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Etnografia – Povos indígenas

Por:   •  13/4/2016  •  Resenha  •  514 Palavras (3 Páginas)  •  2.487 Visualizações

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Num pais como o Brasil, multicultural e multiétnico, os povos indígenas têm muito a contribuir na busca de um mundo melhor para a humanidade. E partindo da igualdade, da diferença e da parceria que podemos criar o novo. Esse novo só poderá ser criado se a sociedade nacional oferecer a oportunidade aos povos de mostrarem a sua capacidade e competência de gerenciar seu próprio destino. Enfim, trata-se de construir também novas concepções de entender o outro dentro da sua potencialidade individual e coletiva.

Nesse sentindo podemos citar o método etnográfico que é composto por inúmeros procedimentos incluindo levantamento de dados de pesquisa probabilística e quantitativa (demografia, morfologia, geografia, genealogia, etc.), a observação direta é sem dúvida a técnica privilegiada para investigar os saberes e as práticas na vida social e reconhecer as ações e as representações coletivas na vida humana. É se engajar em uma experiência de percepção. A pesquisa etnográfica impõe ao pesquisador (a) a um deslocamento de sua própria cultura para se situar ano interior do fenômeno (elemento) estudado. A interação é a condição da pesquisa.

O etnógrafo tem seus pontos positivos e negativos, sendo alguns deles: a aproximação é indispensável do grupo/ instituição a ser estudada para conquistar o entendimento de sua presença e para sua observação, tanto no contexto urbano, rural, terras indígenas, as emoções, interações e intenções que movem a determinada sociedade. De acordo com Geertz (1978) “ O que o etnógrafo enfrenta, de fato- a não ser quando (como deve fazer, naturalmente) está seguindo as rotinas automatizadas de coletar dados - entrevistar informantes, observar rituais, deduzir termos de parentesco, traçar linhas de propriedade, fazer o censo doméstico...escrever seu diário” De certa forma, primeiro aprender e depois apresentar.

Mas não podemos deixar de mencionar que ele não pode se tornar num nativo. O antropólogo (a) brasileiro Roberto Da Matta (1978 e 1981), denomina este sentimento de estar lá e do estar aqui como parte das tristezas do (a) antropólogo (a), um eterno desgarrado de sua própria cultura, mas na eterna busca do seu encontro com outras culturas. Por isto podemos caracterizar a antropologia como a ciência que trata da diversidade cultural.

O trabalho do etnógrafo tem como uma de suas exigências a sensibilidade, a alternância de situações de angustia com momentos de euforia, o envolvimento do pesquisador com seus pesquisados, os momentos difíceis onde a emoção toma conta, ou a capacidade intelectual e a preparação técnica para o envolvimento de várias personalidades e de tipos de temperamentos.

Ao contrário do que muitos pensam acredito que não haja pontos negativos e positivos, pois em cada cultura encontramos seus próprios valores, as pessoas têm suas próprias ambições, seguem a seus impulsos, desejam diferentes formas de felicidade, costumes diferentes através dos quais satisfaz às suas necessidades, diferentes leis e códigos de convívio. Podemos usar uma analogia para clarificar a posição de um etnógrafo. Ele pode ser comparado a um médico que ao realizar uma ecografia desvenda o sexo do bebê, o médico não pode mudar o sexo da criança, porém, oferece aos pais uma informação que permite aos mesmos adaptar o enxoval, escolher o nome do bebê.

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