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Etnografia Urbana

Por:   •  28/4/2016  •  Dissertação  •  543 Palavras (3 Páginas)  •  408 Visualizações

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NOME DO ALUNO: Adriano da Silva Vieira

RGM: 15516695                                        

DISCIPLINA: Diversidade Étnico-Cultural

NOME DO TUTOR: Rita Pereira

            A primeira corrente da etnografia urbana está voltada ao estudo dos problemas presentes na vida social urbana em decorrência do seu complexo e heterogêneo processo de formação, dando enfoque aos traumas e dificuldades vivenciadas por aqueles que estão inseridos em um crescimento urbano repleto de crises e colapsos. Consequentemente, o lócus desses estudos são as grandes cidades, as desigualdades sociais provocadas pela má distribuição de renda e todos os problemas que atingem aqueles que estão nas periferias do sistema capitalista.

Os problemas pelos quais passam as grandes metrópoles têm impacto direto na vida de milhares de pessoas, entre eles, podemos citar o rápido e contínuo crescimento urbano que afeta o transito e dificulta o tráfego nas grandes cidades devido à imensa quantidade de veículos nas ruas. Entre os fatores que influenciam esse alto número de veículos, temos a falta de um transporte público de qualidade que ofereça à população condições básicas de segurança, conforto, higiene e facilidade de locomoção por toda a zona urbana central e periférica.

Temos também problemas nos sistemas de saúde pública, os quais se encontram em um estado precário de abandono e descaso por quase todo o país devido ao mau gerenciamento, carência de equipes médicas competentes e ao desvio de verbas, o que resulta na falta de investimento e aprimoramento das instalações hospitalares.

A desigualdade social é uma realidade que pinta as paisagens brasileiras de forma controversa e contrastante, se expandindo por toda a tela que constitui a vida social. É comum se ver habitações de famílias de classe média e alta dividindo espaço com moradias carentes de famílias com mínimas condições financeiras, as quais, comumente, moram em favelas ou barracos, entre outros tipos de instalações precárias e sem infraestrutura, muitas vezes localizadas em barrancos e desprovidos de saneamento básico.

Já o alto índice de violência nas grandes cidades é um fator alarmante que vem sendo associado à miséria e às consequências que o desemprego e a pobreza provocam na vida e formação dos cidadãos. Apesar de a associação entre pobreza e criminalidade ainda ser uma questão estudada pelas ciências sociais, é possível perceber um consenso popular a respeito da ligação entre esses dois fatores, o que, consequentemente, produz pensamentos preconceituosos e discriminatórios que acabam afetando a vida de milhares de pessoas e, dessa forma, aumentam os abismos que distanciam grupos de diferentes classes sociais e a violência urbana.

Pode-se concluir que há inúmeras razões para que hajam tantas mazelas sociais e processos desagregadores no ambiente urbano, contudo, deve-se destacar a ineficácia e as falhas administrativas das autoridades políticas, o declínio dos valores de instituições como a família, a insuficiência legislativa, o desequilíbrio na distribuição de renda e a falta de investimentos financeiros em projetos, programas e instalações públicas que visem a manutenção e incrementarão da qualidade de vida dos cidadãos.

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