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Fichamento Fascismo

Por:   •  15/5/2018  •  Abstract  •  2.123 Palavras (9 Páginas)  •  242 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA: História das Relações Internacionais II

PROFESSOR (A): Márcio Aprigio

ALUNA: Larissa Pessoa Medeiros

FICHAMENTO: Teixeira da Silva, Francisco C., “Fascismos”, in Daniel Aarão Reis Filho, Jorge Ferreira e Celeste Zenha, O século XX. O tempo das crises, Vol. 2, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000: 109-164.(EXTRA: DUAS QUESTÕES RESPONDIDAS DO SLIDE ‘FASCISMO’’

Teixeira da Silva, Francisco C., “Fascismos”, in Daniel Aarão Reis Filho, Jorge Ferreira e Celeste Zenha, O século XX. O tempo das crises, Vol. 2, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000: 109-164.

O fascismo é um conjunto de movimentos e regimes de extrema direita que denominou á Europa nos anos 20 até 1945. A exemplo disso, 1917, o poeta Fillipo Marinetti atribuiu ao fascismo um sentido nacionalista e autoritário.

A tentativa de explicar o fenômeno do fascismo para ser estudado leva-se a abordar um fenômeno centrando a atenção na Alemanha e utilizando a expressão Nazismo. Após a segunda guerra, em 1945, iniciam-se estudos para entender a natureza de tais regimes na Itália, Hungria, Croácia, Eslováquia e Romênia.

 O exemplo de Papon, político responsável que participou do envio de mais de 1.500 judeus para campos de extermínio que logo depois do fim da segunda guerra continuava a exercer cargos públicos que exigiam força e repressão. Ilustra as origens autônomas nacionais de diversos fascismos.

A redução do fascismo a um acidente histórico e a limitação ao máximo dos envolvidos surgiu como uma forma de recuperação da política na Europa dilacerada. A Alemanha que teve vários dos seus setores desnazificados paralisados ou incompletos que permitiu uma ponte visível entre o fascismo histórico e o neofascismo. Por exemplo, as forças armadas acusadas pelo Partido Verde e pelo Partido Social-Democrata(SPD) de cultivarem a preservação das tradições da Wermacht. O fascismo para muitos ficou ligado ao nazismo e associado á história da Alemanha.

Um dos melhores historiográficos contemporâneo, Wolfgang Schieder afirmou: ‘’que se reconhece como fascistas movimentos nacionalistas extremistas de estrutura hierárquica e autoritária e de ideologia antiliberal, antidemocrática e antissocialistas que fundaram ou intentaram fundar, após a Primeira Guerra Mundial, regimes estatais autoritários. Neste último sentido, o fascismo constitui um dos fenômenos centrais e mais característicos do entreguerra’’ (Schieder, 1972, p.97).

Aos recorrentes debates sobreo fascismo durante a Guerra Fria que produziu a teoria do totalitarismo. No ápice da guerra fria, o enfrentamento EUA/URSS era uma ideia de continuidade de luta contra o fascismo e pela democracia. Esta base serviria para transformar o conceito do totalitarismo em arma política da chamada New Right americana.

Karl Friedrich, Hanna Arendt, Raymond Aron entre outros autores clássicos sobre o tema, continuaram adotando o totalitarismo como base teórica sobre seus trabalhos.

Nos anos 90 mesmo com o vivenciado até então, a Europa sentiu-se pressionada com a quantidade de partidos neofacistas, dessa forma busca-se novas explicação para seu ressurgimento, atribuindo-se, claro, novos posturas e linhas de pensamento que não são mais as dos anos 20 e 30. Atribui-se ao fascismo, então configurações políticas marcadas por uma coerência externa, ou seja, sua prática e fala que dessa forma unifica os diversos grupos fascistas, como os da Europa, e uma coerência interna voltada ao antiliberalismo, antidemocratismo e antisocialismo.

Apesar das semelhanças, cada fascismo possuiu uma originalidade nacional que de onde suas ideias parte do seu estado, que por sua vez torna o fascismo mais exclusivo. Tais elementos constituem o nacionalismo básico dos fascismos e toma-se como uma regularidade do fascismo em vez de uma singularidade pretendida.

O fascismo então pode ser tratado como um conjunto conceitos que reúne fatores que não estão ligados a historia, à exemplo da perseguição a minorias e manipulação das massas. A construção do modelo fascista leva-se em conta a comparação entre os fascismos e seus diversos elementos, minimum fascista, dessa forma estabelecerá uma tipologia que complemente o caráter autônomo e universal e suas especificidades históricas.

Na construção dos elementos comparativos do modelo deve-se levar em conta a situações em que o fascismo se apresenta, quanto a existirem a penas como partidos políticos e movimentos, o fascismo que chegam ao poder e acabam controlados por forças conservadoras ou eram minoritários em regimes autoritários e os fascismo que tomam o poder e o monopolizam, eliminando, inclusive, os grupos conservadores que o apoiam na busca por conceituar deve-se considerar o fascismo naquilo que ele faz e no que diz sobre si mesmo.

A diferenciação também esta ligada ao modo de aceitabilidade do fascismo perante as massas que irá depender da nação. O fascismo acusa o liberalismo, em especial o parlamentar, de promover a crise contemporânea.

‘’A força do liberalismo como elemento desagregador da ordem conservadora foi sentida não só nas sociedades que efetivamente viveram experiências liberais, como ainda naquelas em que o liberalismo era apenas ameaça. ’’ (Teixeira da Silva, Francisco C., p.128).

O fascismo italiano, em seus nove pontos do fascismo integral, sugere no oitavo ponto que os interesses do parlamento não devem predominar jamais sobre seus princípios ideais.

O liberalismo em si, representaria um elemento desagregador da sociedade, visto que promoveria uma desorganização social. A revolução francesa foi vista como instrumento para perda da identidade individual e da noção de ordem e hierarquia. Assim, a igreja também se opõe contra o liberalismo. Tem-se um elo entre igreja e os pensamentos de matrizes de direitas, que se resume em reunir o estado e os objetivos de coesão social enunciado pela igreja.

O estado, então, deveria se comportar de forma harmoniosa, diferente do liberal, e menos artificial onde não ha lutas entre forças da nação. Assim, a coesão social apresenta-se como um fator capaz de reerguer a nação fragilizada pelo estado liberal. Além disso, a divisão dos três poderes é esquecida com a captura do poder judiciário pelo estado, e a fonte do direito passar a ser a vontade do líder.

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