FICHAMENTO DO TEXTO “CIDADÃOS OU AUTÓCTONES?”
Por: Alana Pimentel • 9/12/2019 • Resenha • 953 Palavras (4 Páginas) • 168 Visualizações
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia [pic 1]
Disciplina: Sociologia Docente: Naiaranize Pinheiro
Equipe: Alana Pimentel; Maria Cecília Dias; Turma 8841
Maria Victória Macedo; Mateus da Fonseca;
Rafaela Sousa e Raquel Cintra
FICHAMENTO DO TEXTO “CIDADÃOS OU AUTÓCTONES?”
CRESCIMENTO DOS PERIGOS
- Valéry Giscard d' Estaing (1974), no seu sétimo ano de governo, fecha as fronteiras à imigração de trabalho e impede a imigração familiar.
- Lei Bonnet (1980) surge para endurecer ainda mais a opinião francesa em relação aos estrangeiros, com aumento de expulsões forçadas e tensões com a polícia. A população começa a justificar seu preconceito atrelando aos imigrantes a culpa pela falta de empregos durante a crise que assola o país
- A eleição de François Mitterrand (1981) é recebida com manifestação de entusiasmo por jovens militantes, já que o novo programa presidencial previa tanto a abolição da lei de expulsão quanto o acesso dos imigrantes ao voto. O novo governo também promove a regularização em massa dos imigrantes e a possibilidade de formação de associações sem autorização prévia. Verifica-se, então, o embrião do que o autor vai chamar de “discriminação positiva”. Um sinal de esperança à melhoria da condições sociais das periferias também é alertado aos imigrantes, nas quais são hiper representados.
- A marcha pela igualdade e contra o racismo (1983) escancara a insatisfação com o racismo e a desigualdade no território francês. Os imigrantes sentem que é possível mudar as situações xenofóbicas no governo, almejando novas posturas de acolhimento para superar as sequelas precárias impostas desde o período colonial.
- Mesmo com o novo governo, as condições já sedimentadas na sociedade francesa não mudariam tão facilmente: o aumento da insegurança e crescimento do desemprego abriram brechas para o racismo dos nativos, que culpavam os imigrantes pela ocupação dos postos de emprego e por serem alvo de políticas públicas. A ascensão posterior do Front national, partido de extrema direita, é sintomático do momento.
- O cenário internacional contribui para o aumento do preconceito devido à reação ocidental à onda de terrorismo, com o opinião popular se virando contra tudo que tivesse relação com o islamismo, a “islamofobia”. Como contrapartida, alguns jovens imigrantes ou descendentes, antes “neutros”, começam a apoiar as ofensivas radicais. A grande maioria, entretanto, ainda não concorda, entrando em um conflito de identidade, já que não se reconhecem nos terroristas mas são excluídos da identidade francesa.
O ESTIGMA DA RAÇA
- A desigualdade racial na França ganha eco e sai das “entrelinhas” a partir dos anos 2000, com discussões de acadêmicos. Em parte, trata-se de uma resposta aos “defensores intransigentes do universalismo republicano”, que acusam as minorias étnicas e raciais de se fecharem nelas mesmas e criarem um senso de comunidade agressivo, acarretando o “racismo contra os brancos”
- A concepção de superioridade racial com base na ideia de uma raça “superior” e uma “inferior” são notadas no Código do autóctone (1881), elaborado na Argélia, que distingue os indivíduos em aqueles que estãos sob a autoridade do Estado Francês e os cidadãos franceses, com restrições claras aos primeiros (os argelinos), que são submetidos a uma condição de dependência
- Para os defensores do universalismo republicano, as minorias se fecham nelas mesmas e criam um comunitarismo agressivo, culminando num "racismo contra brancos"
- Missão Civilizatória: erradicar a cultura autóctone para construir uma nova sociedade onde seriam impostos os princípios da República.
É POSSÍVEL UMA REPÚBLICA MULTICULTURAL?
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