnica de Godoy que também segue os princípios de Vodder só que sem usar manobras circulares, que podem fazer o fluxo da circulação linfática seguir outro rumoe se comportar de maneira imprópria (trazendo conseqüências comprometedoras).
Porém é importante ressaltar que a técnica de DLM utilizada pela maioria dos centros terapêuticos e por grande parte dos pesquisadores e profissionais da área da saúde é a preconizada pelo Dr. Vodder (1936) e a qual faremos uso como preferencial teórico e pratico neste trabalho.
Fisiologia da Drenagem Linfática Manual
O sistema linfático é originado do tecido conjuntivo intersticial. Essa via linfática desenvolveu-se na sétima semana de vida embrionária no estágio de diferenciação das artérias e vias e constituí uma emanação mesenquimatosa que pertence ao interstício. Os seus trajetos são sempre paralelos ao desenho anatômico de sistema venoso porém é um sistema tubular fechado, enquanto o linfático caracteriza-se por um sistema circular aberto a interstício para fazer sua drenagem que é esta sua função específica assegurando o transporte de grandes moléculas proteínicas desde os tecidos até o sistema circulatório. Representa, portanto dentro do corpo humano, uma via de acesso secundário, por onde fluídos provenientes do interstício são desenvolvidos no sangue. Essa circulação sanguínea aos líquidos teciduais, pois são absorvidos e transportados pela extensa rede de capilares linfáticos e por meio desses vasos progressivamente maiores desembocam o sistema venoso pelo coletor principal.
O sistema linfático é composto por :
1. Capilares;
2. Pré – Coletores;
3. Coletores;
4. Canal ou Ductos Torácico Esquerdo e Direito;
5. Linfonodos;
6. Linfa;
7. Válvulas Linfáticas.
• Capilares Linfáticos: Formam – se no espaço intersticial. Eles são uma rede muito fina e correspondem a primeira estrutura do sistema linfático. Eles possuem paredes muito permeáveis, o que permite a entrada de macromoléculas de proteínas e minerais que naturalmente não seriam absorvidos pelo sistema venoso.
• Pré – Coletores: Ligam-se aos coletores pelos capilares. As suas paredes são formadas pelo tecido endotelial, estando o seu endotélio interno, coberto por tecido conjuntivo, fibras elásticas e musculares. Eles possuem válvulas na membrana interna, por isso o fluído da linfa é unidirecional.
• Coletores: São a continuação dos pré – coletores, com calibre maior, possuem válvulas e conduzem a linfa no sentido centrípeto. A parede dos coletores é formada por fibras musculares lisas. Nos membros superiores (MMSS), os vasos linfáticos superficiais seguem o trajeto das veias basílica e cefálica. Nos membros inferiores (MMII), o sistema linfático superficial classifica-se em medial e posterior.
O medial segue o trajeto da veia de safena magna até os linfonodos inguinais, drenando as faces medial e anterior da perna e toda a coxa. O sistema posterior
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